Page 152 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: PANDEMIA  EIXO: PANDEMIA



                 IMPLEMENTAÇÃO DE HORTA COMUNITÁRIA POR USUÁRIOS E EQUIPE DE RESIDÊNCIA
                 MULTIPROFISSIONAL EM UMA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: RELATO DE
                 EXPERIÊNCIA

                 Autores: ANNA LAURA VISENTIN PEDROSO | Gilvana Maria Ferreira da Silva, Juliany Ellis Rosa Sanabria, Karina Vogel da Silva. Instituição:
                 Universidade Estadual do Centro Oeste
                 Palavras-chave: Horta comunitária. Atenção Primária à Saúde. Práticas integrativas e complementares.
                 A horta comunitária se mostra uma estratégia de implementação das práticas integrativas e complementares (PIC) na atenção
                 primária a saúde. É um espaço de cultivo onde há troca de experiências, nos quais os indivíduos interagem numa ação comum.
                 Pode-se escolher o cultivo de hortaliças, leguminosas, frutas, produção de mudas e até mesmo plantas medicinais. A participação
                 das pessoas envolvidas vai desde o manejo até a administração dos recursos utilizados e gestão da colheita. A presença de uma
                 horta comunitária para a comunidade garante às famílias uma alimentação melhor, criando hábitos saudáveis e, consequentemente,
                 uma qualidade de vida melhor. Além desses benefícios, a horta comunitária também pode ser uma fonte de atividade física e
                 de lazer. A horta comunitária implantada na Estratégia Saúde Família Tancredo Neves na cidade de Guarapuava/PR teve como
                 objetivo propiciar reflexão sobre a importância dos bens naturais; despertar o interesse por uma alimentação saudável e natural;
                 valorizar  atitudes  de  reaproveitamento  de  materiais  orgânicos  e  recicláveis,  estimular  a  consciência  ambiental;  promover  um
                 espaço verde; estimular uma relação coletiva que vise a sustentabilidade; aplicar as práticas integrativas e complementares na
                 atenção primária; fortalecer o vínculo da Unidade Básica de Saúde (UBS) com os usuários; ampliar o processo de trabalho da
                 equipe de residência multiprofissional. A construção da horta foi realizada pelas profissionais da equipe de residência e os usuários
                 participantes do grupo de hipertensos e diabéticos, nas dependências físicas da UBS. Foram realizados dois encontros, um para
                 a construção da horta e outro para o momento da primeira colheita, entre os meses de julho e outubro de 2019. No primeiro
                 encontro os usuários trouxeram mudas, adubo, experiência e muito conhecimento para colocar em prática a horta além disso
                 puderam também fazer a sua própria “mini horta” em garrafas pet e levar para seu domicílio e expandir a ideia a sua família. Essa
                 vivência pode mostrar aos profissionais e aos usuários que a atenção primária é um campo muito rico e abrangente, que nos
                 proporciona diversas maneiras de promover saúde de formas não convencionais, mas de grande impacto positivo na vida dos
                 usuários, comunidade e equipe de saúde, como exemplo temos o relato de uma das participantes da construção da horta: “Foi um
                 momento maravilhoso, eu aprendi, ensinei, nunca imaginei viver isso no posto de saúde, obrigada a todas vocês.”


                 CONFECÇÃO DE FACE SHIELDS PARA PROTEÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE: RELATO
                 DE EXPERIÊNCIA

                 Autores: CELITA SALMASO TRELHA SALMASO TRELHA | Anderson Slewinski, Camila Danieli Fagá, Fabian Bordon Trelha, Murillo Fregatto
                 Ghiraldi. Instituição: Universidade Estadual de Londrina

                 Palavras-chave: COVID-19. Prevenção. Saúde do Trabalhador.
                 Caracterização do problema:  O  COVID-19  é  um vírus  de  rápida  disseminação,  com  risco  de  contaminação  nos  serviços  de
                 saúde.  A  falta  de  Equipamentos  de  Proteção  Individual  (EPI)  gera  uma  exposição  desnecessária  ao  profissional  de  saúde  e
                 seus familiares. Diante da escassez de EPI e dificuldades logísticas na compra e distribuição de insumos, diversas iniciativas
                 pelo  mundo  tem  buscado  alternativas  de  produção  de  protetores,  desde  a  construção  em  impressoras  3D  e  outras  formas
                 de improviso. Fundamentação teórica: O Face Shield é uma máscara de proteção facial que evita o contato com respingos e
                 gotículas, e impede que o profissional leve suas mãos ao rosto. O equipamento é composto de um suporte em PLA-biodegradável,
                 elástico para fixação e o visor de acetato ou PETG, pode ser reutilizado após desinfecção, o que tem sido primordial para o uso
                 racional. Descrição da Experiência: Para confeccionar Face Shields para o Hospital Universitário da Universidade Estadual de
                 Londrina (HU-UEL), hospital de referência para o enfrentamento da pandemia foi organizado um grupo de trabalho. Inicialmente
                 foi realizada pesquisa e análise, de modelos disponíveis na internet e adaptações necessárias. O modelo foi validado junto à
                 Diretoria do hospital e Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. Foi realizado levantamento da demanda e dos materiais
                 necessários para a confecção. Na sequência realizou-se o estabelecimento de parcerias de instituições, empresas e pessoas
                 da comunidade interna e externa da UEL para doação de materiais. Foram estabelecidos parâmetros para a impressão 3D dos
                 suportes dos protetores. Foi realizada coleta diária dos suportes impressos, controle de qualidade das peças produzidas, costura
                 do elástico e colocação do visor. Participaram cerca de 100 pessoas, entre impressores 3D, estudantes e pós-graduandos do
                 Curso de Fisioterapia da UEL, professores dos Cursos de Fisioterapia e Design de Moda da UEL, voluntários, empresas, escolas e
                 instituições como a CODEL e a Penitenciária Estadual de Londrina. Efeitos alcançados: Foram confeccionados 2.000 Face Shields
                 e entregues ao HU-UEL. O hospital disponibilizou um local para entrega dos protetores aos profissionais. A parceria estabelecida
                 entre os participantes foi essencial nesse processo. Recomendações: A provisão adequada de EPI é importante para a proteção e
                 segurança dos profissionais de saúde. É necessário o controle de qualidade dos materiais produzidos, a forma de disponibilização
                 e utilização.
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