Page 57 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
PRÁTICAS CORPORAIS COLETIVAS PARA CONTROLE DE DOENÇAS CRÔNICAS NA
ATENÇÃO BÁSICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: FERNANDA LUMI SASAKI | Estela Santiago Izilian , Francis Lopes Pacagnelli , Ana Paula Coelho Figueira Freire. Instituição:
Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE)
Palavras-chave: Exercício físico. Doenças crônicas. Stenção básica.
Caracterização do problema: O manejo de complicações de doenças crônicas como Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus
ainda é um desafio no âmbito da atenção básica. O incentivo a prática de exercício físico regular é um dos pilares para controle
destas doenças. Fundamentação teórica: A prática de exercício físico é uma intervenção efetiva para reduzir/prevenir declínios
funcionais associados a doenças crônicas e ao envelhecimento. O treinamento físico em grupo pode ser uma estratégia para
aumento da aderência. Além disso, pode ajudar a manter e melhorar aspectos da função cardiovascular bem como incrementar
a performance submáxima. Promove reduções nos fatores de risco associados a doenças crônicas e controle de parâmetros
hemodinâmicos, como pressão arterial e glicemia. Descrição da experiência: Grupo de práticas corporais que realiza exercício
físico supervisionado por fisioterapeutas e acadêmicos de Fisioterapia. A atividade é destinada a portadores de doenças crônicas
e idosos em geral e é realizada em parceria com a Unidade Básica de Saúde (UBS) de um bairro periférico de Presidente Prudente
- SP. São em média 40 participantes em sua maioria mulheres idosas, com hipertensão arterial, diabetes, artrose, fibromialgia e/ou
depressão. A conduta consistiu em realização de exercícios físicos em grupo com frequência de 4 encontros semanais, em uma
quadra poliesportiva municipal do bairro com duração de 60 minutos. Foram ministrados exercícios aeróbicos com caminhada
e dança, exercícios ativos e resistidos com a utilização de bolas, bexigas, bambolês, garrafas pet com areia, bandas elásticas,
bastão e caneleiras. Além disso, também foram promovidas ações de educação em saúde sobre alimentação e controle de peso.
Foram associadas atividades de socialização, memória e auto estima. Efeitos alcançados: Foi observado controle dos parâmetros
hemodinâmicos, satisfação dos indivíduos, melhora da socialização e melhora do condicionamento físico. A experiência vivenciada
contribui para o fortalecimento e o reconhecimento da importância do exercício físico e a necessidade do fisioterapeuta na atenção
básica. Recomendações: Ampliar ações deste caráter é essencial para fortalecer o papel da atenção primária a saúde na limitação
de danos e agravos de doenças crônicas e do envelhecimento, além de reforçar a atuação fisioterapêutica na atenção básica.
PROMOÇÃO A SAÚDE E PREVENÇÃO DE AGRAVOS: PERCEPÇÃO DE PROFISSIONAIS DA
ATENÇÃO BÁSICA
Autores: VANESSA DUARTE DE SOUZA | João Pedro Rodrigues Soares, Maria Antonia Ramos Costa, Vanessa Denardi Antoniassi
Baldissera, Elen Ferraz Teston, Dandara Novaskowski Spigolon. Instituição: Universidade Estadual do Paraná-UNESPAR
Palavras-chave: Promoção da saúde. Prevenção de doenças. Atenção primária.
Introdução: a realização de ações de promoção da saúde e prevenção de doenças, dentre outras atividades no escopo da
atenção básica (AB), constitui uma atribuição comum a todos os integrantes da equipe, estabelecida na Política Nacional de
Atenção Básica. Entretanto, estudos tem apontado as inúmeras lacunas relacionadas ao desenvolvimento de ações voltadas
especificamente a essas atividades. Objetivo: Identificar a percepção de profissionais da atenção básica à realização de ações de
promoção a saúde e prevenção de doenças. Método: pesquisa descritiva, exploratória, de caráter qualitativo, desenvolvida com
profissionais de saúde da atenção primária de um município do noroeste do Paraná. O critério de inclusão para a amostra foi atuar
a mais de 6 meses na atenção básica. Foram realizadas entrevistas gravadas, guiadas por um questionário não estruturado com
vistas a atingir o objetivo do estudo. Essas foram transcritas na íntegra e analisadas pela análise de conteúdo proposta por Bardin.
Os preceitos éticos foram respeitados, sendo o projeto aprovado sob parecer nº 3.910.456. Resultado: 12 profissionais participaram
da amostra, sendo eles 9 agentes comunitários de saúde, 2 técnicos e 1 auxiliar de enfermagem; 11 eram do sexo feminino; A idade
média foi de 43,5 anos. Na percepção dos profissionais as orientações durante as visitas domiciliares predominaram como ações
de promoção a saúde e prevenção de agravos. Há divergências quanto a percepção de adesão por parte da população: alguns
profissionais acreditam que as atividades são exitosas, enquanto outros as veem desvalorizadas pela comunidade. Quanto as
facilidades e as dificuldades na realização das ações, os recursos humanos da equipe são vistos como fator facilitador, enquanto
os usuários representam a maior dificuldade, não aderindo as atividades. Já os recursos materiais fornecidos pela gestão da
saúde, na perspectiva de alguns profissionais, não são fornecidos da maneira adequada dificultando algumas ações idealizadas,
enquanto para outros o fornecimento é satisfatório e contribui para a realização das atividades. Conclusão: a principal atividade
de promoção e prevenção realizada é a visita domiciliar. Quanto a efetividade dessas ações, alguns profissionais acreditam serem
improdutivas, o que indica a necessidade de avaliação das mesmas. Destaca-se como ponto positivo a equipe de trabalho,
enquanto a principal dificuldade é a falta de adesão da comunidade.
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