Page 52 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE  EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE



                 IMPLANTAÇÃO DOS NUCLEOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À
                 SAÚDE NA 4ª RS E CIS/AMCESPAR IRATI-PR

                 Autores: EMANUELI MAZUR IANÓSKI NEULS | Érica Ianóski , Alice Simioni, Patrícia Padilha Sobutka, Walter Henrique Trevisan.
                 Instituição: SESA-PR 4ª RS
                 Palavras-chave: Segurança do paciente. Atenção Primária à Saúde. Consórcio intermunicipal de saúde.
                 A segurança do paciente na APS é um tema relativamente pouco estudado nacional e internacionalmente. Embora a RDC nº
                 36 de 25/07/2013 que institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde determine que todos os serviços de
                 saúde devam ter Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) no caso de serviços públicos ambulatoriais poderá ser constituído um
                 NSP para cada serviço de saúde ou um NSP para o conjunto desses, conforme decisão do gestor local do SUS (núcleo distrital
                 ou municipal). (BRASIL,2013). Apesar dessa possibilidade, segundo dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA),
                 atualizados em 14/10/2019, dos 395 NSP cadastrados localizados no Estado do Paraná, apenas 02 são serviços de assistência
                 à saúde da APS. (BRASIL, NOTIVISA).Uma das atribuições dos NSP é notificar os eventos adversos decorrentes da prestação do
                 serviço de saúde. No Paraná, segundo o NOTIVISA 2.0, não há registro de notificações provenientes de serviços da APS. (BRASIL,
                 NOTIVISA). Frente a ausência da implantação da segurança do paciente na APS a Secretaria de Estado da Saúde, em parceria
                 com o Hospital Moinho de Ventos (RS) através do projeto PROADI-SUS “Segurança do Paciente na APS”, está implantando o
                 PlanificaSUS, na 4ª regional de Saúde de Irati, e nele está contemplado o tema segurança do paciente. O próximo passo no
                 projeto é a implantação dos núcleos de segurança do paciente nas unidades básicas de saúde e consórcio intermunicipal de
                 saúde, para dar início às notificações de eventos adversos no cuidado primário de atenção. (CONASS, 2019).O projeto teve início
                 em fevereiro de 2020, com a aprovação em reunião de CIR pelos gestores municipais, seguindo de reuniões com as equipes das
                 SMS para a formação das comissões municipais de segurança do paciente. Foram realizadas reuniões em seis municípios para a
                 sensibilização dos gestores e equipes de Atenção à Saúde.O Cronograma do projeto contempla ações em conjunto, municípios,
                 regional de saúde e CIS/AMCESPAR , para implantação e fortalecimentos de medidas que promovam a prevenção de incidentes
                 e eventos adversos relacionados com a segurança do paciente nas Redes de Atenção à Saúde da população da 4ª RS.Alguns
                 objetivos específicos do projeto são: Habilitar e capacitar os coordenadores das comissões quanto ao sistema NOTIVISA;Capacitar
                 os profissionais de saúde da APS e CIS a identificar, notificar e investigar as possíveis causas de eventos adversos;monitorar as
                 notificações através do sistema NOTIVISA.


                 UM PASSO DE CADA VEZ: RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE A CONSULTA
                 INTERPROFISSIONAL COMO MEDIADORA DO DESENVOLVIMENTO DE BEBÊS
                 Autores: MARTA MATVEICHUK DA SILVEIRA | Debora Lydinês Martins Corsino, Ester Massae Okamoto Dalla Costa, Celina Teruko Hokama.
                 Instituição: Autarquia Municipal de Saúde de Londrina / Universidade Estadual Londrina
                 Palavras-chave: Interprofissional. Desenvolvimento. Bebês.
                 Na atualidade, sabe-se que o desenvolvimento de bebês e crianças são atravessados por diversos fatores, dessa forma, garantir
                 o  bem-estar  biopsicossocial  é  fundamental  para  promoção  dos  desenvolvimentos  cognitivo,  neuropsicomotor  e  emocional.
                 Assim, é fundamental refletir sobre um modo de atuação interprofissional que proponha a interlocução entre especialidades
                 da  saúde,  com  vistas  ao  desenvolvimento  integral  do  bebê.  Nesse  sentido,  esse  trabalho  objetiva  relatar  a  experiência  de
                 consultas compartilhadas com bebês, realizadas em uma UBS, pela Fisioterapeuta do NASF-AB 2 de Londrina em conjunto
                 com  Psicóloga  Residente  em  Saúde  da  Mulher  (UEL),  durante  o  ano  de  2019.  Desse  modo,  as  consultas  supracitadas  eram
                 agendadas para atendimento com a Fisioterapia, geralmente quando havia algum atraso no desenvolvimento motor observado
                 pelas profissionais. Na consulta, sucedia-se a avaliação do bebê pela psicóloga residente em conjunto com a fisioterapeuta,
                 sendo analisadas a queixa principal, a relação mãe-bebê, o vínculo familiar e o desenvolvimento emocional. Ao longo do tempo,
                 as profissionais observaram que, frequentemente, as mães chegavam para atendimento tomadas por angústia, devido ao “atraso”
                 que seu bebê apresentava. Devido ao grande acesso à informação, essas procuravam as queixas do/a filho/a em sites de busca
                 virtuais, ocasionando a patologização de qualquer comportamento do bebê. Dessa forma, no primeiro atendimento era realizado
                 acolhimento dessa angústia da mãe e do/a bebê, a escuta da história da gestação e do nascimento, além da avaliação geral do
                 desenvolvimento. Nos atendimentos posteriores, com tatame de EVA e brinquedos, as profissionais realizam atendimento com
                 bebê e demonstravam para a mãe, modos de interação, estimulação e diálogo com o bebê. Logo, a partir desta modalidade de
                 atendimento, observou-se o redução na aflição das mães em seu modo de interação com os bebês, além da desmistificação do
                 que seria um desenvolvimento “normal”; reiterando sempre que nesse processo, o bebê precisa dar um passo de cada vez e que
                 cada bebê possui um padrão de desenvolvimento único. Além disso, considera-se que, ao fornecer um espaço de escuta para
                 estas questões e um suporte emocional adequado, o bebê e a mãe tinham a possibilidade de investir no desenvolvimento de
                 outras instâncias da vida. Portanto, recomenda-se que práticas interdisciplinares sejam adotadas na Atenção Primária à Saúde, no
                 processo de cuidado de bebês, suas mães e famílias.


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