Page 53 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE

EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO E ATIVIDADE FÍSICA DE DIFERENTES INTENSIDADE
EM PARTICIPANTES DOS GRUPOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO NÚCLEO AMPLIADO DE
SAÚDE DA FAMÍLIA (NASF)

Autores: SANDRA CRISTINA CAVALLI MOISÉS | Leonardo Alex Volpato , Daniel Zanardini Fernandes , Luiz Fernando Ramos Silva ,
Marcelo Romanzini. Instituição: Universidade Estadual de Londrina

Palavras-chave: Sedentarismo. Atividade física. Saúde.
Introdução: Considerado um fator de risco moderno, o comportamento sedentário (CS) é altamente prevalente no mundo e
está associado a efeitos deletérios à saúde. Compreendido como qualquer comportamento realizado no período de vigília
de gasto energético ?1,5 equivalentes metabólicos (METs), na posição sentada ou reclinada. A atividade física (AF) é definida
como qualquer movimento corporal produzido pela musculatura que resulte em gasto de energia acima do nível de repouso,
classificada quanto à intensidade em atividade física leve (AFL), com gasto energético entre 1,6 e 2,9 METs e atividade física
modera a vigorosa (AFMV), com gasto energético superiores a 3 METs. Ao contrário do CS, o tempo gasto em AF está relacionado
com melhores indicadores de saúde. Objetivo: estimar por acelerometria o tempo gasto em atividade sedentária e atividade
física de mulheres participantes de grupos de Educação Física do NASF. Métodos: estudo transversal, composto por amostra
de 109 mulheres integrantes dos grupos de Educação Física de quatro Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Londrina. O CS e
AF foram determinados de forma objetiva por meio de acelerômetros da marca ActiGraph. As participantes foram instruídas a
utilizar o dispositivo durante sete dias consecutivos, retirando-o apenas durante o banho, períodos de sono e durante atividades
aquáticas. Resultados: A amostra foi composta em sua maioria por mulheres acima de 60 anos, casadas/com companheiro,
com escolaridade superior a oito anos, que não exerciam trabalho remunerado, não tabagistas e que tinham percepção positiva
sobre a qualidade de vida e saúde. Cerca de 30% eram obesas e apenas 20% possuíam pressão arterial sistólica elevada. As
medidas da AF foram expressas em termos percentuais em relação ao tempo de uso dos acelerômetros, sendo, tempo em
CS de 56%, em AFL de 41% e apenas 3% de AFMV. Conclusão: Observou-se um tempo alto de CS pelas mulheres na rotina
diária, sendo classificada em segundo lugar as atividades consideradas como AFL e um tempo muito reduzido gasto em AFMV.
Possivelmente, a AFMV se realizou no momento da participação nos grupos de exercícios realizados pelo NASF, que ocorreram
apenas uma vez na semana em cada território de abrangência das UBSs. Para promover um aumento efetivo da AFMV, é
necessário que a frequência do atendimento por Profissional de Educação Física em cada UBS seja maior e sugere-se que
novas estratégias sejam desenvolvidas para promover a redução do tempo gasto em CS.

LONDRINA IN FORMA: PERFIL DOS PARTICIPANTES DO 1° CICLO EM 2019

Autores: VÂNIA CRISTINA DA SILVA ALCANTARA | Kátia Santos de Oliveira, Anne Cristine Becchi, Helen Aline de Aguiar Cristofani ,
Franciele Carvalho de Souza, Daniela Souza de Carvalho Gomes. Instituição: Secretaria Municipal de Saúde

Palavras-chave: Londrina In Forma. Promoção à saúde. Qualidade de vida.
A alimentação desequilibrada e o sedentarismo constituem os fatores de risco apontados como determinantes do aumento da
obesidade e as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) entre as populações. Assim, estimular a melhoria das condições de
saúde da população pela redução da morbimortalidade por DCNT foi o objetivo do primeiro ciclo do Projeto Londrina In Forma.
Apesar do rápido crescimento das DCNT, seu impacto pode ser revertido por meio de intervenções amplas e custo efetivas de
promoção de saúde, para redução de seus fatores de risco, e pela melhoria da atenção à saúde, detecção precoce e tratamento
oportuno. A Secretaria Municipal de Saúde através da Diretoria de Atenção Primária à Saúde, desenvolveu o Projeto Londrina
In forma. As equipes multiprofissionais das Unidades de Saúde da região urbana iniciaram o primeiro ciclo em maio que se
encerrou em dezembro de 2019. Neste primeiro ciclo foram acompanhados um total de 687 pessoas, destas 89% do sexo
feminino, sendo a idade mínima de 16 anos e a máxima de 79 anos. Com relação a faixa etária ocorreu predomínio das pessoas
entre 41 a 60 anos representando 44,4%, seguido de idosos com 43,2 % (acima de 61 anos). Apenas 12,4 % abaixo de 40 anos
de idade. Com relação a prática de atividade física, 70,3 % referiu já praticar algum tipo de exercício antes de iniciar no projeto.
Com relação as DCNT foram identificados principalmente hipertensão, diabetes, e uso de psicotrópicos, sinalizando questões
da saúde emocional. A maioria possui polifarmácia e apenas 86 pessoas informaram não utilizar nenhum medicamento. Neste
primeiro ciclo do Projeto houve a predominância do sexo feminino, assim recomenda-se uma maior divulgação ao público
masculino e inclusão deste nas ações de promoção a saúde. Para o segundo ciclo o Projeto passa por uma reestruturação, a
fim de rever dias, horários, com o objetivo de atingir em maior número a população em idade produtiva.

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