Page 48 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE

EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

CAPACITAÇÃO EM SAÚDE BUCAL PARA AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE DE UMA
UNIDADE BÁSICA DO MUNICÍPIO DE LONDRINA-PR

Autores: REGHIANY CRISTHIANY BRACHTVOGEL | João Victor Encinas Audibert, Pablo Guilherme Caldarelli. Instituição: Universidade
Estadual de Londrina (UEL)

Palavras-chave: Odontologia. Saúde bucal. Saúde pública. Agentes comunitários de saúde.
Caracterização do problema: Desmonopolizar o conhecimento odontológico para levá-lo até indivíduos, famílias e comunidades
tem se tornado uma necessidade nos serviços públicos de saúde. Nesse sentido, o domínio de conhecimentos básicos em saúde
bucal pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) apresenta grande relevância social. Os ACS são o elo entre a comunidade e os
serviços de saúde e sua atuação permite a adoção de medidas educativas que beneficiam os usuários. Fundamentação teórica:
A educação dos trabalhadores é fator essencial, fazendo-se necessária a Educação Permanente em Saúde (EPS), caracterizada
como um contínuo de ações de trabalho-aprendizagem . Dentre as temáticas a serem abordadas pelos ACS, destaca-se a
crescente necessidade de capacitação em saúde bucal, visando, além da integralidade nas ações, a promoção de saúde, que
podem favorecer a atuação conjunta nas ações extra clínicas entre a Equipe de Saúde Bucal (eSB) e os ACS. Descrição da
experiência: Trata-se de uma ação desenvolvida por cirurgiões-dentistas residentes do Programa de Residência Multiprofissional
em Saúde da Família da Universidade Estadual de londrina (UEL) em conjunto com a eSB de uma Unidade Básica de Saúde
(UBS) localizada na região Sul do Município de Londrina-PR. As ações aconteceram em dois movimentos, no primeiro houve
a aplicação do questionário modificado de Gouvêa (2014) para verificação dos conhecimentos dos ACS sobre a temática. No
segundo, a eSB realizou uma capacitação em Saúde Bucal, de modo expositivo-participativo, utilizando metodologias ativas de
ensino, a fim de realizar o matriciamento sobre a tema. Efeitos alcançados: O desenvolvimento desta ação promoveu a criação
de espaços que possibilitam a interação entre eSB e os ACS, favorecendo o trabalho em equipe. Nesse contexto, destaca-
se o fundamental papel do trabalho em equipe para atuação nas ações de promoção da saúde e prevenção dos agravos,
tornando mais resolutivas as intervenções junto à população assistida. Recomendações: Considerando a experiência relatada,
recomenda-se ampliar o diálogo entre os profissionais, qualificar as ações extra-clínicas das eSB e estabelecer uma relação de
proximidade entre profissional/profissional e profissional/usuário, na busca pelo cuidado centrado no usuário.

APLICAÇÃO DA TÉCNICA HF-LPME EM AMOSTRAS AUTÊNTICAS DE CABELO PARA
MONITORAMENTO DO USO DE COCAÍNA

Autores: DEBORAH THAIS PALMA SCANFERLA | Jéssica Yuri Sakurada, Jéssica Cristina Zoratto Romoli, Raul Gomes Aguera, Renata
Sano Lini, Simone Aparecida Galerani Mossini. Instituição: Universidade Estadual de Maringá
Palavras-chave: Monitoramento. Cocaína. Cabelo.
Introdução: O consumo de cocaína tem sido alvo de preocupação constante na sociedade devido a sua íntima relação com
o aumento da criminalidade, acidentes automotivos e violência. O uso do cabelo como amostra revelou ser uma alternativa
importante e complementar às matrizes tradicionais como sangue e urina, capaz de fornecer histórico do consumo, meses
a anos anteriores a coleta. A aplicação de métodos analíticos validados é essencial para fins de monitoramento do uso de
drogas. A Microextração em Fase Líquida suportada por Fibra Oca (HF-LPME) é uma técnica de extração miniaturizada, de baixo
impacto econômico e ambiental. O Cromatógrafo Gasoso (CG) acoplado a Espectrômetro de Massas (EM) constituem o padrão
ouro para a análise de drogas no cabelo, uma vez que permitem a identificação inequívoca das drogas. Objetivo: Aplicar o
método validado de HF-LPME por CG-EM em amostras de cabelo de pacientes, para fins de monitoramento do uso de cocaína.
Método: Estudo aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Estadual de Maringá, parecer nº458.185. Amostras de cabelo
(6cm), provenientes de 14 pacientes de uma clínica de recuperação, foram coletadas na proximidade do couro cabeludo. Cada
amostra foi descontaminada (detergente e diclorometano), e após a secagem, alíquotas de 50mg foram separadas em tubos
Falcon adicionados com extrator metanol, e incubados a 50°C por 18 horas para evaporação do solvente. Em seguida, foram
adicionados água deionizada e tampão sólido para ajuste do pH e realizada a microextração por HF-LPME, utilizando fibra oca
de polipropileno (9cm). A solução removida do interior da fibra foi evaporada a 40°C e após adicionado 50 µL de acetato de etila
e 1 µL injetado em GC-EM. Resultados: A análise das 14 amostras foi possível pela validação pré-existente no laboratório. Todas
as amostras foram positivas para cocaína. A grande janela de detecção fornecida pelo cabelo em relação às amostras mais
comuns, fazem desta matriz uma das mais solicitadas para avaliação do consumo de substâncias por parte toxicodependentes
inseridos em programas de reabilitação. Conclusão: A aplicação de método analítico validado foi crucial para confirmação do
uso de COC e consequente monitoramento da efetividade do tratamento. Ademais, o método pode ser aplicado em diversas
áreas como forense, doping, programas de recuperação de toxicodependentes entre outros.

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