Page 51 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
CORRELAÇÃO ENTRE DISTÚRBIOS COMPORTAMENTAIS, SINTOMAS MOTORES E
DISFUNÇÕES DO SONO EM INDIVÍDUOS COM DOENÇA DE PARKINSON
Autores: LEISLY CAROLINI MAURER | Fernanda Emanuelle Viomar Rocha, Gabrieli Tabaldi, Hayslenne Andressa Gonçalves de Oliveira
Araújo, Suhaila Mahmoud Smaili, Josiane Lopes. Instituição: Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO
Palavras-chave: Doença de Parkinson. Comportamento. Transtornos dos movimentos.
Introdução: A análise dos distúrbios comportamentais, como ansiedade e depressão, assim como comprometimentos motores
e distúrbios do sono em indivíduos com a doença de Parkinson (DP) vem sendo muito valorizado em razão da sua alta prevalência
e, também, devido ao impacto destes sintomas na vida dos pacientes. Objetivo: Avaliar a prevalência de ansiedade e depressão
e correlacioná-las com a gravidade da função motora e qualidade do sono em indivíduos com DP. Método: Trata-se de um
estudo transversal com amostra de conveniência de 47 indivíduos com DP idiopática avaliados quanto à função motora pela
Escala de estadiamento de Hoehn e Yahr modificada (HY) e Escala unificada da doença de Parkinson (UPDRS) - Parte II e III,
sonolência diurna pela Escala de sonolência de Epworth (ESE), qualidade do sono pela Escala de sono em Parkinson (PDSS) e
presença de ansiedade e depressão pela Escala hospitalar de ansiedade e depressão (HADS). Os dados foram analisados de
acordo com sua distribuição de normalidade pelo teste de Shapiro-Wilk. Para comparação entre grupos com e sem ansiedade
e depressão foi utilizado o teste de Mann-Whitney e para análise de correlações, o coeficiente de correlação de Spearman. O
valor de significância adotado foi de 5% utilizando o programa SPSS-20. Resultado: Dos 47 indivíduos, 19 (40,4%) apresentaram
ansiedade (HADS: 10,32 ± 2,0) e 19 apresentaram depressão (HADS: 9,74 ± 1,62). A comparação entre os grupos com e sem
ansiedade revelou diferença estatisticamente significante para as variáveis: HY, UPDRS-Parte II, ESE e PDQ-39. Houve
correlação entre ansiedade e: HY (r=0,35; p=0,01), UPDRS-Parte II (r=0,30; p=0,047), ESE (r=0,31; p=0,03), PDSS (r=-0,36; p=0,01).
Quando comparados os grupos com e sem depressão houve diferença entre: HY, UPDRS-Parte III e PDSS. Houve correlação
entre depressão e: HY (r=0,43; p=0,00), UPDRS-Parte III (r=0,30; p=0,04) e PDSS (r=-0,47; p=0,00). Conclusão: Os indivíduos que
apresentaram ansiedade e depressão tiveram maior comprometimento da função motora, pior qualidade do sono e presença
de sonolência diurna excessiva aos seus pares sem ansiedade e depressão.
INFLUÊNCIA DA FADIGA EM ASPECTOS MOTORES E NÃO MOTORES DA VIDA DIÁRIA DE
INDIVÍDUOS COM DOENÇA DE PARKINSON
Autores: FERNANDA EMANUELLE VIOMAR ROCHA | Leisly Carolini Maurer, Gabrieli Tabaldi, Hayslenne Andressa Gonçalves de
Oliveira Araújo, Suhaila Mahmoud Smaili, Josiane Lopes. Instituição: Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO
Palavras-chave: Doença de Parkinson. Fadiga. Atividades cotidianas.
Introdução: A fadiga constitui um dos sintomas não motores mais frequentes em indivíduos com doença de Parkinson (DP),
entretanto sua associação com as funções de vida diária ainda é pouco explorada. Objetivo: Avaliar o efeito da fadiga nos
aspectos motores e não motores da vida diária de indivíduos com DP. Método: Trata-se de estudo transversal com amostra
de conveniência de 31 indivíduos com DP idiopática avaliados quanto: 1) gravidade dos sinais e sintomas pela Escala Unificada
da Doença de Parkinson (UPDRS: Parte I-Aspectos não motores da vida diária, Parte II-Aspectos motores da vida diária e
pela Escala de estadiamento de Hoehn e Yahr modificada (HY) e 2) presença de fadiga pela Escala de Fadiga da Doença de
Parkinson (PFS-16). Os dados foram analisados de acordo com a distribuição da normalidade pelo teste de Shapiro-Wilk. Para
a comparação entre grupos com e sem fadiga foi utilizado o teste Mann-Whitney e para análise de correlações, o teste de
correlação de Spearman. O valor de significância adotado foi de 5% utilizando o programa SPSS-20. Resultado: O sintoma
fadiga foi encontrado em 32,25% da amostra. A comparação entre grupos com e sem fadiga revelou diferença significante
entre o estadiamento da doença, os itens da UPDRS-Parte I, como segue: humor depressivo, apatia, problemas de sono,
dor, problemas urinários, tontura ao se levantar, além do escore total da UPDRS Parte I e Parte II. Adicionalmente, houve
correlação moderada entre fadiga e os itens UPDRS parte I (disfunção cognitiva, alucinações e psicose, humor depressivo,
apatia, problemas do sono, dor, problemas urinários e fadiga). Adicionalmente, houve correlação significante apenas com o item
bloqueio na marcha da UPDRS parte II. Conclusão: Indivíduos com DP que apresentam fadiga tem maior comprometimento
da doença e dos aspectos não motores da vida diária relacionados às disfunções cognitivas, alterações comportamentais,
desordens do sono, dor e disfunção urinária quando comparados ao grupo sem fadiga. Os bloqueios motores durante a marcha
também se correlacionaram com a fadiga.
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