Page 234 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
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                     tomou-se como problema norteador deste relato: Quais as mudanças geradas na atuação
                     dos psicólogos hospitalares durante a pandemia de COVID-19? Esses profissionais foram
                     convocados a se reinventarem conforme às novas rotinas hospitalares, como o isolamento
                     de  pacientes,  limitações  de  visitas  presenciais,  cancelamento  de  ambulatórios  e  uso  de
                     equipamentos de proteção individual (EPIs). Um serviço denominado Gabinete de Crise foi
                     criado  para  proporcionar  atendimentos  aos  profissionais  de  saúde  da  instituição  referida.
                     Diversas reações emocionais comuns, como medo, angústia e tristeza foram identificadas
                     nos atendimentos aos funcionários. Outra mudança foi o uso de EPIs, os quais dificultaram o
                     reconhecimento dos profissionais de saúde, fazendo com que os psicólogos criassem um
                     crachá  com  suas  fotografias  visíveis  com  a  pretensão  de  resgatar  a  humanização  nos
                     atendimentos. Acrescenta-se a isso, a realização de videochamadas como aproximação dos
                     pacientes de seus familiares, visto que visitas presenciais ficaram restritas. Em situações de
                     pacientes em fim de vida e/ou em cuidados paliativos foram realizadas visitas presenciais de
                     familiares mais próximos do paciente, sendo assistidas pelos psicólogos com a intenção de
                     possibilitar uma despedida. A ausência de rituais de despedida pode gerar o desenvolvimento
                     de  luto  complicado  nos  familiares  que  perderam  o  paciente  por  COVID-19,  dado  que,
                     geralmente,  não  há  a  possibilidade  de  realizar  velórios  nessas  situações.  Os  psicólogos
                     proporcionaram um espaço de escuta e suporte psicológico aos funcionários, familiares e
                     pacientes  com  o  objetivo  de  minimizar  o  sofrimento  provocado  pelo  cenário  hospitalar.
                     Conclui-se  que  o  psicólogo  hospitalar  necessitou  criar  estratégias  inovadoras  perante  as
                     demandas emergentes no seu contexto de trabalho durante a pandemia de COVID-19.


                     FRAGILIDADES  NA  IDENTIFICAÇÃO  DE  PNEUMONIA  ASSOCIADA  À  VENTILAÇÃO
                     MECÂNICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

                     Autores: LAURA RAZENTE GRESPAN | JULIANA CARISSIMI, CARLA REGINA MARQUES
                     LOUNAY,  LUANA  CECILIA  ROCHA,  JAQUELINE  TOKARSKI,  TEREZINHA  CAMPOS.
                     Instituição: Universidade Estadual do Oeste Paranense

                     Palavras-chave: Pneumonia Associada a Assistência à Saúde; Enfermagem; Serviços de
                     Controle de Infecção Hospitalar.
                     Caracterização do problema: A intubação endotraqueal e a ventilação mecânica (VM) são
                     medidas terapêuticas e rotineiras em pacientes críticos e que podem salvar vidas. Contudo,
                     as intervenções podem ser deletérias aos pacientes, visto que, a pneumonia associada à
                     ventilação mecânica (PAV) é uma das infecções relacionada à assistência à saúde (IRAS)
                     que tem alta incidência nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Diante desta situação, a
                     identificação,  a  vigilância,  a  prevenção  e  o  controle  de  PAV  tem  sido  um  desafio  para  os
                     serviços  de  saúde.  Justificativa:  A  PAV  é  uma  das  principais  IRAS,  responsável  pelo
                     aumento  da  morbimortalidade  e  de  altos  custos  com  internação,  pondera-se  que,  sua
                     incidência é um indicador da qualidade de assistência em saúde, pois auxilia na definição do
                     prognóstico  e  do  tratamento  a  ser  realizado.  Objetivos:  Relatar  as  principais  fragilidades
                     encontradas, por enfermeiras residentes do serviço de controle de infecção, no processo de
                     identificação de PAV. Descrição da experiência: A identificação das IRAS é baseada em
                     critérios  diagnósticos  de  infecção  definidos  pela  Agência  Nacional  de  Vigilância  Sanitária
                     (ANVISA).  Para  definição  da  PAV  são  necessários  achados  compatíveis  com:  alterações
                     radiológicas, clínicas, laboratoriais e microbiológicas, porém estes dados, podem dificultar a
                     conclusão dos diagnósticos. Dentre as dificuldades encontradas neste processo, destaca-se,
                     a  falta  de  um  padrão-ouro  para  a  realização  do  diagnóstico  e  a  descrição  e  registros
                     incompletos nos prontuários encontrados na busca ativa. Assim, a sustentação desses fatos
                     repousa  vastamente  na  dúvida  de  caracterizar  a  PAV  e  o  diagnóstico  será  apenas
                     probabilístico, de tal modo que os casos podem ser subdiagnosticados, mascarando a real
                     estatística de IRAS. Reflexão sobre a experiência: Os critérios que definem uma PAV são
                     objetivos  e  não  flexíveis,  dificultando  o  diagnóstico,  e  subestimando  os  dados
                     epidemiológicos. Os critérios diagnósticos são fundamentais, mas eles não devem engessar
                     a caracterização das PAVs. Monitorar o quadro clínico do paciente e suas alterações, bem
                     como  a  contaminação  por  microrganismos  causadores  dessas  infecções,  constituem  uma
                     importante  medida  de  controle  de  novas  IRAS.  Recomendações:  Cabe  ao  serviço  de
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