Page 238 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
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fisioterapeuta foi autorizado a proporcionar intervenções na modalidade online. Objetivos:
Analisar os efeitos de um programa online de educação em neurociências da dor em
indivíduos com dor musculoesquelética crônica. Métodos: Trata-se de um estudo controlado
não randomizado, avaliação cega, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Participaram
do estudo indivíduos com dor musculoesquelética crônica, desassistidos de um serviço
fisioterapêutico, com acesso à celular com câmera e internet. A amostra foi dividida em grupo
intervenção (GI) e grupo controle (GC). A intervenção consistiu de 10 encontros online de
educação em neurociências da dor e estratégias de autogerenciamento da dor e frequência
semanal com envio de materiais cognitivos-comportamentais por WhatsApp. Os desfechos
avaliados foram dor (código b280) e percepção de melhora global pelo serviço de saúde
prestado atualmente (código e5800) por autorrelato da magnitude da deficiência e facilitador,
respectivamente, proposto na Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e
Saúde (CIF). Foi usado análise por intenção de tratar, teste t de Student e McNemar, no SPSS
19.0. Resultados: Participaram do estudo 58 indivíduos (GC=33; GI=25). No desfecho dor
(código b280), embora não significativo, no GI houve redução do número de participantes que
indicaram dor grave a completa para leve a moderada (14 vs 12) e piora no GC (12 leve a
moderada vs 16 grave a completa). Houve aumento da provisão de benefícios observado
pelo serviço prestado (código e5800) no GI (37,6±30,1% vs 57,2±32,34%; p=0,01; facilitador
regular vs facilitador considerável). Discussão: Os achados corroboram com a literatura em
que a educação em dor auxilia no processo de aceitação da condição de saúde e
desconstrução de pensamentos catastróficos e crenças limitantes, a exemplo da cinesiofobia,
e proporciona estratégias de autogerenciamento da dor. Conclusão: O programa de
educação em neurociências da dor contribuiu para melhora do controle da dor
musculoesquelética crônica de indivíduos cuja assistência fisioterapêutica de média
complexidade havia sido interrompida.
PERSPECTIVA ENTRE EXPECTATIVA DE VIDA E CUSTOS PARA O SUS DO PACIENTE
DIABÉTICO COM ALTO RISCO CARDIOVASCULAR FRENTE AOS RESULTADOS NO
MODELO DE ATENÇÃO AS CONDIÇÕES CRÔNICAS DE HIPERTENSÃO E DIABETES
DO CISMEPAR
Autores: BEATRIZ MAKIYAMA | HUGO MARCOS CONTE SILVA PENHA, PRISCILA HITOMI
NAGATA MAEKAWA, DIANA MORTEAN FLORES, DENISE MARQUES GUIMARAES
GALVAO, CRISTINA MARA SASSIOTTI DALBERTO. Instituição: CONSORCIO
INTERMUNICIPAL DE SAUDE DO MÉDIO PARANAPANEMA – CISMEPAR
Palavras-chave: HEMOGLOBINA GLICADA; hipertensão arterial; diabetes mellitus
Esse trabalho contém resultados obtidos no programa Modelo de Atenção às Condições
Crônicas – Hipertensão E Diabetes (MACC) no CISMEPAR evidenciando avaliação positiva
à perspectiva de vida de nossos pacientes gerando um menor custo financeiro para o Sistema
Único de Saúde. Caracterização do problema: A expectativa de vida das pessoas com
Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) e doença cardiovascular prévia é, em média, até 12 anos
inferior, sendo que aproximadamente 50% das mortes em pessoas com DM2 são causadas
por doença cardiovascular. Estudos comprovam que a cada 1% de diminuição na
Hemoglobina Glicada (HBA1C) reduz-se em 21% os óbitos relacionados ao DM2, 14% dos
Infartos, 43% das amputações, entre outras complicações que poderiam ser citadas como o
Acidente Vascular Cerebral (AVC) e lesões renais. Lembrando também que essas reduções,
enxugam também os custos do Sistema Único de Saúde (SUS) que, por exemplo, tem como
custo médio nacional/ano de atendimento hospitalar para o AVC de R$ 1,5 bilhões. Descrição
da Experiência: No Consórcio Intermunicipal de Saúde realizamos o atendimento aos
usuários com Hipertensão Arterial e DM2 através do programa Modelo de Atenção às
Condições Crônicas (MACC). Neste programa, realizamos o acompanhamento e traçamos
metas aos usuários com DM2 usando os parâmetros da HBA1C. Esse exame é realizado
através de uma coleta de sangue e nos dá a média da Glicemia dos últimos três meses do
usuário. Os valores referenciais vão de 4% à 12% sendo respectivamente correspondentes
à glicemia de 65 à 345, sendo o ideal entre 5 à 7%. Sabendo disso, coletamos dados dos
nossos próprios usuários entre novembro de 2018 e outubro de 2019, de um total de 206