Page 276 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
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familiar daquele paciente, ser “um deles”. Reflexão sobre a experiência e recomendações:
Como profissionais de saúde, estamos passando por momentos muito difíceis, devido às
intensas experiências no dia a dia, como assistir colega de trabalho ou familiar vivenciando o
adoecimento e a morte resultantes do SARS-CoV-2. Estaremos sensíveis às necessidades
quanto às mudanças que se fizerem necessárias, assim como assistiremos cada família na
sua singularidade.
A UTILIZAÇÃO DA MÁSCARA NO SERVIÇO SAÚDE – EQUIPAMENTO DE ACESSO-
BARREIRA NO CUIDADO COM O USUÁRIO SURDO
Autores: THALITA DA ROCHA MARANDOLA | CÉLIA MARIA DA ROCHA MARANDOLA,
REGINA MELCHIOR, JOSIANE VIVIAN CAMARGO DE LIMA, ROSSANA STAEVIE BADUY.
Instituição: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
Palavras-chave: Deficiência; Surdez; Produção de Cuidado;
Introdução: A produção do cuidado ocorre no encontro entre usuário e trabalhador de saúde,
seu produto é consumido em ato, e a comunicação é uma ferramenta importante neste
processo. Durante a pandemia, os desafios relacionados ao encontro ganharam novos
elementos como, por exemplo, a máscara. A máscara facial é uma das medidas não
farmacológicas na prevenção da COVID-19. Trata-se de um equipamento de proteção
individual (EPI) de uso obrigatório em todo ambiente público. Mas, para pessoas com surdez,
a máscara pode barrar o vírus e, também, barrar a comunicação que pode ser oralizada ou
por expressão facial. Objetivos: Analisar a produção de cuidado realizada num encontro
entre trabalhadores de saúde e uma usuária com surdez. Métodos: Trata-se de um recorte
da pesquisa de doutorado que está em andamento, que utilizou como método a perspectiva
cartográfica e a usuária-cidadã como guia. A usuária produziu narrativas em Língua Brasileira
de Sinais (LIBRAS) que foram gravadas em vídeo e, posteriormente, traduzidas e analisadas.
Resultados e discussão: A usuária-cidadã-guia que é surda - narrou uma cena do seu vivido
num serviço de saúde para consulta com especialista (após 12 meses na fila de espera),
consulta esta, que não foi consumada devido dificuldades na comunicação oral com o
profissional de saúde. Neste caso, a máscara foi um elemento agenciador tanto do acesso
quanto da barreira, pois ao utilizar a máscara (dispositivo obrigatório em tempos de
pandemia) a usuária pode ter acesso ao espaço físico do serviço de saúde, ao mesmo tempo
em que foi barreira para a produção do seu cuidado. Ou seja, no encontro com o trabalhador
de saúde (a máscara que não pode ser removida) se tornou elemento impeditivo do encontro,
visto que a autonomia da usuária-cidadã-guia e a sua forma de comunicação não foram
consideradas válidas na produção do seu cuidado. Conclusões: É necessário refletirmos
sobre equipamentos ou práticas em saúde para além do acesso-barreira, pois não se trata
apenas de entrar ou não nos serviços de saúde, mas sobre a produção de vida que há no
encontro com o usuário. É possível produzir vida em encontros em que a língua utilizada na
comunicação, não é a mesma.
PERCEPÇÃO DE ENFERMEIRAS ATUANTES EM UM PRONTO SOCORRO REFERÊNCIA
PARA COVID-19 FRENTE A ATUAÇÃO DO TIME DE INTUBAÇÃO RÁPIDA
Autores: DANIELLY NEGRAO GUASSU NOGUEIRA | LETÍCIA COUTINHO DE OLIVEIRA,
LIZE ZANCHETIN HOSOUME, ANA CLAUDIA SAITO, MARIA CRISTINA DA SILVA PADUAN,
ALESSANDRA LADEIRA BOÇOIS. Instituição: Universidade Estadual de Londrina-UEL
Palavras-chave: Equipe de Respostas Rápidas de Hospitais; Emergências; Serviços
Médicos de Emergência; Equipe de Assistência ao Paciente.
Caracterização do problema: A introdução de Times de Resposta Rápida (TRR) vem sendo
cada dia mais difundida nas instituições de saúde, dada a complexidade dos pacientes
internados. Estes times tem como objetivo a avaliação e intervenção rápida para reversão de
agravos clínicos em pacientes hospitalizados que se encontram fora de uma Unidade de
Terapia Intensiva (UTI). Compostos por médico, fisioterapeuta respiratório e/ou enfermeiro,