Page 273 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
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                     inserida na enfermaria feminina e na maternidade de um hospital. A equipe, composta por
                     três residentes (farmacêutica, nutricionista e psicóloga) e suas respectivas tutoras, realiza
                     atendimento multidisciplinar às mulheres internadas na unidade feminina e na maternidade
                     de um Hospital Universitário, considerado de referência tanto para gestantes de alto risco
                     quanto  para  pacientes  diagnosticados  com  COVID.  A  pandemia  acarretou  superlotação
                     hospitalar  e  intensa  demanda  de  resolutividade  por  parte  dos  profissionais.  Essa  lógica
                     contribuiu para um ciclo de altas precoces aos pacientes, exigindo da equipe multiprofissional
                     um atendimento breve e pontual, que constituiu um complicador para a assistência contínua
                     à  saúde  da  mulher  em  internação.  Assim,  ocasionou  medidas  restritivas,  dentre  elas  a
                     impossibilidade da presença de acompanhantes e a redução do período de permanência de
                     pacientes  hospitalizados,  as  quais  produziram  dificuldades  no  enfrentamento  da
                     hospitalização, considerando que a rede social de apoio propicia um fundamental suporte
                     físico  e  psíquico  durante  o  período  de  convalescença  no  hospital.  Nesse  sentido,  a
                     intervenção multiprofissional no atendimento às mulheres demandou um cuidado especial da
                     equipe multiprofissional, tendo em vista o temor de serem infectadas pelo vírus da COVID e
                     os afetos despertados pela falta de acompanhantes durante a internação. O atual cenário
                     evidencia a relevância da atenção humanizada, acolhedora e voltada à assistência integral
                     da mulher, para além do cuidado ao corpo biológico. Recomenda-se a consolidação de um
                     diálogo interdisciplinar entre os distintos profissionais de saúde, visando superar o paradigma
                     biomédico reducionista e operar na compreensão do processo saúde-doença da mulher em
                     seu aspecto amplo e biopsicossocial.


                     A  ATUAÇÃO  DOS  ENFERMEIROS  ASSISTENCIAIS  EM  UMA  UNIDADE  DE  TERAPIA
                     INTENSIVA REFERÊNCIA PARA COVID-19

                     Autores:   ALESSANDRA      LADEIRA    BOÇOIS;    ADRIANA    CRISTINA    GALBIATTI
                     PARMINONDE  ELIAS ,  SILVIA  PAULINO  RIBEIRO  ALBANESE,  LETICIA  COUTINHO  DE
                     OLIVEIRA,  LISE  HOUSOME,  DANIELLY  NEGRÃO  GUASSÚ  NOGUEIRA.  Instituição:
                     Hospital Universitário de Londrina

                     Palavras-chave: Cuidado de enfermagem; Covid-19; Unidade de Terapia Intensiva.
                     Caracterização do problema: Compor uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) constituída
                     por  enfermeiros  assistenciais,  com  10  leitos  para  atendimento  a  pacientes  suspeitos  e
                     positivos ao Covid-19. Esta unidade está dentro do plano de ampliação de leitos direcionado
                     à pandemia de Covid-19 de um hospital referência no Sul do Brasil. Justificativa: A admissão
                     dos  pacientes  em  UTI  requer  a  uma  equipe  especializada.  Frente  a  este  cenário,
                     considerando a escassez de técnicos de enfermagem, foi definido pela diretoria do hospital
                     que a equipe assistencial seria composta por enfermeiros graduados. Objetivo: Relatar a
                     atuação  de  enfermeiros  assistenciais  em  uma  unidade  de  UTI  adulto  referência  para
                     pacientes com Covid-19 em um hospital público do Sul do Brasil. Descrição da experiência:
                     A  experiência  vivenciada  nesse  serviço  foi  a  implementação  de  uma  UTI  composta  por
                     enfermeiros graduados para prestação da assistência integral aos pacientes. Esta forma de
                     assistência  apresenta  vantagens,  como  o  fato  do  enfermeiro  ter  conhecimento  e
                     embasamento  técnico-científico,  possuir  habilidades  e  competências  para  sistematizar  a
                     assistência  em  enfermagem  com  raciocínio  clínico,  baseado  em  evidências  científicas,
                     prestando, assim, uma assistência com intuito de diminuir os riscos que ameaçam a vida do
                     paciente. Por outro lado, cita-se, como fragilidade inicial da referida gestão, o ingresso de
                     profissionais com diferentes níveis de experiência no atendimento ao paciente crítico, sendo
                     necessário  realizar  ações  voltadas  para  a  educação  permanente  em  saúde,  como
                     treinamentos para melhoria da qualidade no atendimento e na segurança da equipe junto à
                     Comissão  de  Controle  de  Infecção  Hospitalar  (CCIH)  e  ao  departamento  de  educação  e
                     pesquisa (DEPE). Inicialmente, houve um aumento de infecções relacionadas à assistência
                     à saúde (IRAS), assim como lesões por pressão, ressaltando a gravidade desse público com
                     necessidades  até  então  desconhecidas,  desafiando  os  enfermeiros  neste  período  de
                     adaptação e aprendizado para uma assistência adequada. Este foi um marco para a mudança
                     da qualidade na assistência, demonstrada através de melhorias dos indicadores de IRAS e
                     lesões  por  pressão,  impactando  na  qualidade  e  segurança  da  assistência  ao  paciente.
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