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EIXO 7 Integralidade do Cuidado
RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE

RELATO DE ATENDIMENTO HUMANIZADO NA UNIDADE DA MAMA NO CONSÓRCIO
INTERMUNICIPAL DE SAÚDE DO MÉDIO PARANAPANEMA, LONDRINA, PARANÁ
Autores: JULIANA CAMILLA DOS SANTOS TOMIOTTO GIULIANI | Antonio Carlos Inacio, Andreia Aires Aleixo
Ribeiro, Beatriz Daou Verenhitach, Ana Cristina da Silva do Amaral Herrera. Instituição: CISMEPAR
PALAVRAS-CHAVE: diagnóstico precoce; neoplasias; acolhimento
A Unidade da Mama(UM) implantada em 05 de maio de 2015,conform e a portaria GM/MS nº189 de 31 de janeiro de 2014,
em parceria com a Secretaria de Saúde do Estado do Paraná no Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema
(CISMEPAR) dos 21 municípios que compõe a 17ª Regional de Saúde sediado no município de Londrina, Paraná, para atender a
demanda SUS de realização de diagnóstico precoce de câncer (CA) de mama encurtando o tempo entre a suspeição de lesões de
CA mama na atenção básica de saúde (ABS) até o acesso ao tratamento na atenção hospitalar (AH). O rastreio de CA mamas na
ABS é ofertada consultas médicas e de enfermagem, mamografias e ultrassonografias de mamas. Na lesão com suspeita de CA
os laboratórios conveniados ao SUS encaminham por e-mail os laudos à UM que é referência ambulatorial. Nesta, as pacientes
são agendadas para a consulta com mastologista e de biopsia. No retorno, o resultado na semana subsequente, a usuária e
familiares recebem o resultado e se positivo para CA o médico encaminha para AH com os exames de estadiamento prontos para
o serviço. No mesmo período deste atendimento paciente e família são acolhidos e aconselhados nas consultas de enfermagem
e psicologia, a equipe da unidade também realiza acolhida. Este ambulatório que compõe um dos pontos de atenção em rede
é responsável em realizar diagnósticos de neoplasia de mama e referenciar à AH apoiado por tecnologias duras e leve duras.
A paciente tem sua consulta agendada na AH entre 7 e 15 dias após o diagnóstico do CA, assim para definição e instituição de
tratamento é em até 45 dias de prazo que é inferior ao prazo estabelecido pela Lei Federal nº12732 de 2012. Diante do exposto
e com o surgimento da pandemia do vírus SARS-CoV-2 a partir de março de 2020 houve restrição de acesso aos serviços de
saúde e vários serviços ambulatoriais suspensos, porém a UM manteve-se em funcionamento com poucas reduções de consulta
devido profissionais de grupo de risco. Realizado para este relato um recorte de dados de março de 2020 a maio de 2021 cujo o
período tivemos 520 consultas de mastologia, 390 de biopsias cuja a positividade para câncer foi de 39,5% (154 casos) que foram
encaminhadas para AH para seguimento. A UM é um importante ponto de atenção que apoia a gestão de caso para um acesso
adequado em menor tempo e com maior eficácia reduzindo mutilações e óbitos por esta causa. Trazendo no seu processo de
cuidado o atendimento humanizado, individualizado e integral.

EQUIDADE NA ATENÇÃO EM SAÚDE A GRUPO VULNERÁVEL: PERCURSO ESTRATÉGICO

Autores: ADRIANA PRESTES DO NASCIMENTO PALÚ | Denise Ferreira Alves, Marcieli Gonçalves Andrade, Caroline
Rodrigues Lyra, Anamelia Carolina Humeniuk Lopes, Maryane dos Santos Matias Lucas Eduardo Carneiro.
Instituição: Autarquia Municipal De Saúde De Apucarana
PALAVRAS-CHAVE: Promoção da saúde; Educação em saúde; Práticas de Saúde Integrativas e Complementares.
As diretrizes do Sistema Único de Saúde foram importantes conquistas no âmbito legal, regem macro e micropolíticas, mas
encontram realidades diversas para sua concretização. Assumindo o compromisso de promover a equidade na prática, os alunos
do programa de Residência em Atenção Básica elegeram a Cooperativa de Catadores e Separadores de Materiais Recicláveis de
Apucarana/PR (COCAP), constituída por um grupo de pessoas de alta vulnerabilidade e com diversas demandas de atenção em
saúde, com o objetivo de desenvolver ações centradas nos indivíduos e com Práticas Integrativas em Saúde (PICS), intermediada
pela Educação Popular, emancipadora e geradora de autonomia. A aproximação da COCAP com a rede de saúde foi intermediada
por movimentos sociais (Instituto Colmeia e Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular e Saúde), com
a proposta de desenvolvimento de um plano de apoio intersetorial para promover a saúde dos cooperados e familiares, sendo
pactuada quatro fases: 1. Fase de diagnóstico situacional – objetivando conhecer a realidade local; 2. Fase de elaboração e
apresentação de Plano de Ação – com a participação de todos os envolvidos; 3. Fase de desenvolvimento – com ações intersetoriais,
centradas nos sujeitos, englobando educação em saúde, prevenção e recuperação de agravos; 4. Fase de avaliação – processual,
durante o desenvolvimento, e ao final do projeto. A primeira etapa realizada em dezembro/2021 e janeiro/2022 identificou o
perfil e as condições de saúde dos membros deste coletivo, entrevistando 49 (quarenta e nove) cooperados ativos. Os dados
nortearam a proposta do Plano de Ação, compartilhada com a direção da COCAP, movimentos sociais e profissionais da rede
pública municipal de saúde e ação social. Os principais resultados demonstraram a alta vulnerabilidade social do grupo, presença
de agravos evitáveis e restrito acesso aos serviços de saúde, as fragilidades e potencialidades do projeto foram debatidas e a
importância de desenvolver o projeto foi consenso. Ainda em andamento, este projeto sinaliza ação concreta fundamentada nos
princípios norteadores do SUS, modifica a prática sanitária ao centrar na vigilância da saúde, fundamenta-se num paradigma
que considera o contexto social de construção da saúde, novas abordagens de cuidado e educação em saúde, e desponta como
possibilidade de transformação na vida de inúmeras pessoas envolvidas neste processo.

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