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EIXO 7 Integralidade do Cuidado
RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
A INTERVENÇÃO MULTIDISCIPLINAR DE UMA EQUIPE DE CUIDADOS PALIATIVOS NA
ATENÇÃO DOMICILIAR - UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: MIRIANE ELISABETH DE SOUZA PEREIRA | Geysa Machado Cascardo, Nadia Settembre Montenegro,
Judite Aparecida Carvalho, Suely Maeshiba Ikeda. Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde (FEAS)
PALAVRAS-CHAVE: Cuidados paliativos, terminalidade em domicílio, reunião de equipe, intervenções
multidisciplinares.
Caracterização do problema: A área de cuidados paliativos é específica e necessita de maiores aprofundamentos
e estudos. Um serviço de atendimento domiciliar identificou a necessidade de instituir uma equipe de Cuidados
Paliativos que atuasse em domicílio, na fase de terminalidade. A equipe é composta por médico, enfermeiro,
fisioterapeuta, técnicos de enfermagem, nutricionista, fonoaudióloga, assistente social e psicóloga. Justificativa:
A atuação desta equipe tem como objetivo propiciar o cuidado, conforto e segurança dos pacientes e familiares,
nesse momento de fim de vida, em domicílio. Objetivo: O objetivo deste relato de experiência é expor algumas
características específicas da intervenção multidisciplinar que foram identificadas nas reuniões de equipe. Descrição
da experiência: Foram realizadas discussões de caso, em que a equipe estruturou ações a serem realizadas nas
visitas domiciliares, sempre decididas coletivamente e pautadas em estudos/pesquisas. Uma das características
específicas dessa intervenção foi sempre considerar a díade “família – paciente”, pois seus desejos são respeitados.
Outro aspecto foi identificar as demandas prioritárias e específicas de cada área de atuação dos profissionais da
equipe, visando sempre medidas de conforto que o paciente e familiares necessitam. A partir dessa prática os
resultados foram reavaliados pela equipe em reunião para a elaboração das próximas condutas. O trabalho da
equipe encerrava-se após o acompanhamento pós-obito, seguindo pelo tempo necessário conforme demanda da
família. Reflexão: A partir dessa experiência, conclui-se que a intervenção multidisciplinar mostrou-se fundamental
na medida que se caracteriza por uma soma de saberes tendo impacto benéfico nesse momento de fim de vida
que paciente e familiares vivenciam. Recomendação: O que nos permite recomendar essa prática assistencial para
outros serviços que tenham o Cuidado Paliativo como abordagem multidimensional, tendo como o foco principal o
paciente e não a doença.
ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO EM REUNIÕES FAMILIARES NO CONTEXTO HOSPITALAR
Autores: WALKIRYA KUYBIDA | Roberta Sztorc Pires, Henrique Shody Hono Batista, Gabriela Visnieski
Siqueira, Tuane Caetano dos Santos Ferreira de Souza, Itala Villaca Duarte. Instituição: Fundação Estatal de
Saúde - FEAS
PALAVRAS-CHAVE: Psicologia; reunião; acolhimento; humanização
A atuação do psicólogo no contexto hospitalar tem como foco na tríade de cuidado paciente-família-equipe, podendo
ser realizados atendimentos por este profissional ou em conjunto com outro (s) membro(s) da equipe, considerando
a prática multi e interdisciplinar. Além desta atuação, o psicólogo pode também, junto?com equipe médica e/ou
multiprofissional, acompanhar?reuniões familiares,?principalmente com aqueles diretamente implicados nos cuidados
do paciente.?As?reuniões familiares,?geralmente,?são agendadas em casos críticos, quadros em que o paciente teve
um declínio importante,?podendo evoluir a óbito no internamento, em casos?que o?paciente?retornará ao contexto
domiciliar,?com maior grau de dependência física do que apresentava anterior ao período hospitalar,?ou para
instituição de Cuidados Paliativos. O intuito destas reuniões é prover informações clínicas acerca do paciente, plano de
tratamento,?esclarecer as dúvidas e realizar orientações pertinentes ao manejo e cuidado integral do mesmo,?bem como
criar linhas de comunicação entre os membros da família e com a equipe e gerir conflitos.?O papel do psicólogo neste
contexto?é auxiliar, muitas vezes, na compreensão?e elaboração das informações?repassadas,?assim como?propiciar?um
ambiente de?livre expressão emocional, utilizando as ferramentas fundamentais da Psicologia de?escuta?qualificada
e acolhimento. Este profissional pode também, conforme discussão e articulação com a equipe, identificar, avaliar e
proporcionar ações humanizadas para as demandas do paciente e/ou família, como visita extra/estendida, visita pastoral,
liberação de?alimentação de?conforto,?visita de animais de estimação,?entre outros. Vale salientar que?a?reunião?não?se
limita?a uma única abordagem,?podendo?ser realizada?quantas vezes necessárias durante o internamento do paciente.
Ressalta-se,?portanto, a importância do papel do psicólogo nestas reuniões com o objetivo de considerar e validar os
aspectos emocionais do paciente e seus familiares envolvidos no processo de adoecimento, internamento e tratamento,
assim como compartilhar e fomentar um trabalho interdisciplinar com a equipe assistencial destes casos.
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