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EIXO 7 Integralidade do Cuidado
RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DE ESCALAS FUNCIONAIS EM
IDOSOS NO ÂMBITO HOSPITALAR
Autores: SOFIA VON ECKHARDT BRUNOW BARBOSA | Flávia Dawidowicz Cania, Thiago Rogerio Padilha
Amarante, Regiane Mendes Tarocco Borsato, Fabiana De Lima Granza, Paulo Henrique Coltro. Instituição:
Hospital Municipal do Idoso Zilda Arns
PALAVRAS-CHAVE: Hospitalização, idoso, capacidade funcional
Caracterização do problema: Nos últimos anos, vêm crescendo o número de idosos internados, como em 2021 foram
2745, internados no Hospital Municipal do Idoso Zilda Arns. Justificativa: A população idosa está em crescimento e possuem
características específicas, onde quantificar e qualificá-los em sua funcionalidade é necessário para um atendimento
assertivo e de qualidade. Objetivo: Expor a importância de avaliações clínicas capazes de quantificar a capacidade funcional
da pessoa idosa hospitalizada. Descrição da experiência: Foi instituído em um hospital de referência em atendimento da
pessoa idosa, dentro das 24h iniciais, que todos os pacientes na Unidade de Internação (UI) e Centro de Terapia Intensiva
(CTI) passariam por uma avaliação e atendimento pela equipe de Fisioterapia. Dentre as escalas de avaliações utilizadas há o
Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional (IVCF-20) questionário que avalia os aspectos multidimensionais da condição do
idoso, quanto maior a pontuação, maior vulnerabilidade o idoso apresenta; Preensão Manual pelo dinamômetro que é uma
mensuração que prediz a força global e escaneia a possibilidade da sarcopenia juntamente com a Sarc-F e Circunferência de
Panturrilha um questionário sucinto; Escala Perme Intensive Care Unit Mobility Score que avalia função física em pacientes
críticos e também implantada para pacientes da UI que contemplam aspectos relevantes na avaliação fisioterapêuticas como
mobilidade e atividade de função corporal e Medical Research Council que avalia de 0-5 o grau de força dos principais grupos
musculares que se complementa com a Preensão Manual. Reflexão sobre a experiência: Através da avaliação inicial, o
idoso pode ser estratificado em seu risco funcional e relacionado multiprofissionalmente, gerando objetivos e condutas
individualizadas para cada caso. Tendo parâmetros para quantificar e qualificar é possível rastrear como esses idosos
internam e como saem do ambiente hospitalar, assim sempre demonstrando a importância da Fisioterapia na autonomia
e independência que resultam em qualidade de vida. Recomendações: Indicamos a utilização de escalas funcionais na
avaliação em pacientes idosos com o intuito de fornecer um atendimento focado na necessidade funcional de cada indivíduo.
ALIMENTAÇÃO DE IDOSOS HOSPITALIZADOS EM FIM DE VIDA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: ANDRESA SANTOS DA SILVA | Bruna Coladith Barboza, Larissa Teleginski Wardenski, Isabel de Lima
Zanata, Ana Lídia Emerick Rosa. Instituição: Fundação estatal de atenção a saúde de Curitiba- FEAS
PALAVRAS-CHAVE: alimentação; fim de vida; Fonoaudiologia
Introdução: A alimentação associa-se à família, à cultura, ao afeto e ao conforto além das necessidades fisiológicas e
nutricionais. Também pode ser influenciada por um conjunto de fatores psicossociais, econômicos e religiosos e passa por
mudanças no decorrer das fases da vida. Com isso, no fim de vida espera-se uma diminuição progressiva da capacidade de
ingesta alimentar por via oral sendo frequente a recusa. O reconhecimento dessa fase complexa pode ser emocionalmente
difícil para familiares e profissionais de saúde, porém, necessário para o planejamento do cuidado. A avaliação do risco
e benefício da terapia nutricional e a indicação de adaptações na dieta e da via alimentar são práticas clínicas diárias
que repercutem diretamente no conforto e qualidade de vida dos idosos hospitalizados. Objetivo: Apresentar um relato
de experiência sobre a atuação fonoaudiológica na alimentação de idosos hospitalizados em fim de vida. Descrição da
experiência: A atuação fonoaudiológica em cuidados paliativos é centrada no indivíduo e baseada nos desejos e necessidades
individuais do paciente e de seus familiares. Na decisão a respeito da via de alimentação é importante considerar os desejos
do paciente, quando este ainda é capaz de se comunicar, bem como, as percepções da família sobre a manutenção da
alimentação e a restrição no fim de vida. Durante a abordagem fonoaudiológica são analisadas as possibilidades de manter
a alimentação por via oral, sugerindo a consistência alimentar mais segura e potencialmente mais prazerosa, de acordo com
as preferências alimentares do paciente, caso ele tenha condições de manter esta via. Em casos onde a nutrição artificial
é utilizada, são necessários cuidados que evitem ou minimizem desconfortos e complicações clínicas. Reflexão sobre a
experiência e recomendações: Entende-se como um desafio a decisão de alimentar ou não o paciente no contexto hospitalar
em fim de vida, devido aos fatores agudos que levaram ao internamento, os aspectos emocionais dos envolvidos e a possível
dificuldade/incapacidade de comunicação do próprio paciente. É necessário compreender se o benefício da intervenção
está de acordo com os objetivos de vida e cuidado desejado pelo paciente e seus familiares. Nesse sentido, o fonoaudiólogo
pode contribuir ativamente no cuidado desses pacientes, gerenciando os riscos e promovendo uma alimentação segura e
prazerosa enquanto possível.
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