Page 233 - ANAIS_6congresso_8Mostra
P. 233

EIXO 7   Integralidade do Cuidado
                                                                                   RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE

                               A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DE ESCALAS FUNCIONAIS EM
                                            IDOSOS NO ÂMBITO HOSPITALAR

                   Autores:  SOFIA  VON  ECKHARDT  BRUNOW  BARBOSA  |  Flávia  Dawidowicz  Cania,  Thiago  Rogerio  Padilha
                   Amarante,  Regiane  Mendes  Tarocco  Borsato,  Fabiana  De  Lima  Granza,  Paulo  Henrique  Coltro. Instituição:
                   Hospital Municipal do Idoso Zilda Arns
                PALAVRAS-CHAVE: Hospitalização, idoso, capacidade funcional
                Caracterização do problema: Nos últimos anos, vêm crescendo o número de idosos internados, como em 2021 foram
                2745, internados no Hospital Municipal do Idoso Zilda Arns. Justificativa: A população idosa está em crescimento e possuem
                características  específicas,  onde  quantificar  e  qualificá-los  em  sua  funcionalidade  é  necessário  para  um  atendimento
                assertivo e de qualidade. Objetivo: Expor a importância de avaliações clínicas capazes de quantificar a capacidade funcional
                da pessoa idosa hospitalizada. Descrição da experiência: Foi instituído em um hospital de referência em atendimento da
                pessoa idosa, dentro das 24h iniciais, que todos os pacientes na Unidade de Internação (UI) e Centro de Terapia Intensiva
                (CTI) passariam por uma avaliação e atendimento pela equipe de Fisioterapia. Dentre as escalas de avaliações utilizadas há o
                Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional (IVCF-20) questionário que avalia os aspectos multidimensionais da condição do
                idoso, quanto maior a pontuação, maior vulnerabilidade o idoso apresenta; Preensão Manual pelo dinamômetro que é uma
                mensuração que prediz a força global e escaneia a possibilidade da sarcopenia juntamente com a Sarc-F e Circunferência de
                Panturrilha um questionário sucinto; Escala Perme Intensive Care Unit Mobility Score que avalia função física em pacientes
                críticos e também implantada para pacientes da UI que contemplam aspectos relevantes na avaliação fisioterapêuticas como
                mobilidade e atividade de função corporal e Medical Research Council que avalia de 0-5 o grau de força dos principais grupos
                musculares que se complementa com a Preensão Manual. Reflexão sobre a experiência: Através da avaliação inicial, o
                idoso  pode  ser  estratificado  em  seu  risco  funcional  e  relacionado  multiprofissionalmente,  gerando  objetivos  e  condutas
                individualizadas  para  cada  caso.  Tendo  parâmetros  para  quantificar  e  qualificar  é  possível  rastrear  como  esses  idosos
                internam e como saem do ambiente hospitalar, assim sempre demonstrando a importância da Fisioterapia na autonomia
                e independência que resultam em qualidade de vida.  Recomendações:  Indicamos  a  utilização  de  escalas  funcionais  na
                avaliação em pacientes idosos com o intuito de fornecer um atendimento focado na necessidade funcional de cada indivíduo.



                  ALIMENTAÇÃO DE IDOSOS HOSPITALIZADOS EM FIM DE VIDA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
                   Autores: ANDRESA SANTOS DA SILVA | Bruna Coladith Barboza, Larissa Teleginski Wardenski, Isabel de Lima
                   Zanata, Ana Lídia Emerick Rosa. Instituição: Fundação estatal de atenção a saúde de Curitiba- FEAS
                PALAVRAS-CHAVE: alimentação; fim de vida; Fonoaudiologia
                Introdução:  A  alimentação  associa-se  à  família,  à  cultura,  ao  afeto  e  ao  conforto  além  das  necessidades  fisiológicas  e
                nutricionais. Também pode ser influenciada por um conjunto de fatores psicossociais, econômicos e religiosos e passa por
                mudanças no decorrer das fases da vida. Com isso, no fim de vida espera-se uma diminuição progressiva da capacidade de
                ingesta alimentar por via oral sendo frequente a recusa. O reconhecimento dessa fase complexa pode ser emocionalmente
                difícil para familiares e profissionais de saúde, porém, necessário para o planejamento do cuidado. A avaliação do risco
                e  benefício  da  terapia  nutricional  e  a  indicação  de  adaptações  na  dieta  e  da  via  alimentar  são  práticas  clínicas  diárias
                que repercutem diretamente no conforto e qualidade de vida dos idosos hospitalizados. Objetivo: Apresentar um relato
                de  experiência  sobre  a  atuação  fonoaudiológica  na  alimentação  de  idosos  hospitalizados  em  fim  de  vida.  Descrição da
                experiência: A atuação fonoaudiológica em cuidados paliativos é centrada no indivíduo e baseada nos desejos e necessidades
                individuais do paciente e de seus familiares. Na decisão a respeito da via de alimentação é importante considerar os desejos
                do paciente, quando este ainda é capaz de se comunicar, bem como, as percepções da família sobre a manutenção da
                alimentação e a restrição no fim de vida. Durante a abordagem fonoaudiológica são analisadas as possibilidades de manter
                a alimentação por via oral, sugerindo a consistência alimentar mais segura e potencialmente mais prazerosa, de acordo com
                as preferências alimentares do paciente, caso ele tenha condições de manter esta via. Em casos onde a nutrição artificial
                é utilizada, são necessários cuidados que evitem ou minimizem desconfortos e complicações clínicas. Reflexão sobre a
                experiência e recomendações: Entende-se como um desafio a decisão de alimentar ou não o paciente no contexto hospitalar
                em fim de vida, devido aos fatores agudos que levaram ao internamento, os aspectos emocionais dos envolvidos e a possível
                dificuldade/incapacidade  de  comunicação  do  próprio  paciente.  É  necessário  compreender  se  o  benefício  da  intervenção
                está de acordo com os objetivos de vida e cuidado desejado pelo paciente e seus familiares. Nesse sentido, o fonoaudiólogo
                pode contribuir ativamente no cuidado desses pacientes, gerenciando os riscos e promovendo uma alimentação segura e
                prazerosa enquanto possível.




                                                           233
   228   229   230   231   232   233   234   235   236   237   238