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EIXO 7   Integralidade do Cuidado
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                    EFEITOS AGUDOS DA FISIOTERAPIA AQUATICA EM UMA GESTANTE DE ALTO RISCO:
                                                    RELATO DE CASO

                    Autores:  ISABELA  DA  SILVA  LEBRÃO  |  Ana  Paula  Jung  Ramos,  Caroline  Andrade  Déa,  Ligia  Maria  Facci.
                    Instituição: Universidade Estadual de Londrina

                 PALAVRAS-CHAVE: Fisioterapia aquática; Gestante; Miastenia congênita
                 Introdução: A Miastenia Congênita, doença causada pela mutação de genes responsáveis pela codificação das proteínas
                 essenciais para a manutenção da integridade da transmissão neuromuscular, é uma condição rara e crônica, onde os
                 pacientes apresentam fadiga da musculatura estriada esquelética, especialmente da musculatura extrínseca ocular, dos
                 músculos da deglutição, fonação e respiratórios. Objetivo: Verificar os efeitos agudos de uma sessão de fisioterapia
                 aquática em uma gestante com Miastenia Congênita. Metodologia: Trata-se de um relato de caso de uma gestante
                 de 27 anos, primigesta, na 28ª semana de gestação com diagnóstico de Miastenia Congênita desde a infância. Após a
                 descoberta da gestação foi necessária a interrupção das medicações nos primeiros quatro meses, a fim de viabilizar
                 a vitalidade fetal, havendo recidiva dos sintomas da doença, com importante comprometimento muscular. Ao exame
                 físico em solo apresentou déficit na funcionalidade de membros superiores, inferiores e de controle cervical devido à
                 fraqueza muscular global. As medidas de frequência cardíaca (FC) e saturação (SpO2) foram coletadas em ambiente
                 aquático com 5 minutos de repouso, assim como as medidas da escala de Borg para fadiga e dispnéia, sendo as variáveis
                 comparadas  antes  e  depois  de  uma  sessão  de  atendimento  de  45  minutos.  O  atendimento  de  fisioterapia  aquática
                 contemplou exercícios de aquecimento, mobilidade global e resfriamento. Resultados: A fisioterapia aquática promoveu
                 redução da FC (inicial: 88 bpm e final 78 bpm) e redução da saturação (inicial: 99% e final 97%). Ao exame físico a paciente
                 apresentava ao repouso fadiga 7 e dispneia 6, de acordo com a escala de Borg, já com os exercícios aquáticos passou a
                 apresentar, durante os exercícios de aquecimento fadiga entre 5-8 e dispneia 3 e com os exercícios de fortalecimento
                 entre 7-8 e dispnéia entre 3-5. Conclusão: A sessão de fisioterapia aquática promoveu redução da FC e redução da fadiga
                 comparada ao repouso. A realização de exercícios aquáticos pode ser uma potencial estratégia não farmacológica para
                 a continuidade dos exercícios pela redução dos efeitos da gravidade, favorecendo a funcionalidade em gestantes com
                 Miastenia Congênita.






                   EXPERIÊNCIA DA UTILIZAÇÃO DA SALA INTERDISCIPLINAR PARA REABILITAR O IDOSO
                                   INTERNADO EM UM CENTRO DE TERAPIA INTENSIVA

                    Autores: MARIANA ALVES DVULHATKA | Regiane Mendes Tarocco Borsato, Rosane Kraus, Clovis Cechinel.
                    Instituição: Hospital Municipal do Idoso Zilda Arns

                 PALAVRAS-CHAVE: idoso; hospitalização; reabilitação
                 Caracterização do problema:  Durante  o  processo  de  hospitalização  em  uma  Unidade  de  Terapia  Intensiva  (UTI),  a
                 pessoa idosa depara-se com diversas situações, desde de questões relacionadas ao motivo do internamento, fatores
                 biopsicosociais e o próprio ambiente intensivo, os quais podem acarretar fatores emocionais e de isolamentos mais
                 intensos. Dessa forma, a ideia da utilização da sala interdisciplinar propicia ao paciente idoso a possibilidade de vivenciar
                 a reabilitação fora do ambiente de UTI. Justificativa: O ambiente de terapia intensiva muitas vezes é hostil, sendo pouco
                 motivador a reabilitação, principalmente em internamentos prolongados, desta forma, a mudança de ambiente pode
                 propiciar uma experiência diferenciada ao paciente idoso hospitalizado. Objetivo: Promover a experiência da utilização
                 da  sala  interdisciplinar  associando  materiais  diferenciados  e  uma  abordagem  focada  em  uma  reabilitação  lúdica,
                 humanizada e assertiva para a pessoa idosa.  Descrição da experiência: Inicialmente foi realizado o deslocamento
                 de alguns pacientes idosos internados em unidade de terapia intensiva de um hospital da rede pública Municipal de
                 Curitiba, até a sala interdisciplinar. Foi proposto um atendimento realizado em conjunto pela Equipe Multiprofissional,
                 envolvendo a Fisioterapia, a Terapia Ocupacional e a Psicologia. Nesta abordagem permitiu-se ao paciente vivenciar
                 fora do ambiente intensivo, múltiplos estímulos, sejam eles motores, funcionais e até mesmo psicosociais, todos eles
                 buscando uma maneira integrativa e interdisciplinar, propiciando ao paciente um atendimento mais lúdico, focado
                 em suas necessidades e que promove a reabilitação em um ambiente diferenciado. Reflexão sobre a experiência: A
                 utilização da sala interdisciplinar trouxe a assistência ao paciente idoso fora do contexto do ambiente de UTI, promovendo
                 uma reabilitação mais humanizada, lúdica e maior receptividade do paciente mediante as intervenções realizadas.






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