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EIXO 7 Integralidade do Cuidado
RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
TELESSAÚDE DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: ISABELA CRISTINA SANTOS FREIRE DE PAULA | Gabriela Caetano Lopes Martins, Francisco Boçon
Junior, Bárbara Vieira Sardi, Rafael Gomes Ditterich, William Augusto Gomes de Oliveira Bellani. Instituição:
Universidade Federal do Paraná
PALAVRAS-CHAVE: Telessaúde; Relações Comunidade-Instituição; Educação em Saúde; Infecções por Coronavírus
A pandemia da Covid-19 trouxe ao mundo a necessidade de uma nova visão em saúde. Considerando as vias de
contaminação, o isolamento social se tornou uma das maiores medidas para reduzir as taxas de infecção pelo vírus,
reduzindo por consequência a procura por atendimento médico presencial e evitando a sobrecarga do sistema de saúde.
Com isso, houve o crescimento exponencial de serviços com foco na telessaúde. O objetivo do trabalho foi relatar a
experiência de quatro acadêmicos da área da saúde no Call Center implementado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS)
do município de Curitiba, por meio de ação extensionista desenvolvida com o atendimento de ligações telefônicas. Durante
o segundo semestre de 2020 foram realizadas 264 horas de atendimento no Call Center com mais de 990 teleatendimentos
pelos acadêmicos. O serviço ocorria dividido em dois setores: atendimento e monitoramento. No atendimento era realizado
o primeiro contato com o usuário para orientações, resoluções de dúvidas e atendimento inicial dos casos suspeitos e
confirmados. Esses casos eram incluídos no sistema de monitoramento da SMS e acompanhados por 14 dias desde o início
dos sintomas, sendo classificados de acordo com a sintomatologia do paciente numa escala de leve, moderado e grave. Para
as classificações moderadas e graves era solicitado o atendimento de um médico responsável pelo setor de teleatendimento.
Já o monitoramento era realizado com o acompanhamento dos casos checando a evolução dos sintomas ao longo dos dias.
Além dos profissionais de saúde responsáveis pela organização e manutenção do fluxo dos atendimentos, havia médicos
disponíveis para orientação aos estudantes, que eram de diversas instituições e graduações da saúde. Os acadêmicos
puderam acompanhar a pandemia, seus avanços, suas consequências na sociedade, o papel da SMS e do Sistema Único de
Saúde em tempo real. O telessaúde foi uma ferramenta essencial durante o cenário pandêmico, a oportunidade de participar
desta atividade de extensão foi essencial para o desenvolvimento de habilidades em atendimento remoto humanizado e no
aprendizado dinâmico sobre a Covid-19.
PROMOVENDO O CUIDADO INTEGRALIZADO: ATUAÇÃO DE EQUIPE
INTERDISCIPLINAR NA ALTA HOSPITALAR
Autores: ANA CAROLINA KOTINDA BENNEMANN | Renan Gabriel Requena, Ana Paula Winyk, Alyne Kopchak
Arcoverde, Giovanna Casagrande Jota. Instituição: Hospital do Câncer de Londrina
PALAVRAS-CHAVE: Alta hospitalar; Cuidados Paliativos; Equipe multidisciplinar
Caracterização do problema: Transições entre os serviços de saúde (por exemplo hospital-domicílio) são períodos
potencialmente vulneráveis no cuidado integralizado aos pacientes. A necessidade de sequenciamento no cuidado,
aperfeiçoando esta transição, se torna imperativa para o adequado cuidado aos pacientes e seus familiares. Por ocasião
da alta hospitalar, a equipe interdisciplinar desempenha fundamental papel na instrumentalização do paciente e família,
pois condições podem ter se alterado durante a estadia hospitalar, como medicações, estomas, nutrição, dispositivos,
condições psicológicas e sociais, entre outros. Justificativa: Na intenção de mitigar as possíveis dificuldades na transição
de cuidados hospital-domicílio, aumentar a adesão ao tratamento, diminuir retornos precoces ao hospital dentre outros
benefícios, a atuação da equipe interdisciplinar na alta hospitalar é primordial para o sucesso da continuidade de cuidados.
Objetivos: Relatar a experiência realizada por uma equipe interdisciplinar de cuidados paliativos em hospital oncológico
de referência no norte do Paraná no momento da alta hospitalar. Descrição da experiência: Farmacêutico, psicólogo,
enfermeiro e médico participam diretamente das orientações de alta hospitalar, com apoio indireto do fisioterapeuta,
nutricionista e assistente social. Além das orientações beira-leito ao paciente e família, são entregues um resumo de alta
com as informações mais relevantes para a continuidade do cuidado e uma planilha de medicações. As datas de retorno
em ambulatório ficam agendadas e caso o paciente se enquadre nos critérios de elegibilidade, pode ser direcionado ao
programa de acompanhamento domiciliar da equipe. Uma cartilha de alta está em fase final de elaboração e validação, para
corroborar as informações recebidas. Reflexões e recomendações: Notamos um aumento do engajamento do paciente e
familiar em seu tratamento, permitindo a retirada de dúvidas acerca das medicações, instrumentalização sobre dispositivos
utilizados, melhor adesão aos cuidados. Além do mensurável, notamos que este momento é também mais uma maneira de
exprimir a filosofia dos cuidados paliativos, validando os anseios e a dor total, e oferecendo todo o suporte para o alívio do
sofrimento. Um programa de suporte à alta hospitalar é altamente recomendado, principalmente em unidades de cuidados
paliativos, nas quais encontramos maiores vulnerabilidades.
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