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EIXO 7   Integralidade do Cuidado
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                          A IMPORTÂNCIA DE UM AMBIENTE PARA MANEJO DA DOR E DELIRIUM
                                  NO INTERNAMENTO HOSPITALAR DO PACIENTE IDOSO

                   Autores: FLAVIA DAWIDOWICZ CANIA | Sofia Von Eckhardt Brunow Barbosa, Fabiana De Lima Granza, Thiago
                   Rogerio Padilha Amarante, Paulo Henrique Coltro. Instituição: Hospital Municipal do Idoso Zilda Arns

                PALAVRAS-CHAVE: Idoso, dor, delirium, realidade virtual
                Caracterização do problema: No idoso hospitalizado a dor é um sintoma comum, e se não tratada pode ocasionar Delirium,
                sendo essa, uma alteração do nível de consciência aguda prevenível que tem impactos negativos na internação do paciente.
                Justificativa:  Idosos  hospitalizados  geralmente  estão  expostos  a  resultados  danosos  frente  a  internação,  impactando
                diretamente no seu tempo de internamento e seus desfechos. Objetivo: Expor a importância de um local com diferentes
                estímulos ambientais para atendimento multidisciplinar em um Hospital de referência em Saúde do Idoso. Descrição da
                experiência: O Hospital Municipal do Idoso Zilda Arns em suas dependências possui a Sala Interdisciplinar (SI), reativada em
                2021, e tem como propósito um atendimento multidisciplinar, humanizado e alinhado com os princípios do SUS. A SI é um
                espaço propício para a atuação multidisciplinar e entra como importante estratégia para manejo da dor e do Delirium onde
                geralmente estão associadas repercutindo significativamente na funcionalidade dos idosos. À disposição dos profissionais,
                a  SI  disponibiliza  a  realidade  virtual  (RV),  método  comprovado  de  controle  de  dor  e  ansiedade.  M.D.L,  85  anos,  realizou
                intervenções Fisioterapêuticas na SI com foco em recuperação da capacidade funcional (CF) e capacidade cardiorrespiratória.
                Após procedimento cirúrgico, a SI foi utilizada para manejo do Delirium, e em seguida essa paciente apresentou discurso mais
                coerente, mostrando-se lúcida e orientada. E.D, 65 anos, com diagnóstico de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) foi atendida
                na SI, realizando a RV para manejo da dor. Inicialmente apresentava Escala Visual Analógica (EVA) 6 em membros inferiores.
                Foi associado a RV ao cicloergômetro como dupla tarefa para ser estímulo ambiental para favorecer a depleção do stress e
                da dor além de favorecer a melhora do humor da paciente, ao final do atendimento a paciente relatava EVA 2, tendo assim,
                uma diminuição de 4 pontos na escala. Reflexão sobre a experiência: Como citado, as duas intervenções demonstraram
                benefícios aos pacientes em manejo do Delirium e da dor, porém, é de suma importância que fique claro que não foram
                os únicos atendimentos realizados na SI e com a RV, constantemente a sala está em uso por toda equipe multidisciplinar.
                Recomendações: A criação e manutenção de um espaço multidisciplinar focado no atendimento ao paciente tem resultados
                positivos na internação e desfechos favoráveis nos idosos.




                 A IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA HOSPITALAR NA MANUTENÇÃO DA FUNCIONALIDADE,
                                               FUNÇÃO COGNITIVA E FÍSICA
                   Autores: SOFIA VON ECKHARDT BRUNOW BARBOSA | Flávia Dawidowicz Cania, Thiago Rogerio Padilha Amarante,
                   Fabiana De Lima Granza, Paulo Henrique Coltro. Instituição: Hospital Municipal do Idoso Zilda Arns
                PALAVRAS-CHAVE: Fisioterapia, hospitalização, idoso, CIF
                Caracterização do problema: A internação acarreta em resultados negativos em idosos devido às intervenções dispostas no
                âmbito hospitalar e Iatrogenia associada, que provoca um declínio funcional, cognitivo e físico, impactando diretamente na
                autonomia e independência do indivíduo. Justificativa: No ano de 2019, idosos na faixa etária de 60-69 anos representaram 1,4
                milhões de internamentos no Sistema Único de Saúde (SUS), enquanto idosos acima de 80 anos 750 mil internações. Objetivo:
                Expor  a  importância  de  uma  equipe  Fisioterapêutica  no  ambiente  hospitalar.  Descrição da experiência:  A  Classificação
                Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) traz em sua linguagem o termo “Funcionalidade” que é uma nova
                forma de visão e abordagem do paciente, sendo ele um indivíduo multifacetário e não é definido somente pelo seu estado
                de saúde, quebrando o paradigma do modelo biomédico pré existente. Os domínios de Atividade (ATV) e Participação Social
                (PS) são os mais relevantes e de direto impacto através da nossa abordagem e atendimento. Reflexão sobre a experiência:
                Como descrito, o idoso hospitalizado apresenta inúmeros fatores de riscos para o declínio funcional. Utilizando de técnicas
                e exercícios descritos na literatura a FIsioterapia promove a reabilitação do controle de tronco que impacta diretamente no
                ortostatismo, treino de marcha, restauração do equilíbrio estático e dinâmico, unipodal e bipodal, para prevenção de quedas
                e fraturas, treinamento cardiovascular, fortalecimento e melhora da resistência, recuperação da função respiratória e higiene
                brônquica, além de treinos cognitivos incluindo raciocínio e memória. Dessa forma, promovendo a reabilitação e manutenção
                da capacidade funcional e retorno para as ATV e PS do paciente hospitalizado, reduz o tempo de hospitalização e de custos
                para  o  sistema.  Recomendações:  Diante  do  exposto,  o  atendimento  fisioterapêutico  impacta  diretamente  na  qualidade
                de vida do paciente idoso internado, sendo de imensa valia o plano individualizado como forma assertiva de Fisioterapia,
                portanto, é recomendável que ambientes de saúde tenham a seu dispor uma equipe de Fisioterapeutas para agregar no
                atendimento hospitalar.



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