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EIXO 7 Integralidade do Cuidado
RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
ATENDIMENTO DOMICILIAR DE PACIENTES EM RECUPERAÇÃO DA COVID 19
Autores: GABRIELA KAUANA DA SILVA | Instituição: Prefeitura Municipal De Foz Do Iguaçu
PALAVRAS-CHAVE: Atenção Primária à Saúde; Covid-19, Atendimento Domiciliar
Reflexão sobre a experiência: com o início da pandemia de Covid 19, houve um drástico aumento nos casos de internação
em Unidade de Terapia Intensiva, onde os pacientes por vezes saíram com um grau de comprometimento devido aos
inúmeros dias de internamento, com isso as equipes de Estratégia Saúde da Família precisaram se reorganizar para o
atendimento domiciliar desses pacientes. Justificativa: houve um aumento na demanda de pacientes acamados devido às
internações por Covid 19, demandando mais das equipes de saúde. Objetivo: relatar as percepções sobre o atendimento
domiciliar de acamados pós Covid 19 no ano de 2020 e 2021 na cidade de Foz do Iguaçu, PR. Descrição sobre a experiência:
os pacientes pós Covid ao receberem alta do hospital eram encaminhados para sua Unidade de Saúde dando continuidade
do tratamento, na maioria das vezes esses pacientes encontravam-se acamados com lesões por pressão em uso de sonda
nasoenteral e de sonda vesical de demora. Reflexão sobre a experiência: Durante esses dois anos cerca de 30 pacientes
pós Covid 19, que passaram longo período em UTI apresentaram alta demanda de cuidados da equipe de saúde, os cuidados
com os dispositivos como sondas se mostravam uma grande preocupação da família, a qual era ensinada sobre manuseio
e cuidados com os mesmos, as lesões por pressão eram em sua maioria de grau 3, suas avaliações eram feitas a cada 15
dias, e com as orientações sobre seu manejo cicatrizavam sem a presença de infecções. Os profissionais de nutrição e
fisioterapia também foram acionados para o suporte nutricional e exercícios de fortalecimento para recuperação da força
motora. A equipe sempre foi recebida com apreço pelos familiares e pelo paciente, que ao final dos atendimentos relataram
que o atendimento domiciliar foi parte significativa na recuperação do paciente. Recomendações: As visitas domiciliares
propiciadas são essenciais para promover o cuidado de doentes e sua reabilitação, além de propiciar cuidados básicos de
saúde, auxiliam na formação de vínculo entre paciente e serviço, mesmo em momentos sem pandemia.
ATUAÇÃO MULTIPROFISSIONAL NA DESOSPITALIZAÇÃO DE PACIENTES NO MUNICÍPIO
DE CURITIBA
Autores: TALITA FERREIRA TURATTI DO CARVALHAL | Larissa Boaventura. Instituição: Fundação Estatal de
Atenção em Saúde de Curitiba
PALAVRAS-CHAVE: Serviços de Assistência Domiciliar; Alta Hospitalar; Assistência Multiprofissional
A desospitalização é um processo que consiste na retirada do paciente do ambiente hospitalar para prosseguir com um
tratamento domiciliar. Essa modalidade de assistência é pautada no princípio da integralidade do SUS, que visa garantir
que as transições do cuidado sejam seguras, coordenadas, eficazes e efetivas. A desospitalização é para aqueles que
ainda precisam de cuidados especiais, feitos com segurança, eficácia, efetividade e custo efetividade¹ e que apresentem
estabilidade clínica suficiente para ser assistido em ambiente domiciliar. A assistência domiciliar multiprofissional envolve
ações de promoção da saúde, prevenção, tratamento, reabilitação e paliação em domicílio². No Brasil, o programa Melhor
em Casa está em 732 municípios brasileiros, com mais de 1,6 mil equipes multiprofissionais ativas e já alcançou mais de
28,9 milhões de procedimentos¹. Em Curitiba, o Serviço de Atenção Domiciliar está em funcionamento há mais de 10 anos
e tem tido grande êxito na desospitalização de pacientes e no atendimento multiprofissional proporcionado a eles. Diante
disso, se faz importante descrever essa experiência exitosa para replicação em outros municípios e para melhoria constante.
Atualmente, 119 profissionais atuam no setor, entre eles: médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, fisioterapeutas,
fonoaudiólogas, farmacêuticos, nutricionista, psicólogas, assistente social e terapeuta ocupacional. A frequência de visitas
é definida de acordo com as necessidades clínicas de cada caso. Os procedimentos mais realizados em domicílio são
administração de medicamentos, cuidados com dispositivos, curativos, desmame de oxigênio e reabilitação. A taxa de
desospitalização é de 80% e os benefícios gerados pela desospitalização são inúmeros, como por exemplo, a redução do
risco de infecção hospitalar, a melhora da qualidade de vida do paciente e uma economia importante para o SUS. Dados
mostram uma redução de até 75% no custo com relação ao paciente que ocupa um leito hospitalar¹. A desospitalização
também é apontada como dispositivo que privilegia a humanização nas práticas do cuidado e a participação da família3.
Cada família deve ser vista como elemento fundamental no processo de gestão do cuidado, contribuindo para a adesão ao
tratamento e seguindo as orientações da equipe. O esforço contínuo dos profissionais e gestores envolvidos em qualificar
cada vez mais o cuidado garante aos envolvidos uma assistência à saúde integral e singular4 em todos os ambientes.
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