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EIXO 7   Integralidade do Cuidado
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                 PROVA TUBERCULÍNICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA PARA
                   CURITIBA E MUNICÍPIOS DA REGIÃO METROPOLITANA APÓS A REDUÇÃO DOS CASOS
                                                        COVID-19
                   Autores: TÁRCIO GUILHERME ERN | Instituição: Prefeitura Municipal de Curitiba

                PALAVRAS-CHAVE: Prova Tuberculínica; Tuberculose latente; Enfermagem
                A  prova  tuberculínica  é  considerada  o  principal  exame  para  diagnóstico  da  infecção  latente  de  tuberculose.  Em  virtude  da
                pandemia de COVID-19, por alguns meses o serviço de saúde de referência para alguns distritos sanitários de saúde de Curitiba
                e diversos municípios da região metropolitana, interrompeu a realização da prova tuberculínica. Em agosto de 2021, opta-se
                por reiniciar o exame semanalmente. Este trabalho visa realizar uma breve análise da demanda para a prova tuberculínica após
                redução da pandemia COVID-19. Como método, foi realizado levantamento histórico entre agosto de 2021 e maio de 2022 de
                todos atendimentos e respectivo resultado das leituras da prova tuberculínica. Como resultado, alcançamos 477 atendimentos
                e dividimos em grupos. Cerca de 190 pacientes estão configurados como contatos de tuberculose pulmonar, representando
                cerca de 40% dos testados. Ainda nestes contexto, 49% apresentaram resultado reator (93 pacientes). Os pacientes soropositivos
                totalizaram  aproximadamente  8%  da  demanda,  sendo  que  o  resultado  reator  configurou-se  em  15%  destas  testagens.  Os
                pacientes que realizaram o exame de forma complementar no apoio diagnóstico de tuberculose extrapulmonar ou investigação
                de  tuberculose  em  crianças,  representou  cerca  de  13%  dos  atendimentos,  porém  com  resultado  reator  significativo  de
                aproximadamente 33% (20 pacientes). Quando analisamos os pacientes com indicativo de imunossupressão, observamos que
                tivemos uma demanda de 183 pacientes, representando aproximadamente 38% dos atendimentos, destes 48 pacientes com
                resultado reator. O grupo de pacientes com viagem para estudo representou 4 pacientes, sendo 1 paciente reator – profissional
                de saúde. Podemos afirmar que a prova tuberculínica possui um papel relevante na identificação latente da tuberculose. A
                identificação precoce permite aos pacientes, tratamento adequado e de maior facilidade, se comparado com o tratamento da
                tuberculose pulmonar ou extrapulmonar, apoio eficaz na elucidação de casos mais complexos de tuberculose, permite ainda
                adequação aos protocolos de medicamentos especiais, impactando na melhoria da qualidade de vida para aqueles pacientes que
                dependem de imunossupressores para controlar as doenças autoimunes. E podemos ainda afirmar que a prova tuberculínica
                permite cumprir protocolos sanitários de outros países para aquelas pessoas que visam aprimorar seus estudos em outros
                países.




                           GRUPO VIRTUAL DE APOIO AO ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO

                   Autores: FLAVIA GUILHERME GONÇALVES ZIEGLER | Cristiane Móvio. Instituição: Autarquia Municipal de Saúde
                   Londrina
                PALAVRAS-CHAVE: Aleitamento materno; integralidade do cuidado; redes sociais
                Caracterização do problema:  Um  dos  maiores  desafios  encontrados  no  puerpério  éo  aleitamento  materno  exclusivo,  ora
                por questões fisiológicas e anatômicas, como tempo para a apojadura, mamas ingurgitadas, pega correta do bebê, ora outras
                condições, diretamente relacionadas as mamas como fissuras, dor, mastite entre outros. Em meio à tantas dúvidas, foi criado
                em 2015, um grupo virtual que funciona como rede de apoio de puérperas utilizando a rede social (WhatsApp) para aproximar
                mães na maioria das vezes ”desconhecidas” entre si, mas que por partilhar do mesmo cenário, se apoiam para enfrentar os
                medos, desafios e dificuldades relacionados ao aleitamento materno. justificativa: Expor a potância da produção do cuidado
                de um grupo de WhatsApp com 187 puérperas com bebês entre 0 a 6 meses que colaboram para enfrentar os medos, desafios
                e dificuldades para o aleitamento materno. objetivos: Demonstrar como a aproximação entre pessoas, ainda que virtualmente,
                pode ser um potente caminho para o cuidado em saúde. Descrição da experiência: Desde setembro de 2015 a consultora
                e especialista em aleitamento materno Cristiane Móvio, adiciona suas pacientes em um grupo de WhatsApp, pois percebeu
                que, ainda que execute à avaliação e aplique suas técnicas para o bem estar do binômio mãe-bebê, ao aproximar as mães que
                enfrentam desafios do aleitamento materno, principalmente nas fases iniciais, podem se beneficiar grandemente com o apoio
                das outras mães que passam ou passaram por situações semelhantes como: dor, fissuras, úlceras, candidíase, o não ganho de
                peso do bebê e, assim, não desistir do aleitamento materno exclusivo, o qual é preconizado que seja realizado até o sexto mês
                de vida (180 dias). Reflexão sobre a experiência: O senso de grupalidade e incentivo encontrados nessa iniciativa extrapolam
                o apoio “contratado” da consultoria, pois as mães se reconhecem em suas dificuldades, ouvem e confiam no processo e na luta
                vivenciado por outras mães, se sentindo encorajadas e apoiadas para enfrentar os desafios inerentes à esse período, os quais
                são evidenciados nas conversas de WhatsApp produzidas diariamente. Recomendações: A aproximação de lactantes, ainda que
                virtualmente, é um potente aliado para que o aleitamento materno exclusivo ocorra, uma vez que participar de grupos como esse
                cria um sentimento de pertencimento, de luta e empoderamento para que à amamentação ocorra ainda que com dificuldades.
                Recomedamos que profissionais capacitados criem espaços como esse.




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