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EIXO 7 Integralidade do Cuidado
RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
O ACOLHIMENTO DOS USUÁRIOS DE SAÚDE MENTAL NA UNIDADE
DE PRONTO ATENDIMENTO
Autores: ANA CAROLINE DIAS | Instituição: Prefeitura Municipal De Colombo
PALAVRAS-CHAVE: Saúde Mental; Unidade De Pronto Atendimento; Caps
Em síntese, este relato de experiência discorre sobre a atuação do profissional de saúde mental do Centro de Atenção
Psicossocial (CAPS II) na UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO (UPA), desde 2020 até o presente momento. O objetivo do
profissional de saúde mental na UPA é acolher o usuário em sofrimento emocional, sendo crianças, adolescentes, adultos
e idosos e proporcionar atendimento humanizado e inclui-lo na Rede de Atenção a Saúde do município. São acolhidos os
usuários em diversos contextos de sofrimento sendo por: tentativa de suicídio, crises psicóticas, e dependentes químicos.
O trabalho é multidisciplinar e envolve os técnicos de enfermagem, médicos plantonistas, enfermeiros, assistente social,
e terapeuta ocupacional (referência de saúde mental). Os usuários recebem muitas vezes seu primeiro atendimento em
saúde mental na UPA, muitas ainda não realizam nenhum tipo de acompanhamento e não dão continuidade ao tratamento,
mesmo sendo encaminhados aos serviços de referência de saúde mental. Nota-se que o acolhimento inicial, modica a forma
de cuidado e torna mais efetivo os encaminhamentos dentro da rede, os profissionais atuam de forma compartilhada e a
referência técnica em saúde mental na UPA, proporciona efetividade nos encaminhamentos. São coletados dados como
data de entrada, motivo do internamento, sintomas, e encaminhamentos a serem realizados. O profissional de saúde
mental, nesse caso, o terapeuta ocupacional, realiza articulações com rede, identifica se o usuário está inserido na Rede
de Atenção Psicossocial (RAPS), na Atenção Primária e Ambulatorial, ou se o mesmo realiza tratamentos na rede privada. O
primeiro contato com o usuário é com a intenção de acolher seu sofrimento emocional, e após realizar os encaminhamentos
necessários. Nota-se que após a inclusão da referência de Saúde Mental na UPA, foi possível observar a mudança na qualidade
dos atendimentos prestados, o cuidado humanizado que auxilia na amenização do sofrimento psíquico e possibilita realizar
os encaminhamentos adequados dentro da Rede de Atenção à Saúde.
A ABORDAGEM DA PSICOLOGIA NA ATENÇÃO DOMICILIAR COM CUIDADORES DE
PACIENTES ACAMADOS DEVIDO A AGRAVOS DE SAÚDE - UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: MIRIANE ELISABETH DE SOUZA PEREIRA | Geysa Machado Cascardo. Instituição: Fundação Estatal
de Atenção a Saúde (FEAS)
PALAVRAS-CHAVE: visita domiciliar, cuidadores, assistência domiciliar.
Caracterização do problema: Um serviço de atendimento domiciliar atua no atendimento de pacientes que passaram a
condição de acamados, com sequelas graves permanentes a partir de adoecimento. Justificativa: Durante a pandemia do
Covid-19 houve aumento no número de solicitações de visitas domiciliares para abordagem psicológica de cuidadores desses
pacientes. Que na maioria das vezes, são familiares que passaram a realizar essa função devido a diversos fatores, nos quais
se destacam: dificuldades financeiras para contratar cuidadores profissionais, desejo de realizar os cuidados como forma
de retribuição ao paciente e/ou sentimento de culpa. Objetivo: Este relato de experiência tem como objetivo expor algumas
características específicas da abordagem psicológica realizada para estes cuidadores identificadas nas visitas domiciliares.
Descrição da experiência: Essa abordagem foi realizada em visitas domiciliares. Teve como objetivo propiciar um espaço de
acolhimento e compartilhamento do sofrimento e desamparo diante da perda de funcionalidade do paciente, assim como
favorecer a construção de um processo de assimilação de tal realidade. Reflexão: Por meio da prática dos atendimentos
realizados foi possível perceber que os cuidadores apresentam diversos efeitos psicológicos diante do enfrentamento da
nova realidade vivenciada por eles e pelos pacientes, conforme sua singularidade e recursos psíquicos disponíveis. Também
foi possível observar que a impossibilidade de contato ou a diminuição de rede de apoio, impactou em maior sobrecarga
nos cuidados. Em alguns casos, foi necessário fortalecer redes de apoio fragilizadas, mesmo que de maneira online ou via
telefone. Muitas vezes, as equipes de saúde passaram a realizar função de rede de apoio, e o cuidador relatava sentir-se
cuidado, amparado e apoiado. Recomendação: O acompanhamento contínuo e integrado mostrou-se fundamental para
uma assistência do cuidador que se estendesse para a Rede de Saúde Mental, mesmo após alta do paciente do serviço de
atendimento domiciliar.
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