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EIXO 7 Integralidade do Cuidado
RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
VIGILÂNCIA LABORATORIAL EM GESTANTE EM UM MUNICÍPIO DA
MACRORREGIÃO NORTE DO PARANÁ
Autores: MOACIR PALUDETTO JUNIOR | Fabiane Matsumoto de Souza Kizima, Bruna Rodrigues Manoel, Sonia
Kazumi Teshima, João Albérico Bonin, Verediana Horvatich Franzon. Instituição: Secretaria Municipal de Saúde
de Arapongas-PR
PALAVRAS-CHAVE: Vigilância; Diagnóstico precoce; Gravidez
Caracterização e justificativa: As infecções do trato urinário (ITU) em gestantes são muito comuns devido às condições
fisiológicas e anatômicas durante a gravidez, estando associadas ao aborto e parto prematuro. Outra infecção associada a elevada
morbidade durante a gestação é a toxoplasmose que além de parto prematuro e aborto espontâneo, pode gerar sequelas graves
ao feto. Além das infecções, o diabetes mellitus gestacional (DGM) é uma doença que apresenta disfunção metabólica bastante
comum no período gestacional sendo que aproximadamente 7% apresentam alguma complicação oriunda dessa condição.
Objetivo: Instaurar vigilância laboratorial dos exames diagnósticos dessas doenças realizados pelas gestantes do município de
Arapongas. Descrição: Considerando a vigilância laboratorial ferramenta estratégica para detecção precoce dessas alterações,
foi criado fluxograma envolvendo instituição laboratorial e Secretaria Municipal de Saúde, com os pontos de atenção à gestante.
Semanalmente, o laboratório de análises clínicas envia os resultados dos exames relacionados para análise de profissional
enfermeiro que envia as recomendações específicas dos alterados, via e-mail, para cada Unidade Básica de Saúde ao qual a
gestante é vinculada. Assim, para a DMG: inicia-se controle glicêmico, orientações dietéticas e encaminhamento para nutrição;
urina I e urocultura alterados: enviado laudo dos exames para que a gestante seja contatada e prescrito medicamento pelo
médico da estratégia de saúde da família; toxoplasmose: seguido fluxo pré-estabelecido municipalmente, baseado no Caderno de
Atenção ao Pré-Natal Toxoplasmose da Secretaria de Saúde do Estado do Paraná, onde, além de apressar o processo para coleta
de exame complementar ao diagnóstico (teste de Avidez), permite agilidade na prescrição dos fármacos e preenchimento do
processo necessário à liberação destes que são mediados pela Regional de Saúde. Reflexão: Já é visível fruto das ações realizadas,
já que, houve aumento das notificações de toxoplasmose na gestante, porém, sem toxoplasmose congênita registrada. Verificou-
se aumento do diagnóstico de DMG, e consequente melhoria do acesso ao ambulatório de atenção especializada e hospital
adequado à sua estratificação de risco, e perceptível a ausência de partos prematuros resultantes em óbitos fetais decorrentes de
ITU. O diagnóstico e tratamento precoce são de suma importância para o desfecho favorável ao binômio.
IMPLANTAÇÃO DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM UM HOSPITAL
PSIQUIÁTRICO EM PINHAIS/PR
Autores: ADRIANA TODYS MEDEIROS GODOI | Priscilla Lesly Perlas Condori. Instituição: Hospital Adalto Botelho
PALAVRAS-CHAVE: Saúde mental, Políticas públicas, Saúde coletiva
Eixo Temático: Integralidade do Cuidado Relato de Experiência A reforma psiquiátrica brasileira foi responsável por modificações
significativas no quesito assistência às pessoas portadoras de transtornos mentais. Apesar disso, ainda vemos reinternamentos
por não aderência ao modelo apresentado. As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) são recursos terapêuticos
que buscam a prevenção de doenças e a recuperação da saúde. Atualmente são 29 as PICS reconhecidas pelo Ministério da Saúde
dentre elas estão: acupuntura, arteterapia, yoga, meditação e massagem relaxante. Tem-se como justificativa os ideais da reforma
psiquiátrica e o fato de que nem sempre o modelo biomédico é suficiente para a redução de sintomas e prevenção de agravos,
tornando as PICS relevante para preencher essa carência. O objetivo deste estudo visa a implantação das PICS no ambulatório
de um hospital psiquiátrico em Pinhais/PR. Como metodologia foram aplicados dois questionários. O primeiro realizado com
funcionários, propiciou o levantamento de dados sobre a importância do assunto e o número de profissionais interessados
em aplicar alguma prática na instituição. O segundo foi aplicado no período de 01 à 22/12/2021 para pacientes, familiares e
acompanhantes. Foi possível verificar as seguintes condições: faixa etária, sexo, ocupação, religião, por qual motivo encontra-se
no hospital, como considera a sua saúde no geral, sintomas que o fez procurar atendimento, diagnosticado com algum transtorno
mental, uso de medicação psiquiátrica, atividades que costuma realizar para relaxar e aliviar o estresse, já foi usuário ou conhece
alguém que tenha feito uso de terapias complementares, considera que as terapias complementares possam auxiliar no seu
tratamento e tem interesse em realizar algumas destas práticas. Na compilação dos dados observou-se predominância da faixa
etária entre 36 à 50 anos, sexo feminino, estudantes, católicos, eram em sua maioria familiar ou acompanhante de paciente,
predomínio do estado de saúde regular, os sintomas apontados: ansiedade, tristeza, desânimo e mudanças de humor, em uso de
medicação psiquiátrica, a maioria tem conhecimento sobre terapias complementares, costumam ouvir música, caminhar, cuidar
de plantas para relaxar. Acreditamos que com a implantação das PICS prestaremos um serviço mais humanizado, acolhedor,
beneficiando a integralidade do cuidado. Descritores: Saúde mental, políticas públicas e saúde coletiva.
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