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EIXO 7   Integralidade do Cuidado
                                                                                   RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE


                   ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA NO DESMAME DA VIA ALTERNATIVA DE ALIMENTAÇÃO
                   Autores: ANDRESA SANTOS DA SILVA | Bruna Coladith Barboza, Ana Paula de Andrade Sartori, Isabel de Lima
                   Zanata, Ana Lídia Emerick Rosa, Larissa Teleginski Wardenski. Instituição: Fundação estatal de atenção a saúde
                   de Curitiba- FEAS
                PALAVRAS-CHAVE: alimentação alternativa; fonoaudiologia; indicadores de gestão.
                Introdução: Dentre os profissionais que compõem a equipe interdisciplinar, o fonoaudiólogo em parceria com a nutrição e
                a medicina conduzem o protocolo de desmame de via alternativa de alimentação (VAA). Compete ao fonoaudiólogo avaliar
                e definir com a equipe as condutas que visem a reintrodução da alimentação por via oral (VO) de forma segura e eficiente.
                O  gerenciamento  fonoaudiológico  na  transição  da  via  de  alimentação  considera  a  biomecânica  de  deglutição,  o  risco  de
                broncoaspiração, aceitação de dieta por via oral (VO) e a avaliação da nutrição em relação às necessidades nutricionais e de
                hidratação. O acompanhamento do paciente é mantido após a retirada da VAA e início de VO plena, visando manutenção do
                quadro  pulmonar  adequado,  necessidades  de  ajustes  de  consistências  alimentares,  utensílios,  forma  de  administração  de
                dieta, orientação à equipe multiprofissional e fonoterapia. Objetivo: Apresentar os indicadores de resultados do serviço de
                fonoaudiologia de um hospital da atenção terciária do município de Curitiba-PR. Método: Foram analisados dois indicadores de
                resultado: tempo para retirada da VAA e tempo de reintrodução da alimentação por VO no período de julho a dezembro de 2021.
                Resultados: Em relação ao indicador de retirada da VAA, verificou-se que 56,10% (n=46) do público tiveram a retirada entre 0 e 5
                dias; 24,39% (n=20) entre 6 e 10 dias e 19,52% (n=16) com tempo maior que 10 dias. A reintrodução da VO se deu em sua grande
                maioria entre 0 e 5 dias, totalizando 80,49%. Destacando a importância destes indicadores de resultados para compreensão do
                desempenho da atuação fonoaudiológica e gerenciamento do cuidado no ambiente hospitalar. Considerações finais: Por meio
                do uso de indicadores de gestão do serviço de fonoaudiologia, foi possível verificar que a assistência fonoaudiológica diária e
                integral contribuiu para a retirada da VAA e a reintrodução da VO antes de 10 dias na maioria dos casos, otimizando os processos
                de trabalho e planejando melhor o cuidado ao paciente. Dessa forma, a participação do fonoaudiólogo no desmame da VAA,
                pode contribuir para o retorno da alimentação por VO de forma segura e eficaz melhorando a qualidade de vida dos pacientes.





                    TRATAMENTO DE RUÍDOS: UMA FERRAMENTA DO COMITÊ DE GOVERNANÇA PARA O
                 PROCESSO DE AVALIAÇÃO E DESDOBRAMENTO NA REDE DE URGÊNCIA - 11ª REGIONAL DE
                                                       SAÚDE - PR
                   Autores: ELENITA DE CACIA MENOCI MORTEAN | Adelson Gonçalves, Alain Barros Corrêa. Instituição: Secretaria
                   Estadual Da Saúde Do Paraná
                PALAVRAS-CHAVE: Governança; Urgência; Assistência Integral À Saúde
                A  Rede  de  Urgência  e  Emergência  (RUE)  possui  pontos  de  atenção  singular  que  se  comunicam  e  articulam  como  um  todo
                indivisível com missão comum “atendimento certo, no local certo e tempo certo ao usuário em urgência/emergência”. A relação
                entre os elementos de uma rede de atenção a saúde (RAS) fornecerá resultado final, podendo este ser satisfatório ou não.
                Quando  algo  indesejado  interfere  nessa  relação  surge  o  ruído.  Nas  RAS  pode  produzir  distorções  de  descontinuidade  do
                cuidado, tratamento inadequado e insegurança do paciente. Nas redes o Estado estabelece estratégias colaborativas e relações
                com outros atores com inúmeras expectativas, entendimentos e perspectivas. Neste contexto a 11ª Regional de Saúde (11ªRS)
                de Campo Mourão, Paraná, reúne bimestralmente o Comitê de Governança da RUE, composto por representantes da atenção
                primária de saúde (APS), hospitais, unidade de pronto atendimento (UPA), da 11ªRS, município sede de região, Complexo da
                Urgência e Emergência (CRUE) e Unidade de Regulação de Leitos (URL). O comitê usa da avaliação de ruídos como ferramenta
                de superação de problemas. A formalização dos ruídos a 11ªRS é pelo canal da ouvidoria para os agentes externos a 11ªRS
                (profissionais ou gerentes de saúde dos pontos de atenção da RUE, URL, URU e por gestores) e para os agentes internos por
                e-mail institucional operando proximamente ao setor de Tratamento Fora do Domicílio. Além relatos provenientes da ouvidoria
                e com finalidade de melhor visibilidade aos fatos é realizado pela regional um levantamento documental do trajeto percorrido
                pelos pontos de atenção envolvidos na situação-problema. O ruído e levantamento documental são apresentados debatidos
                em  plenária  do  comitê,  deste  emerge  desdobramentos  que  são  pactuados,  deliberados  encaminhados  para  implantação
                ou implementação considerando função singular de cada ponto de atenção. A fim de evitar pré julgamento é preservado a
                identidade dos envolvidos (profissionais saúde e instituições de saúde e origem da ouvidoria) no atendimento que gerou o
                ruído. Os desdobramentos também são apresentados a Comissão Intergestor Regional Bipartite, para consolidação decisória
                interfederativa. Como continuidade do processo na reunião subsequente do Comitê de Governança o coordenador regional
                apresenta a plenária as intervenções sanar os ruídos danosos à missão da RUE já realizadas e em andamento, modo a garantir
                o monitoramento para que as estratégias pactuadas sejam efetivamente implantadas.




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