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EIXO 7   Integralidade do Cuidado

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                       FOLLOW-UP DO LUTO: ESCUTA E ACOLHIMENTO DE FAMILIARES ENLUTADOS

                    Autores: TUANE CAETANO DOS SANTOS FERREIRA DE SOUZA | Gabriela Visnieski Siqueira, Henrique Shody
                    Hono Batista, Ítala Villaça Duarte, Regiane Mendes Tarocco Borsato. Instituição: FEAS - Fundação Estatal de
                    Atenção em Saúde
                 PALAVRAS-CHAVE: luto; psicologia; hospital
                 O luto é um processo emocional vivenciado após uma perda ou um rompimento com algo/alguém significativo, caracterizando
                 um período de enfrentamento e adaptação em decorrência das mudanças e da dor frente à perda. No ambiente hospitalar
                 nos deparamos com os processos de luto diariamente. E é neste local, ainda durante o internamento, no qual algumas
                 pessoas passam a vivenciar o primeiro impacto do  luto. Nestes casos, os familiares tem a possibilidade  de  receber
                 acompanhamento psicológico. No entanto, após o óbito, apresenta-se uma nova jornada à estas famílias, já fora do hospital.
                 Sendo assim, observou-se a necessidade de um espaço de cuidado psicológico neste momento de fragilidade. O objetivo
                 deste relato de experiência é apresentar um projeto de atendimento psicológico de familiares de pacientes que evoluíram
                 a óbito, durante internamento em um hospital público de Curitiba. Os atendimentos tinham como objetivo realizar escuta e
                 acolhimento aos enlutados, assim como avaliar o processo de vivência do luto. O projeto Follow-up do Luto foi realizado pela
                 equipe de psicologia do hospital, utilizando uma lista mensal de óbitos do mês anterior. A partir disso, utilizou-se uma sala,
                 respeitando o sigilo dos atendimentos, para realizar contato através de telefone celular institucional. Os atendimentos eram
                 de caráter focal, no qual eram transmitidas as condolências aos familiares, escuta e acolhimento. Nestes atendimentos,
                 eram observados indicadores - culpa intensa, negação/revolta em relação ao contexto da morte, falta de suporte/apoio
                 afetivo, desejo de morte e ideação suicida, perda de interesse em atividades significativas e prejuízos de autocuidado - para
                 avaliação da necessidade de encaminhamento. Quando identificadas demandas de encaminhamento, casos de sofrimento
                 significativo eram encaminhados para cli?nica-escola e UBS. Já os casos de sofrimento extremo, encaminhados para CAPS.
                 Do total de 211 óbitos ocorridos entre os meses de dezembro de 2021 à março de 2022, 149 famílias foram atendidas
                 pelo projeto. O atendimento aos familiares enlutados possibilitou uma atuação que promove a integralidade de cuidado,
                 oferecendo um olhar à estas pessoas para além das portas do hospital e oportunizando uma continuidade de cuidado.





                    A ATUAÇÃO DO ESTAGIÁRIO DE ENFERMAGEM EM UM AMBULATÓRIO DE PRÁTICAS
                     INTEGRATIVAS COMPLEMENTARES DE UM HOSPITAL REFERÊNCIA PARA COVID-19
                    Autores: MARIANA CAROLINA ALVES FORNITANI ELIAS | Elisana Agatha Iakmiu Camargo Cabulon, Iria Roberta
                    Staut Freitas, Maria Do Carmo Barbosa. Instituição: Universidade Estadual De Londrina -UEL
                 PALAVRAS-CHAVE: Terapias Complementares. Educação em Enfermagem. Saúde do Trabalhador
                 Caracterização do problema: As práticas integrativas sistêmicas são reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde
                 (OMS)  por  sua  capacidade  de  colaborar  no  tratamento  e  prevenção  a  doenças  e  agravos  à  saúde.  O  estágio  objetiva
                 oportunizar aos alunos de enfermagem vivenciar novos campos de atuação na área de promoção da saúde. Foi com esse
                 intuito que a diretoria de enfermagem do Hospital Universitário de Londrina (HU-UEL) abriu as portas para a realização de
                 estágio extracurriucular no do Ambulatório de Práticas Integrativas Complementares (EPICS-HU) prestando assistência aos
                 profissionais do hospital. Justificativa: A pandemia de COVID-19 acarretou aos profissionais da saúde a intensificação da
                 carga de trabalho contribuindo para o agravamento do cansaço físico e mental. O EPICS-HU foi estruturado para amenizar
                 o sofrimento do trabalhador o que repercute em sua qualidade de vida e reduz o seu desempenho laboral. Objetivos:
                 Apresentar a atuação do estagiário em um Ambulatório de Práticas Integrativas Complementares de um hospital referência
                 para COVID-19 Relato de experiência: A atuação iniciou no ano de 2021 e está em andamento até a presente data. O
                 atendimento do ambulatório ocorre de segunda a sexta-feira das 8h às 16h através de agendamento. Os pacientes são
                 recebidos e têm suas queixas acolhidas para que assim possa ser feito o encaminhamento para a atividade pertinente a
                 sua necessidade. Entre os serviços oferecidos estão: auriculoterapia francesa, aromaterapia, reflexologia podal, acupuntura,
                 reiki, geoterapia, cromoterapia, entre outros. O ambulatório conta com profissionais de diferentes áreas de formação que
                 trabalham de forma conjunta, sendo estes em sua maioria voluntários. A graduanda é técnica em massoterapia e possui
                 curso de auriculoterapia francesa básico e avançada, atendeu em média 214 pacientes com duração de 40 minutos cada
                 um. Reflexão sobre a experiência e Recomendações: A atuação das terapias complementares junto aos profissionais de
                 saúde tem impactado positivamente a qualidade do trabalho prestado aos pacientes, uma vez que contribui para o alívio
                 do estresse, da dor e tratamento de agravos em saúde. A experiência tem sido enriquecedora, pois além de contribuir para
                 o aperfeiçoamento da prática em terapias complementares também promove o interrelacionamento profissional com as
                 diferentes áreas de atuação e suas necessidades.



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