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EIXO 7 Integralidade do Cuidado
RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
O AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE E O CUIDADO INTEGRAL: UMA HISTÓRIA DE
REENCONTRO FAMILIAR.
Autores: ROSELY SHIGUEMI SASSAKI | Cláudia Lanzoni, Sandra Cristina Cavalli Moises. Instituição: Prefeitura
Municipal de Londrina
PALAVRAS-CHAVE: ACS, rede de apoio, cuidado integral.
Caracterização do problema: dentro das atribuições do Agente Comunitário de Saúde (ACS), estão as visitas domiciliares
a pacientes idosos, especialmente aos que residem sozinhos. Muitos já apresentam problemas de saúde decorrentes da
idade e necessitam da ajuda de familiar para os cuidados, mas nem sempre este cuidador existe. Justificativa: o trabalho do
ACS, visa o cuidado integral, com vistas a prevenção ou melhoras da condição de saúde, para tal é preciso um olhar atento
às reais necessidades dos pacientes e suporte da equipe e da rede de apoio, tal integração é requisito para a efetivação
dos resultados. Objetivo: localizar familiares de paciente idosa que residia sozinha, sem cuidadores para a condição
de senilidade. Descrição da experiência: em novembro de 2019, ao acompanhar uma idosa do território, de 79 anos,
negra, solteira, sem nenhum vínculo familiar desde os seus 18 anos, verificou-se episódios de esquecimentos e quedas,
despertando uma preocupação com relação ao seu cuidado, caso viesse a ficar acamada. Em setembro de 2020, com ajuda
de profissionais da rede de apoio, iniciou-se a busca pelos familiares, que resultou na localização de uma irmã, residente em
Osasco (SP). Através do endereço, localizou-se a UBS (Unidade Básica de Saúde) mais próxima e, solicitou-se a busca pelo ACS
a este familiar. Após verificação dos dados, foi possível localizar outra irmã na cidade de Tapira (PR). Em outubro de 2020,
realizou-se contato com assistente social deste município, o que possibilitou o primeiro contato telefônico entre as irmãs.
Desta data em diante, tendo a ACS como interlocutora entre os familiares, através de aplicativo de mensagens, seguiram-se
várias chamadas de vídeo, troca de fotos e o resgate de toda uma vida. Finalmente em abril de 2022, a paciente se encontrou
pessoalmente com uma das irmãs e puderam dar o primeiro abraço, depois de 63 anos. Reflexão sobre a experiência:
durante todo este período, vários fatores contribuíram para que os objetivos não fossem alcançados, mas, a determinação,
paciência e resiliência foram determinantes para que a idosa pudesse resgatar a sua história e traçar novos rumos junto
à família. Recomendações: os ACS devem ser capacitados e despertados para o cuidado humanizado, com vistas às reais
necessidades dos pacientes, buscando a resolução dos problemas, junto com a equipe de saúde a rede de apoio.
AUMENTO DE DOR LOMBAR EM PROFISSIONAIS DA SAÚDE PÚBLICA DURANTE A
PANDEMIA DE COVID -19
Autores: RAFAEL DE SOUZA REIS | Instituição: UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná
PALAVRAS-CHAVE: Dor lombar; Profissionais da Saúde; COVID-19
Caracterização do problema: Geralmente em algum momento da vida a pessoa terá alguma experiência de dor lombar,
essa dor pode ser classificada em dor aguda, subaguda ou crônica, é comum observar queixas de dor lombar em profissionais
da saúde. Justificativa: Com o aumento da demanda de pacientes nas unidades de atendimento especial para COVID-19 das
redes públicas, profissionais de todos os setores passaram a aumentar suas jornadas de trabalho e junto a isso a escassez de
mão de obra, os profissionais dessas áreas passaram a se queixar com mais frequência de dores na região lombar. Objetivo:
mensurar o aumento da busca de um serviço privado de fisioterapia e terapia manual em Foz do Iguaçu-PR. Descrição
da experiência: A busca de dados ocorreu por meio das fichas de avaliação a fim de comparar os anos de 2019 a 2021. A
busca desse serviço por profissionais da saúde da rede pública, aumentou significativamente, em 2019 foram atendidos 11
pacientes com o perfil de dor lombar e profissional da saúde de rede pública, entre eles 8 técnicos de enfermagem do sexo
feminino 2 enfermeiras e 1 fisioterapeuta do sexo masculino, em 2020 esse número passou para 27 atendimentos no ano,
sendo 21 técnicos de enfermagem todos do sexo feminino, 2 médicos do sexo masculino, 3 fisioterapeutas do sexo feminino
e 1 enfermeira. Já no ano de 2021 foram 25 atendimentos, sendo 23 técnicos de enfermagem do sexo feminino, 1 do sexo
masculino e 1 fisioterapeuta do sexo masculino. Os profissionais relataram que a dor lombar surgiu após algum movimento
brusco em flexão e rotação de tronco, durante o atendimento de pacientes com COVID-19, o que gera aumento das cargas
na região lombar e consequentemente dor. Reflexões sobre a experiência e recomendações: Esses serviços devem ser
organizados, ocupando as lacunas relacionadas, a escassez de mão de obras e aumento da jornada de trabalho. Também
é necessário que esses profissionais sejam acompanhados, para que esse evento de dor lombar não evolua para uma dor
lombar crônica, realizando praticas laborais e melhorias ergonômicas nos setores.
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