Page 109 - ANAIS_4º Congresso
P. 109
EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE
Levantamento de Dados Sobre o Uso da Camomila, Chamomilla Recutita (l.)
Rauschert e Matricaria Chamomilla L. por Pacientes da Estratégia Saúde da Família
Rural
Autores: ROBERT PATRICK CESTARI DOS SANTOS; Marlene Ines Wietzikoski Halabura; Elisangela da Cunha Smaniotto; Irineia Paulina
Baretta. Instituição: Universidade Paranaense - UNIPAR
Palavras-chave: Camomila; conhecimento popular; atenção primária em saúde.
Introdução: Camomila é uma planta pertencente à família Asteraceae, considerada uma das plantas medicinais de uso mais
antigo pela medicina tradicional europeia, e está atualmente incluída na relação de Interesse do SUS (RENISUS) (BRASIL, 2016).
Além de sua importância econômica para a indústria farmacêutica, cosmética e alimentícia, cultivada nas regiões sul e sudeste
do Brasil, onde há predomínio de solo climático tropical e subtropical (GARCIA, 2017). Objetivo: Identificar o uso da camomila
por pacientes de uma UBS quanto a forma de uso, dose e finalidade, produzindo conhecimento e assistência a comunidade
com base na PNPIC e PNPMF. Métodos: A pesquisa com abordagem quantitativa, descritiva e exploratória, foi realizada por
meio de um questionário estruturado composto por 11 questões, aplicado aos usuários da UBS no mês de maio de 2018, após
assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido e aprovada pelo comitê de ética em pesquisa com seres humanos
(No. 2.653.319). Resultado: Dos 50 voluntários entrevistados até o momento, 98% faz uso de plantas medicinais, destes, 86%
usam a camomila e a forma de infusão das flores é a mais comum (80%), com 150 ml de água para uma colher da planta,
1 a 3 vezes ao dia, como calmante (54%). Foi citada também como digestiva, para reduzir cólicas e dores de barriga. Dos
entrevistados, 7% usam diariamente no chimarrão e em garrafadas com vinho, 70% dos pacientes não relatam ao médico que
usam, por acreditarem que planta não faz mal. Ainda 82% dos entrevistados desconhecem as políticas públicas relacionadas a
plantas medicinais.
Longitudinalidade do Cuidado em Crianças e Fatores Associados
Autores: MARCELA MARIA BIROLIM; Barbara de Andrade Alves; Mauren Teresa Grubisich Mendes Tacla; Renne Rodriguês. Instituição:
Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Longitudinalidade; Atenção Primaria à Saúde; Saúde da Criança
A longitudinalidade é um importante atributo da Atenção Primária à Saúde (APS). Avaliar esse atributo nas práticas em saúde
contribui para a ampliação e o fortalecimento da Estratégia Saúde da Família em relação construção e da manutenção de
vínculos entre os usuários e os profissionais no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Dessa forma, o objetivo do presente
estudo foi avaliar a longitudinalidade do cuidado à criança em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e os fatores associados
em um município da região Sul do Brasil. Trata-se de um estudo transversal com 609 indivíduos (pai, mãe e/ou cuidadores/
responsáveis por crianças menores de doze anos). A amostra foi estratificada considerando 39 UBS, sendo o número de
indivíduos entrevistados em cada unidade, estimado pela população da área de abrangência. A coleta de dados foi realizada
entre agosto de 2012 e janeiro de 2013. Foram incluídos apenas indivíduos oriundos da área urbana, e excluídos os indivíduos que
utilizavam esporadicamente a unidade para finalidades específicas como imunização. O instrumento de coleta era composto por
perguntas para levantamento do perfil familiar dos entrevistados e pelo instrumento Primary Care Assessment Tool (PCATool)
- Brasil versão criança. Os dados foram digitados no programa Excel e análise multivariada foi realizada por meio do programa
SPSS, versão 20.0. A avaliação do perfil familiar das crianças mostrou que a maioria possui ao menos um irmão/irmã (59,3%),
sendo cuidados principalmente pela mãe (79,0%), sendo que 85% dos pais moram juntos (casados ou união estável) e com mais
de 10 anos de estudo. A verificação do escore geral da avaliação da longitudinalidade obteve valor insatisfatório (?6,6). A análise
multivariada revelou que apenas a menor escolaridade materna (até 9 anos) se manteve significante para aumento da chance
de uma avaliação insatisfatória da longitudinalidade (OR=1,56; IC 95% 1,02-2,39). Conclui-se que embora o SUS tenha avançado
no processo de reorganização da atenção básica, níveis satisfatórios do atributo longitudinalidade ainda é um desafio. Ressalta-
se a necessidade de se repensar o atendimento oferecido pelas unidades de saúde, no sentido de fornecer atendimentos com
clareza nas informações e criação de vínculo com a população assistida, considerando as especificidades dessa população na
busca por melhoria da qualidade dos serviços e fortalecimento da APS.
109