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EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE
Massagem Laboral na Promoção à Saúde do Estudante-trabalhador
Autores: EVELISE DIAS ANTUNES; Elisângela Valevein Rodrigues; Geslaine Janaina Bueno dos Santos. Instituição: Instituto Federal do
Paraná
Palavras-chave: massagem laboral; promoção à saúde; Práticas Integrativas e Complementares
A Constituição Brasileira (1988) apresenta um conceito ampliado de Saúde, incluindo entre seus determinantes as condições de
alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho e emprego. Políticas Públicas recentes têm possibilitado a
verticalização do ensino, a continuidade ou o retorno a escola de muitos trabalhadores. O censo escolar de 2016 realizado pelo Ministério
da Educação indica que quase 2 milhões de matrículas de educação profissional técnica, sendo o ensino noturno concebido pelas
políticas educacionais como estratégia de acesso do estudante-trabalhador. A profissão de massagista é regulamentada no Brasil
desde 1961 pela Lei Nº 3.968, sendo ofertada a formação técnica na Escola Técnica da Universidade Federal do Paraná desde 2003.
Desta forma, este relato objetiva descrever a experiência do atendimento dos estudantes do curso técnico em massoterapia de uma
Instituição Federal de Educação durante a atividade prática da massagem laboral a estudantes-trabalhadores da mesma Instituição
de nível técnico e superior. As Práticas Integrativas e Complementares (PICs) gradativamente estão sendo implementadas ao SUS
desde 2006, envolvendo abordagens que buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da
saúde com ênfase no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade.
Estudos tem demonstrado a eficácia da massagem laboral na prevenção de queixas osteomusculares relacionadas ao trabalho. Sua
aplicação se dá em sessões de 15 a 20 minutos, no ambiente de trabalho, na qual sentado na cadeira de massagem o trabalhador
permanece vestido e recebe do terapeuta pressões com a polpa dos dedos, palmas das mãos e cotovelos, com o intuito de obter
o alívio imediato de tensões musculares. Em duas noites de atendimento foram atendidos 127 estudantes-trabalhadores, sendo 35%
homens e 65% mulheres. Destes, 77% relataram dor e 23% buscaram relaxamento. O grau de dor relatado de acordo com a escala
análogo visual foi mínima de 0 (sem dor) e máxima de 9 (dor intensa), com desvio padrão de ±2,59. A idade média foi de 28 anos, com
mínima de 16 e máxima de 59. As principais queixas foram dor na região lombar (29%), ombros (24%), cervical (19%) e torácica (15%),
outras regiões (13%). Como resultado foi relatado o alívio da dor em todos atendidos e realizadas orientações de cuidado primário a
saúdo como prevenção de sintomas osteomusculares relacionados ao trabalho.
Modelo de Gail: Ferramenta de Apoio na Atenção Primária à Saúde
Autores: KELY PAVIANI STEVANATO; Sandra Marisa Pelloso; Maria Dalva de Barros Carvalho; Lander dos Santos; Fernando Domingos
Ribeiro. Instituição: Universidade Estadual de Maringá
Palavras-chave: Modelo de Gail; Câncer de mama; Avaliação de Risco
Introdução: O câncer de mama é mais incidente na população feminina mundial e brasileira, sendo responsável por 16.254
óbitos no Brasil no ano de 2016. Políticas públicas nessa área vêm sendo desenvolvidas no Brasil desde meados dos anos 80
e a partir de 2011 é uma prioridade da agenda de saúde do país e integra o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento
das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil. A existência de modelos validados que predigam o risco individual
em desenvolver o câncer de mama podem contribuir para a formulação de estratégias de prevenção na Atenção Primária. O
Modelo de Gail é uma ferramenta que avalia os fatores de risco e estima o risco da mulher desenvolver o câncer de mama
em até 5 anos e por toda a vida. Objetivo: O objetivo deste trabalho é avaliar a importância da utilização do Modelo de Gail
como ferramenta de apoio na Atenção primária para rastreamento do câncer de mama. Método: As buscas foram realizadas
em três bases de dados bibliográficas — PubMed, Google Acadêmico e LILACS, onde foram selecionados artigos publicados
entre 2000 e 2018, escritos em português, utilizando-se os descritores - Modelo de Gail, Câncer de mama, Avaliação de risco e
Políticas públicas. Os critérios de inclusão foram estudos com mulheres com idade entre 30 a 70 anos e aplicação do Modelo de
Gail para cálculo de risco. Resultado: No estudo realizado por Lopes et.al (2014) em 105 mulheres com câncer de mama, 48,57%
apresentaram risco elevado para desenvolver câncer de mama, ou seja, no âmbito individual, este software pode subestimar
o risco de se ter câncer mamário, mas, no âmbito coletivo, determina o perfil de risco populacional. Em outro estudo realizado
por Miranda (2004) em 105 mulheres mostrou que 12% foram classificadas como alto risco e que 50% dessas mulheres referiram
que nunca haviam sido questionadas sobre seus antecedentes familiares pelos médicos. Reyes (2009) estudou 3.665 mulheres
sem câncer de mama e obteve a média de risco para até 5 anos de 1.0% e 7.9% por toda a vida e destas 6.7% apresentaram risco
? 1.67% em 5 anos, sendo esses valores esperados para a população estudada. Conclusão: O modelo de Gail se apresentou
como uma ferramenta aplicável, mesmo diante de suas limitações, ampliando o rastreamento do câncer de mama na Atenção
Primária.
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