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EIXO: SAÚDE INTERNACIONAL, BIOÉTICA E OUTROS TEMAS DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA  EIXO: SAÚDE INTERNACIONAL, BIOÉTICA E OUTROS TEMAS DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA



                 Um Olhar Sobre a Crise na Educação de Hannah Arendt e Suas Contribuições para a
                 Discussão da Violência na Escola

                 Autores: LUIZ GUSTAVO DUARTE. INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

                 Palavras-chave: Hannah Arendt, Violencia, Autoridade
                 Introdução: Hannah Arendt,  filósofa  contemporânea,  publicou  no  final  dos  anos  50  um  texto  intitulado  Crise  na  Educação
                 onde analisa as origens desta na sociedade americana da época, passando por temas transversais que mantém sua obra
                 pertinente para discussão mesmo na conjuntura política atual sendo ainda discutida por pesquisadores. Objetivo: Discutir a
                 relação entre autoridade e violência no âmbito escolar nos debates contemporâneos do tema correlacionando com as ideias
                 de Hannah Arendt. Métodos: Pesquisa qualitativa onde se usou da revisão narrativa. Discussão: Para Arendt, a autoridade se
                 dá em uma ação que se dirige para fora dela mesma, se exercendo na pluralidade, sendo exterior a atualidade do próprio
                 homem, implicando em uma hierarquia na qual a sua legitimidade é reconhecida explicitando esta exterioridade além dela
                 mesma, tendo-se o exemplo da relação professor-aluno. Contudo, atualmente ainda temos um enevoamento do conceito de
                 autoridade, de modo que é compreendida como eufemismo para tirania ou autoritarismo. Junto a este enevoamento temos
                 uma perda da autoridade em si na escola, pois ela se legitima na pluralidade e é dada pela assimetria, porém muitas vezes
                 a escola é incumbida da educação das crianças e não é atribuída de autoridade para tal visto que a educação é tida como
                 apenas um produto, tirando o valor da formação de cidadãos, assim, quando os alunos não possuem referencial de autoridade
                 na escola, são deixados a autoridade do grupo deles mesmos, onde esta é muito mais tirânica do que a de um único indivíduo.
                 Junto a isto, a violência se entrelaça com o conceito de autoridade, pois ela se instala quando o poder é frágil, e para se
                 discutir o tema Arendt propõe a desmitificação através da desnaturalização, despersonificação e desdemonização para então
                 compreender a violência como um fenômeno. Assim, a violência não pode ser naturalizada ou banalizada dentro do sistema
                 educacional, pois ela se demonstra devido a um modelo sustentado politicamente que permite a ausência da autoridade do
                 educador. Conclusão: Uma sociedade que não tenha na educação a manutenção e discussão sobre a autoridade que a escola
                 deva exercer através de ambientes democráticos de um modo que as relações interpessoais e a realidade se transforme, mas
                 sim onde se prende a amarras consumistas e mercadológicas as quais vislumbram a educação apenas como um produto, deve
                 repensar sua forma de inserção na educação devido a sua contribuição para violência gerada na escola.



                 Uso de Substância Psicoativa no Acolhimento Institucional e Seus Impactos

                 Autores: BEATRIZ MARIA DOS SANTOS SANTIAGO RIBEIRO; Elen Ferraz Teston; Júlia Trevisan Martins; Victor Hideaki Goto Hirai.
                 Instituição: Universidade Estadual de Londrina
                 Palavras-chave: Acolhimento Institucional, Substância Psicoativa, Adolescente

                 Atualmente podemos observar que o número de crianças e adolescentes em situação de acolhimento institucional é grande.
                 Os  acolhimentos  podem  surgir  em  reação  de  diversos  direitos  que  foram violados  aos  indivíduos  em  questão,  crianças  e
                 adolescentes. Objetivou-se descrever o contexto social de adolescentes usuários de substâncias psicoativas que estão sobre
                 medida de proteção, mas especificamente em situação de acolhimento institucional. É uma pesquisa de caráter bibliográfico.
                 Dentro dos motivos do uso de drogas estão os fatores de situações de risco e vulnerabilidade, conflitos intensos nas relações
                 familiares,  e  as  crianças  e  adolescentes  que  estão  acolhidos,  de  alguma  forma vivenciaram  alguma  situação  de  risco,  de
                 vulnerabilidade  social, violência  ou vivenciaram  conflitos  familiares,  que  podem  ter  influenciado  para  dar  início  ao  uso  de
                 substâncias, como também pelos autores, outro motivo de iniciação ao uso é do pertencimento de grupos, principalmente
                 na adolescência. A recuperação dos usuários de drogas não é rápida, é um processo longo com frequentes recaídas e que se
                 fazem necessárias múltiplas tentativas para que no final se tenha um sucesso no tratamento.









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