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EIXO: SAÚDE INTERNACIONAL, BIOÉTICA E OUTROS TEMAS DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA



                 Lesão Auto- Provocada Voluntariamente: Perfil do Suicida em Cidades da Região
                 Oeste do Paraná – Brasil

                 Autores: DIUSLENE RODRIGUES DA SILVA; Zelimar Soares Bidarra. Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná

                 Palavras-chave: Violência, lesão auto provocada, Suicida
                 No Brasil, no curso do século XXI, a temática do suicídio permanece cercada por um conjunto de crenças, mitos e tabus.
                 Contemporaneamente, dispõe-se de um vasto acumulado de pesquisas, dados e produções científicas que buscam sUBSidiar
                 as discussões sobre a questão do suicídio em diferentes perspectivas. Nesse estudo, intenciona-se tratar do tema do suicídio
                 por outra perspectiva, que não a de um importante problema de saúde pública, como já demarcado pela Organização das
                 Nações Unidas (ONU) e Organização Mundial de Saúde (OMS). Compete a esta análise salientar e dar visibilidade aos impactos
                 sociais que produzem sérias ressonâncias ao ambiente familiar, social e produtivo. Por sua complexidade e também, por sua
                 relevância no âmbito social e para o desenvolvimento de políticas públicas, optou-se por estudar a temática do suicídio no
                 âmbito geográfico da 20ª Regional de Saúde do estado do Paraná - Brasil, qual agrega 18 (dezoito) municípios da região oeste
                 paranaense. Alguns dos dados que estão em análise no presente exposto, foram divulgados publicamente, após terem sido
                 pesquisados e organizados pela equipe técnica da 20ª Regional de Saúde. O ambiente da disseminação da informação foi a
                 Audiência Pública do “2-4-D” , ocorrida no dia 26 de julho de 2013, promovida pela Câmara Municipal de Vereadores do município
                 de Toledo. O estudo acerca dos números de tentativas e de óbitos ocasionados por violência autoinflingida - os suicídios -
                 demonstram que, individualmente, muitas das cidades que compõem a abrangência da 20ª Regional de Saúde apresentam
                 índices compatíveis às projeções de órgãos de saúde. Contudo, quando observados na perspectiva regional, estes mesmos
                 números assumem um outro significado, o do comprometimento de parcela importante da população economicamente ativa
                 (PEA), o que suscita a necessidade de se pensar em estratégias para a prevenção e o enfrentamento dessa desconcertante
                 realidade.




                 Modelo Biomédico: Novos Rumos a Partir de uma Perspectiva de Ciência, Tecnologia
                 e Sociedade

                 Autores: AMANDA LAMECK PINHO; Wagner Rodrigo Weinert. Instituição: Instituto Federal do Paraná - Campus Paranaguá

                 Palavras-chave: Modelo Biomédico; Tecnologia; Sociedade

                 Quando se pensa em pesquisas de saúde, é frequente a associação com inovação tecnológica, como se este fosse o sinônimo de
                 desenvolvimento. No entanto, poucos trabalhos analisam a saúde do ponto de vista social, ou seja, qual o impacto da tecnologia
                 na vida dos atores envolvidos no processo saúde-doença? Esta abordagem em ciência, tecnologia e sociedade é importante
                 e necessária para compreender os rumos da pesquisa em saúde e como isso afeta a vida dos pesquisadores, profissionais e
                 usuários dos sistemas de saúde. Sabe-se que nos dias de hoje o modelo biomédico tanto de pesquisa quanto em cuidado ao
                 paciente já não vem satisfazendo grande parte dos usuários. Levantando esses questionamentos, o presente trabalho objetiva
                 investigar a relação entre a tecnologia e as pesquisas em saúde e como a mudança de paradigma do modelo biomédico,
                 mecanicista e predominantemente tecnológico e racional para o modelo holístico, que compreende o ser humano como um
                 ser integral, dotado de capacidades que vão além da sintomatologia das doenças, mudaram a percepção do pesquisador da
                 saúde e de seus usuários. A metodologia consistiu na análise das principais bases de dados científicas, revisando artigos na área
                 da saúde feitos no Brasil a partir da década de 90, quando acontecia o início da implantação do Sistema Único de Saúde (SUS)
                 e os estudos sobre seus princípios e diretrizes começaram a ganhar força, até o presente ano, 2018. Concluímos que a maioria
                 das pesquisas em saúde ainda não acompanha a mudança no modelo de atenção à saúde, ou seja, a incorporação do modelo
                 alternativo em associação ao modelo alopático. Isso mostra que os estudos deveriam ser também direcionados aos usuários do
                 sistema de saúde na mesma proporção em que enfatizam as tecnologias em saúde propriamente ditas. Além disso, sugerimos
                 que os resultados das pesquisas em saúde deveriam extrapolar os muros acadêmicos e se tornarem acessíveis a população
                 que pode dele se beneficiar. Isso implica na valorização de um outro ponto de vista do processo saúde-doença, no qual se
                 estimula o indivíduo a participar e entender a sua doença, para que ele consiga colocar em prática o auto-cuidado e promover
                 a própria saúde, se tornando um sujeito ativo e não apenas passivo sem direito a escolhas. Dessa forma, o desafio apresentado
                 é que a ciência que é feita nos institutos de pesquisa esteja cada vez mais presente na vida dos usuários de saúde, aproximando
                 a relação entre os atores envolvidos na rede de saúde.





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