Page 74 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE
Adesão a Vacinação em Crianças Menores de 6 Meses Acompanhadas pelo Programa
Rede Mãe Paranaense no Município de Cascavel - PR
Autores: DAIANE RIBEIRO DOS SANTOS; Claudia Silveira Viera; Maria Aparecida Baggio; Rosângela Aparecida Pimenta Ferrari; Ângela
Israel Graeff Borges. Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE
Palavras-chave: Imunização; Rede Mãe Paranaense; Cobertura vacinal.
A vacinação pode ser considerada uma estratégia econômica, segura e eficaz no combate a doenças imunopreveníveis. No
Brasil, o Programa Nacional de Imunização (PNI), coloca o país em posição favorável em relação ao alcance do Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio, pois contribui para redução da mortalidade infantil, principalmente em crianças menores de 5
anos. Porém, nos últimos anos percebe-se que as coberturas vacinais vêm decaindo, principalmente em crianças maiores de 6
meses de vida. Neste sentido, buscamos verificar se a idade da criança tem relação com a taxa de vacinação. Para tanto, foram
avaliadas 73 carteiras de vacinação de crianças de 0 a 6 meses de idade, nascidas entre os meses de Julho e Outubro de 2017,
em um hospital público da região oeste do Paraná. A análise das carteirinhas ocorreu por meio de visita domiciliárias no sexto mês
de vida da criança. A análise estatística usada foi uma regressão logística (1= criança vacinada na respectiva idade, 0= criança não
vacinada), por meio do pacote estatístico lme4 do programa R. Os resultados indicaram haver relação negativa entre a idade da
criança e a taxa de vacinação (F = 107,53; p < 0,001), com uma diminuição leve a partir dos três meses (100% ao nascer e aos dois
meses, 98,6% aos três e quatro meses), sendo mais abrupta aos seis meses, quando atinge apenas pouco mais que a metade
das crianças (54,8%). Sendo a busca ativa uma das estratégias preconizadas pelo PNI, para melhoria das coberturas vacinais,
percebemos que esta foi utilizada apenas em 18% das crianças não vacinadas no sexto mês, não sendo utilizada para maioria
dos casos. Dentre outras causas de atraso vacinal, as mães entrevistadas relatam: esquecimento, adoecimento da criança,
mudança de endereço, mudanças climáticas e falta de vacinas nas Unidades. Assim, podemos concluir que a baixa adesão a
vacinação, interrompe a continuidade da rotina vacinal preconizada pelo PNI, e não garante a imunização das crianças e, por
conseguinte, aumenta a susceptibilidade e adoecimento. E ainda, que estratégias como a busca ativa, educação em saúde e
o acesso às vacinas preconizadas são fundamentais na prevenção de doenças graves e surtos de doenças imunopreveníveis.
Análise dos Resultados e da Efetividade de um Programa de Triagem Auditiva em
uma Maternidade Pública de Curitiba
Autores: FLÁVIA CONCEIÇÃO LOPES; Eliete de Lara Constante Serafim; Débora Lüders; Cláudia Giglio de Oliveira Gonçalves..
Instituição: Universidade Tuiuti do Paraná
Palavras-chave: triagem auditiva; neonatologia; maternidade
Introdução: Alterações auditivas podem ser identificadas ao nascimento por meio da Triagem Auditiva Neonatal (TAN). Uma das
razões para a realização da TAN refere-se ao impacto da perda auditiva no desenvolvimento da criança. Objetivos: Analisar os
resultados da triagem auditiva neonatal (TAN) de neonatos de uma maternidade pública de Curitiba, os principais indicadores de
risco para perda auditiva nessa população e avaliar a qualidade do programa. Método: estudo descritivo, transversal, de abordagem
quantitativa que utilizou o protocolo recomendado pela Diretriz de Atenção à Saúde da Criança Curitibana para realização da triagem
auditiva neonatal dos bebês nascidos no período de janeiro a dezembro de 2014 e os seis indicadores de qualidade propostos pelo
Comitê Multiprofissional em Saúde Auditiva para avaliação do programa. Resultado: Dos 2765 nascidos, 2376 (85,93%) bebês foram
triados, sendo que 2358 (99,25%) realizaram a triagem no primeiro mês de vida. Entre os 2376 bebês triados, 537 (22,60%) falharam
no teste e foram encaminhados para reteste, sendo que destes, 211 (39,29%) não compareceram. Portanto, 2165 (78,3%) neonatos
concluíram o processo de triagem auditiva neonatal. Entre os 326 que retornaram, 282 (86,50%) passaram e 44 (13,50%) falharam.
Entre os 2376 bebês inicialmente triados, 124 (5,22%) possuíam fator de risco para a deficiência auditiva, sendo o de maior ocorrência
medicação ototóxica (72,58%), seguido de permanência na UTI (59,67%). Dentre os 2252 bebês sem fator de risco, 512 (22,73%)
falharam. Dentre bebês com fator de risco, 25 (20,16%) falharam. Dentre os 2165 bebês que chegaram ao final da triagem auditiva, 98
(4,52%) foram encaminhados para exames complementares e em somente 11 (11,22%) casos foi possível obter informações sobre o
fechamento do diagnóstico. Conclusão: Dos 2376 bebês triados, 22,60% falhou no teste, sendo em maior número os bebês que não
possuíam fator de risco para deficiência auditiva. O fator de risco de maior ocorrência foi o uso de ototóxicos. Apenas um indicador de
qualidade foi atingido (realização da TAN até o primeiro mês de vida), dois deles não foram atingidos (cobertura da TAN e índice de
neonatos encaminhados para diagnóstico) e os outros três indicadores não puderam ser analisados devido à dificuldade de contato
com algumas famílias (finalização do diagnóstico; início de terapia fonoaudiológica e adaptação de aparelho de amplificação sonora
individual).
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