Page 72 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE



                 Acompanhamento Farmacoterapêutico Aplicado ao Serviço de Cuidado Farmacêutico
                 da 4ª Regional de Saúde de Irati/PR dos Medicamentos do Protocolo Clínico e
                 Diretrizes Terapêutica (PCDT/MS) da Dislipidemia

                 Autores: FERNANDA LUIZE FARIA; Marco Antônio Costa; Mario Augusto Cray da Costa; Isadora Pereira da Luz. Instituição: Secretaria
                 Estadual da Saúde do Paraná (SESA/PR) e Universidade Estadual de Maringá (UEM)

                 Palavras-chave: atenção farmacêutica; estatinas; colesterol
                 O  Serviço  de  Cuidado  Farmacêutico  traz  como  foco  principal  a  melhoria  da  qualidade  de  vida  do  paciente.  Dentre  os  benefícios
                 proporcionados por este serviço está a diminuição de gastos com hospitalizações, maior qualidade de saúde e garantia da efetividade
                 do  tratamento  medicamentoso.  O  objetivo  deste  estudo  foi  proporcionar  o  uso  racional  de  medicamentos  no  Serviço  de  Cuidado
                 Farmacêutico da Farmácia da 04ª Regional de Saúde de Irati e desenvolver o acompanhamento farmacoterapêutico com os pacientes
                 do PCDT/MS da Dislipidemia. O estudo foi do tipo prospectivo longitudinal sendo acompanhados 68 pacientes, onde passaram por no
                 mínimo três consultas farmacêuticas e um retorno em 2018. Durante o acompanhamento farmacoterapêutico foram analisados dados
                 socioeconômicos e clínicos como pressão arterial, glicemia capilar, IMC, circunferência abdominal e exames laboratoriais. Os pacientes
                 apresentaram idade entre 35 e 83 anos, com idade média de 64 anos, e 52,94% destes correspondiam ao sexo feminino. A maior parte dos
                 pacientes possui baixo nível de escolaridade, sendo que 66,8% não chegaram a concluir o ensino fundamental e 64,71% são aposentados.
                 A origem da prescrição corresponde a 91,18% de origem do SUS. Os pacientes utilizavam em média 9,21±3,34 medicamentos prescritos e
                 a maioria apresentaram cinco problemas de saúde diagnosticados, sendo que 28 pacientes possuíam diagnóstico de diabetes mellitus
                 tipo 2, um paciente com diabetes mellitus tipo 1, 60 pacientes com hipertensão arterial e 45 pacientes com doença arterial coronariana
                 prévia. O tratamento da dislipidemia estava relacionado principalmente aos medicamentos disponibilizados pelo SUS, sendo o principal
                 fármaco prescrito a atorvastatina, correspondendo a 89,7% das prescrições, seguida do bezafibrato com 47,06%. Nos atendimentos foram
                 encontrados 90 problemas relacionados a medicamentos, foram realizadas 249 intervenções farmacêuticas e 14 encaminhamentos ao
                 profissional médico. Houve melhores resultados dos parâmetros clínicos após as intervenções, sendo a redução da pressão arterial
                 o resultado mais expressivo. O acompanhamento farmacoterapêutico apresentou resultados que comprovam sua efetividade clínica,
                 melhoria da qualidade do tratamento dos pacientes e aceitação pela equipe.



                 Aconselhamento da Atividade Física e a Percepção da Equipe de Saúde Sobre a
                 Atuação do Profissional de Educação Física no SUS/Curitiba

                 Autores: LUCÉLIA JUSTINO BORGES; Alessandra Soares Seer; Diego Spinoza dos Santos. Instituição: Universidade Federal do Paraná

                 Palavras-chave: atividade física; aconselhamento em saúde; Educação Física
                 A pesquisa teve como objetivo analisar o aconselhamento da atividade física (AF), bem como verificar a percepção da equipe de saúde
                 sobre a atuação do Profissional de Educação Física (PEF) nas Unidades de Saúde (US) do SUS – Curitiba. Participaram do estudo 96
                 profissionais de saúde (82 mulheres), que responderam questionário online envolvendo aspectos sociodemográficos, questões sobre
                 a  atuação  do  PEF  na  US  (potencialidades  e  fragilidades)  e  aconselhamento  da AF.  Os  dados  foram  analisados  descritivamente. As
                 categorias profissionais que participaram do estudo foram: 24 enfermeiros[as], 15 auxiliares de enfermagem, 14 cirurgiões dentistas, 11
                 técnicos[as] em enfermagem, 10 médicos[as], 6 farmacêuticos[as], 4 fisioterapeutas, 4 nutricionistas, 4 psicólogos[as], 2 fonoaudiólogos[as]
                 e 2 técnicos[as] em saúde bucal). Dos 10 distritos municipais, apenas o ‘‘Matriz’’ não possui atuação do PEF na rede, e os outros 9 tiveram
                 participação na pesquisa. Em relação ao conhecimento da atuação do PEF na US, 90% relataram conhecimento do trabalho deste
                 profissional; 79 afirmaram recomendar pacientes ao PEF e indicaram que ocorria acompanhamento do fluxo (por meio de discussões
                 informais,  prontuário  online,  reuniões  semanais,  mensagens  telefônicas  e-mail);  40%  dos  participantes  indicaram  o  tempo  reduzido
                 dos PEF na US (devido ao rodízio em mais de uma US), como a principal dificuldade para a atuação do PEF. 79,2% dos participantes
                 classificaram o PEF como o maior promotor de AF na US; 98% dos participantes afirmaram que era importante a oferta de programas
                 de AF pelas US e 92% indicaram a viabilidade desta oferta. Em relação ao aconselhamento, a orientação sobre os benefícios da AF
                 (22%); indicação para procurar o PEF da US (21 %) e a indicação para realizar caminhadas (20%) foram as estratégias mais citadas pelos
                 profissionais de saúde. Em contrapartida, apenas 27% dos entrevistados marcaram a alternativa correta sobre a recomendação da AF
                 para a saúde, preconizada pela OMS; 10% admitiram não saber exatamente e a 63% assinalaram alternativas equivocadas. Os resultados
                 permitiram  avaliar  o  reconhecimento  do  PEF  frente  aos  outros  profissionais  da  área  da  saúde,  bem  como  identificou  interessantes
                 possibilidades de ações de aconselhamento e número elevado de profissionais que mencionam a prática de AF aos usuários. Contudo,
                 foi observado que o conhecimento dos profissionais participantes da pesquisa, sobre as recomendações da prática de AF para a saúde,
                 pode ser ampliado.




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