Page 75 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE  EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE



                 Ansiedade e Depressão na Gestação: Essa Demanda Pode Ser Acolhida pelo Sistema
                 Único de Saúde?

                 Autores: THAIRINE CAMARGO DOS SANTOS; Clarice Wichinescki Zotti; Rosiane Guetter Mello; Bonald Cavalcante de Figueiredo; Mara
                 Lúcia Cordeiro. Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe
                 Palavras-chave: Ansiedade; depressão; gestação
                 Ansiedade e depressão na gestação: essa demanda pode ser acolhida pelo Sistema Único de Saúde? Introdução: A gravidez é um
                 período em que ocorrem muitas mudanças na vida da mulher, sendo de ordem psicológica, fisiológica e hormonal. (SILVA, 2017). Esse
                 processo pode ser satisfatório para gestante, porém, para outras pode ser um momento de confusão, devido a uma gravidez não
                 esperada ou indesejada por exemplo. Inúmeras são as variáveis que envolvem esse acontecimento, sendo que as maiores incidências de
                 instabilidades psíquicas na vida de uma mulher podem ocorrer do período gestacional até o puerpério (VIEIRA E PARIZOTTO, 2013). Diante
                 dessas colocações tornou-se imperativo investigar a respeito de tal tema, sendo que para isso, foi realizado um estudo sobre os níveis
                 de ansiedade e depressão em gestantes no território brasileiro. Para mensurar os níveis dessas alterações de humor foi utilizado a Escala
                 Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS). Objetivo: Avaliar o nível de ansiedade e depressão em gestantes que estão entre 30 e 34
                 semanas, atendidas pelo SUS, no território brasileiro. Método: A escala HADS é capaz de mensurar os níveis de ansiedade e depressão
                 em uma população não psiquiátrica, sendo de livre acesso. O número de testes que foram aplicados no total foi de 788, sendo que as
                 UBS selecionadas foram do Paraná e do Acre, escolhidas aleatoriamente. Além do HADS, um questionário sociodemográfico também
                 foi aplicado para contextualizar a situação social da gestante que estava participando do estudo. Posteriormente, foram entregues os
                 envelopes necessários em cada local, e um colaborador ficava responsável pela aplicação e envio por correio desses materiais para
                 que fossem analisados. Resultado: O estudo constatou que, 22,4% das gestantes tiveram resultados alterados de ansiedade, 13,2% para
                 depressão e 9,2% das mulheres participantes apresentavam níveis de ansiedade e de depressão simultaneamente. Conclusão: Diante
                 dos resultados já encontrados, torna-se fundamental a implementação de intervenções que possibilitem a redução desses sintomas
                 para que seja possível prevenir possíveis transtornos durante a gestação e no o puerpério da mulher. Essa pesquisa terá um segundo
                 desdobramento que irá avaliar a eficácia de um grupo de apoio com as gestantes que estiverem com alterações nos níveis de ansiedade
                 e depressão. A escala se mostrou de fácil aplicabilidade, podendo ser um auxílio aos profissionais que trabalham com gestantes nas
                 Unidades Básicas.



                 Aplicação do Planejamento e Programação Local em Saúde como Estratégia para
                 a Prevenção do Câncer do Colo de útero em uma Unidade de Saúde da Família no
                 Município de Vitória da Conquista-BA

                 Autores: ISABEL SOBRAL DANTAS; Maria Mariana dos Santos Tourinho; Felipe Alves Andrade; Luiz Gustavo de Araújo Tavares; Michela
                 Macedo Lima Costa. Instituição: Faculdade de Saúde Santo Agostinho Vitória da Conquista

                 Palavras-chave: Planejamento; Prevenção; Câncer do colo de útero
                 Introdução: O câncer do colo do útero é terceira neoplasia mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama e do
                 colorretal,  e  a  quarta  causa  de  morte  de  mulheres  no  Brasil.  Apresenta  fases  pré-invasivas  caracterizadas  por  lesões  precursoras
                 conhecidas como “neoplasias intraepiteliais cervicais” (NIC). As altas taxas de incidência e mortalidade por câncer cérvico-uterino deve-
                 se à baixa qualidade e cobertura do teste Papanicolaou. Tais lesões, se diagnosticadas precocemente, podem ser tratadas para que
                 não alcancem fases invasivas e malignas. Portanto, essa intervenção adotou o Planejamento e Programação Local em Saúde (PPLS),
                 que realiza um determinado recorte de realidade, com propostas de ações, realizada por atores sociais, em um processo que inclui
                 desenhar,  executar,  acompanhar  e  avaliar,  com  propósito  de  manter  ou  modificar  uma  determinada  situação  de  saúde.  Objetivo:
                 Incentivar à sensibilização e adesão das mulheres da área de abrangência da Unidade de Saúde da Família Morada dos Pássaros ao
                 exame citopatológico e a adoção de práticas preventivas por meio de informações e estratégias implementadas. Método: Trata-se de
                 um projeto de intervenção realizado no campo de prática na Unidade de Saúde da Família Morada dos Pássaros no município de Vitória
                 da Conquista-Ba, desenvolvido por estudantes de medicina da Faculdade Santo Agostinho, utilizando como ferramenta o PPLS. Os
                 sujeitos do processo foram os usuários e profissionais da unidade. Resultado: Foram realizadas ações como: sala de espera; busca ativa
                 na entrega de resultados de exames e agendamento para o exame citopatológico conforme preconizado pelo Ministério da Saúde; e um
                 dia “D” com uma oficina abordando sobre infecções sexualmente transmissíveis, demonstrando como utilizar preservativos e discutindo
                 mitos relacionados ao exame preventivo. As ações alcançaram os objetivos, comprovados por meios dos indicadores como presença,
                 depoimentos e registro no prontuário referente aos exames realizados. Conclusão: Conclui-se que é fundamental o estabelecimento de
                 intervenções educativas, humanizadas, equitativas que busquem o empoderamento das mulheres, autocuidado e estímulo à realização
                 do exame. A intervenção favoreceu ainda, a agregação de conhecimento acadêmico, correlação entre o conteúdo teórico e a aplicação
                 prática e formação futura de profissionais humanizados.

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