Page 156 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: PANDEMIA EIXO: PANDEMIA
A ESCOLA DE SAUDE DO CISMEPAR - CANAL DE COMUNICAÇÃO E APOIO REGIONAL EM
TEMPOS DE COVID19
Autores: VERUSHKA APARECIDA SILVÉRIO TERESA OLIVEIRA | Rossana Staevie Baduy, Silvia Karla Azevedo Vieira Andrade. Instituição:
Consorcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema - Cismepar
Palavras-chave: Educação permanente em saúde. Consórcio público de saúde. SUS.
O consorcio intermunicipal de saúde do Médio Paranapanema – Cismepar, é um consorcio público de saúde que abrange
os 21 municípios da região do médio Paranapanema. O Cismepar desenvolve um programa de atenção à saúde em nível de
média complexidade, com objetivo de promover a qualidade de vida por meio de ações de atenção à saúde e atendimento
especializado interdisciplinar. Este programa conta com uma escola de saúde que é responsável pela coordenação dos processos
de educação permanente e continuada voltada a qualificação, articulação e potencialização da atuação dos profissionais da
atenção primária a saúde distribuída pelos territórios dos municípios consorciados. Atua no apoio e suporte ao manejo clinico de
usuários com condições de saúde de baixa complexidade em seus próprios territórios. Destaca-se as atividades de capacitação
e matriciamento das redes de atenção a saúde e o modelo de atenção as condições crônicas e reumatologia. Em tempos de
COVID-19 e frente às medidas de distanciamento social, o aporte de novas tecnologias e estratégias se fez necessário, assim
foram suspensas as consultas agendadas e a partir de 23/03/2020 a equipe do Cismepar foi reorganizada para realização de
tele atendimentos e em complementariedade deu-se continuidade às atividades da escola de capacitação e matriciamento,
criou-se uma atividade de seleção de informações na temática do COVID-19 que poderiam subsidiar a atuação dos profissionais
de saúde em seus territórios. Foram elaborados e encaminhados aos gestores e equipes técnicas, um compilado de cursos
on line gratuitos e de curta duração disponíveis nas diferentes plataformas educacionais; fortaleceu-se os grupos de whatsapp
conectando profissionais da atenção primaria e da atenção especializada para apoio matricial on line e quase que em tempo
real para dirimir dificuldades durante seus atendimentos; foram criados espaços virtuais com datas e horários previamente
estabelecidos para encontros entre os profissionais acima citados para construção das melhores estratégias de cuidado aos
usuários, que devido a pandemia estavam impossibilitados de receber atendimento especializado presencial. Nesta vivencia em
contato com os profissionais em seus diferentes territórios, foi possível perceber o grande potencial do trabalhador do SUS em se
reinventar para o cuidado de seus usuário e na produção de um SUS ainda mais forte, conectado e resolutivo e sugerimos que
estas experiências e estratégias se tornem permanentes.
RELATO DE EXPERIÊNCIA: SAÚDE E MOVIMENTO ESTUDANTIL EM TEMPOS DE CRISE
Autores: LUCAS BRAGA MARTINS | Gabriela Thaís Silva, João Felipe Braga Martins. Instituição: Universidade do Centro-Oeste do Paraná
Palavras-chave: Movimento estudantil. Crise. Organização social.
As discussões sobre saúde em tempos de crise são importantes dentro do movimento estudantil, devido ao isolamento social
que acomete a população na atual conjuntura de saúde mundial. As articulações estudantis diminuíram e as atuações de cunho
político e representativo na universidade se tornaram mais desgastantes para os representantes estudantis, de tal forma que
podemos questionar a influência de tal crise na saúde dos estudantes. Visto isto, este relato tem como objetivo discorrer sobre a
experiência de um representante do movimento estudantil diante da pandemia do Covid-19 acerca da saúde dos estudantes. As
atividades desenvolvidas pelos movimentos estudantis são de suma importância para o direcionamento político e da educação
no país, bem como para a universidade, pois sua participação promove um amadurecimento político em seus estudantes e
consciência de coletividade, de pertencimento a um grupo. Ao considerar o movimento estudantil uma coletividade, os estudantes
desenvolvem uma noção de que o adoecimento é coletivo (como a saúde mental dos estudantes perante a pandemia), porém
a cura não precisa ser individual. Os indivíduos saem de modelo individual, no qual apenas regiam pelas suas necessidades e
privações, e passam a desenvolver uma visão coletiva. Dado isso, a instituição aderiu a quarentena e as atividades curriculares
foram suspensas, porém as discussões dentro da universidade aumentaram de forma gradativa, pensando em sua importância,
abrangendo temas como ensino a distância e colocando pautas que merecem nossa atenção e energia a favor de uma educação
de qualidade. Devido ao desamparo aos estudantes, causado pela pandemia e o estresse significativo diante do quadro, muitos
adoeceram, ficando sem suporte da universidade e dos colaboradores. Com isso, prejudicando não só a luta da educação dentro
da universidade, como também a saúde dos estudantes nessa linha de frente, colocando assim em cheque perspectivas sobre
saúde e luta estudantil. visto isso é recomendável uma melhor articulação entre os estudantes pertencentes dessa coletividade
(representantes ou não) para haver um cuidado em saúde dos sujeitos dentro do grupo.
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