Page 76 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
QUALIDADE DE VIDA DE HOMENS E MULHERES COM CÂNCER EM TRATAMENTO
PALIATIVO
Autores: CAMILA HARMUCH | Caroline Griebler Provin, Jessica Iliote Hardt, Luana Lenartovicz, Maria Isabel Raimondo Ferraz. Instituição:
Universidade Estadual do Centro-Oeste UNICENTRO
Palavras-chave: Câncer. Cuidados de enfermagem. Cuidados paliativos.
O cuidado paliativo apresenta-se como um tratamento que proporciona qualidade de vida para os pacientes que afrontam
doenças que ameaçam a sua vida, promovendo através da prevenção, alivio da dor e sofrimento a melhora no viver (CARVALHO;
PARSONS, 2012). Objetivou-se avaliar a qualidade de vida de homens e mulheres com câncer em tratamento paliativo. Trata-se
de pesquisa quantitativa realizada no período de agosto de 2018 a julho de 2019. Os dados foram coletados em um ambulatório
de oncologia em Guarapuava-PR, mediante um questionário para caracterização do perfil clínico e sociodemográfico e o
questionário FACIT-PAL14 (Functional Assessment of Chronic Illness Therapy Measurement System). Os dados foram organizados
em planilha de Excel®, analisados pelo SPSS® versão 22. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (COMEP)
da Universidade Estadual do Centro-Oeste, mediante parecer número 2.588.910, de 9 de abril de 2018. Os resultados permitiram
identificar que 59,4% dos participantes eram do sexo feminino, com a idade igual ou superior a 60 anos (62,4%). A localização do
tumor primário predominou no trato gastrointestinal (23,4%), seguido dos órgãos reprodutores (20,3%) e câncer de mama (18,8%).
Com relação a presença ou não de metástase (70,3%) dos entrevistados responderam sim. Relacionado a qualidade de vida, as
mulheres (34,2%) demonstram maior insatisfação com a sua qualidade de vida. A presença de metástase (15%) e a dor (14%) foram
fatores que contribuíram igualmente para qualidade de vida ruim. Pacientes com tumor primário no sistema reprodutor (38%)
foram os que mais referiram que a qualidade de vida se encontra ruim. Nas pacientes que apresentaram câncer de mama (66,7%)
a qualidade de vida foi considerada como mediana. Concluiu-se que o cuidado paliativo necessita ser avaliado e implementado
nos serviços de saúde, e deve estar voltado para o atendimento das reais necessidades das pessoas com câncer em tratamento
paliativo, considerando que cada paciente possui sua singularidade. Referências: CARVALHO R. T.; PARSONS, H. A. Manual de
cuidado paliativo ANCP. São Paulo: Academia Nacional de Cuidados Paliativos. 2. ed.; 2012
RELAÇÃO ENTRE ABORDAGEM DA FISIOTERAPIA BASEADA NO ACONSELHAMENTO E
ADOÇÃO DE COMPORTAMENTOS SAUDÁVEIS DE IDOSOS APÓS PRIMEIRO EPISÓDIO DE
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO
Autores: GABRIELI TABALDI | Fernanda Emanuelle Viomar Rocha, Leisly Carolini Maurer, Maiara Fonseca, Maria Beatriz Cardoso de
Almeida, , Josiane Lopes. Instituição: Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO
Palavras-chave: Acidente vascular cerebral. Aconselhamento. Estilo de vida.
Introdução: O acidente vascular encefálico (AVE) promove um impacto negativo na vida e condições de saúde dos indivíduos
sendo necessário a adoção de hábitos e comportamentos saudáveis para melhorar a qualidade de vida dos indivíduos
acometidos. Objetivo: Analisar a associação entre recebimento de orientações e a adoção de comportamentos saudáveis entre
idosos após primeiro episódio de AVE. Método: Foi realizado um estudo transversal por meio de entrevista realizada no ano de
2019 com indivíduos idosos com diagnóstico de AVE que realizavam atendimento fisioterapêutico em uma clínica-escola de uma
instituição de ensino superior. Os indivíduos foram investigados quanto ao nível de orientação disponibilizado pelos acadêmicos
de fisioterapia quanto à alimentação saudável, higiene do sono, prática de atividades físicas e adaptação ergonômica domiciliar
após a ocorrência do AVE e os hábitos adotados quanto a tais condições questionadas. Foi utilizado regressão de Poisson para
estimar razões de prevalência (RP) brutas e ajustadas das associações entre recebimento de orientações e adoção de hábitos
saudáveis. Resultado: Foram incluídos 42 idosos com média de idade de 78,7 ± 5,7 anos sendo 34 com diagnóstico de AVE do tipo
isquêmico e 8, AVE do tipo hemorrágico, todos apresentavam hemiparesia e sem déficits cognitivos e 10 indivíduos utilizavam
algum dispositivo auxiliar para marcha. Os indivíduos que referiram receber orientações dos acadêmicos de fisioterapia relataram
melhorar o sono (RP 1,78; IC95% 1,41;1,91), reduzir o consumo de alimentos com conservantes, doces e gorduras saturadas (RP
1,20; IC95% 1,08;1,36), melhoram sua independência funcional após adaptação ergonômica (RP 1,29; IC95% 1,07; 1,42) e maior
prática de atividade física (RP 1,17; IC95% 1,06;1,39), em comparação aos indivíduos que não receberam orientação. Conclusão:
A abordagem da fisioterapia quando institui orientações parece favorecer a prática de hábitos saudáveis em indivíduos após
o AVE e, portanto contribuir para melhorar as condições de vida e saúde desta população, mesmo diante das limitações e
incapacidades.
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