Page 78 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO AMBULATÓRIO DE DIABETES INSULINODEPENDENTE
NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
Autores: KÁTIA SANTOS DE OLIVEIRA | Roger Bruno Rodrigues , Franciele Carvalho de Souza, Fernanda Fabrin da Silva, Marilda Kohatsu,
Olga Pereira Soares. Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Londrina
Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde. Atuação multiprofissional. Promoção à saúde.
Caracterização do problema: A unidade de saúde Jardim do Sol, apresenta predomínio de população adulta/idosa. Com diversas
comorbidades relacionadas a condições crônicas de saúde, dentre elas o diabetes mellitus, destes, aproximadamente 10% estão
em insulinoterapia. Fundamentação teórica: Observa-se que usuários insulinodependentes, apresentam como característica
baixa adesão ao tratamento e ao acompanhamento/monitoramento de rotina. Descrição da experiência: Durante reuniões de
matriciamento pensou-se em estratégias de acompanhamento destes usuários. E a partir de um Brainstorm, surgiu a ideia de um
ambulatório de diabetes insulinodependente. O ambulatório foi proposto para que aconteça mensalmente, com a participação
das médicas das equipes A e B, enfermagem, ACS, farmacêutico, nutricionista e fisioterapeuta. A participação no ambulatório
foi vinculada a lista de usuários, partindo inicialmente dos resultados de exames laboratoriais, seguindo o critério de apresentar
os piores resultados, considerando principalmente a Hb glicada. Ao serem convidados os usuários recebem uma data de
agendamento de novos exames e de consulta. No atendimento, a enfermagem realiza a pré-consulta e com a ACS, auxilia no
fluxo dos usuários junto com o farmacêutico que avalia o uso e cuidados com insulina e demais medicamentos, e auxilio no
enfrentamento técnico e emocional da insulinoterapia. A nutricionista realiza a avaliação antropométrica, avaliação dos resultados
dos exames e prescrição dietética. A fisioterapeuta realiza a avaliação dos pés, orientação de cuidados com neuropatia diabética,
e realização de atividade física, com oferta dos grupos da UBS. Na consulta médica é realizada adequação da prescrição e
avaliação do quadro clínico geral. Efeitos alcançados: Desde 2018 a maioria dos usuários passaram por pelo menos uma consulta,
foram elaborados planos terapêuticos durante os atendimentos, a partir das dúvidas e dificuldade dos usuários e avaliação do
profissional, com boa evolução dos casos em que os usuários conseguiram assimilar na rotina o plano proposto. Recomendações:
Alguns obstáculos precisam ser enfrentados para melhor seguimento do ambulatório, dentre eles a limitação de agenda dos
profissionais, o envolvimento da família no processo de cuidado de usuários com dificuldades cognitivas ou de locomoção, como
os restritos ao domicílio, em que o acompanhamento fica sob responsabilidade da equipe de PSF, com apoio multiprofissional nos
casos de maior necessidade.
ACONSELHAMENTO SOBRE ESTRATÉGIAS DE ESTIMULAÇÃO COGNITIVA E ADOÇÃO DE
COMPORTAMENTOS SAUDÁVEIS DE IDOSOS
Autores: FERNANDA EMANUELLE VIOMAR ROCHA | Leisly Carolini Maurer, Gabrieli Tabaldi, Isadora Rodrigues de França, Mariana Bee
Borges , Josiane Lopes. Instituição: Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO
Palavras-chave: Saúde do Idoso. Cognição. Aconselhamento.
Introdução: Indivíduos idosos tendem a apresentar um declínio de funções executivas, sobretudo as envolvidas em atividades
que requerem utilização da memória, raciocínio rápido e tomada de decisões. Há muitas estratégias para se potencializar a
cognição, entretanto na prática clínica as condições são vinculadas a uma abordagem que envolve mais orientações e conselhos
à execução de atividades. Objetivo: Analisar a associação da prática do aconselhamento sobre técnicas de estimulação cognitiva
e a adoção destas técnicas na vida diária por idosos saudáveis. Método: Foi realizado um estudo com indivíduos idosos saudáveis,
participantes de dois grupos de atividade física para terceira idade mas que não haviam recebido nenhum tipo de treinamento
cognitivo específico. O grupo A assistiu 3 palestras abordando as temáticas: 1) Estimulação cognitiva na vida diária e sua
importância; 2) Estratégias que melhoram a memória e o raciocínio; 3) Treinamento cerebral. As palestras tinham duração de 30
minutos e eram realizadas antes da prática da atividade física. O grupo B não recebeu nenhuma orientação durante a realização do
estudo. As palestras eram ministradas por fisioterapeuta especialista em Fisioterapia Neurofuncional. Dois meses após a realização
das palestras, ambos os grupos foram entrevistados quanto à adoção de atividades cognitivas na sua rotina de vida diária. Na
análise dos dados foi utilizado regressão de Poisson para estimar razões de prevalência (RP) brutas e ajustadas das associações
entre recebimento de orientações e adoção dos hábitos e comportamentos referente à estimulação cognitiva. Resultado: Foram
incluídos 83 idosos com média de idade de 70,4 ± 5,7 anos. O grupo de indivíduos que recebeu orientações com as palestras
relataram consumir mais alimentos que potencializam a memória (RP 1,50; IC95% 1,32;1,71), tentaram adotar 2 ou mais estratégias
de estímulo da memória (RP 1,36; IC95% 1,19;1,48) e maior utilização do raciocínio em tarefas do dia a dia (RP 1,31; IC95% 1,11;1,59), em
comparação aos indivíduos que não receberam orientação. Conclusão: A realização de orientações, mesmo em grupos, parece
favorecer a adoção de hábitos e estratégias que potencializam a memória e, portanto contribuem para melhorar as condições de
vida e saúde dos idosos.
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