Page 83 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES – MATRICIAMENTO DE SHANTALA NA
ATENÇÃO PRIMÁRIA
Autores: ADRIANA YUKI IZUMI | Jucelei Pascoal Boaretto, Clariana Fernandes Muniz Rocha, Eliane dos Santos Lemes, Rafaela Weidmann,
Vânia Cristina da Silva Alcantara. Instituição: Prefeitura de Londrina - Secretaria Municipal de Saúde
Palavras-chave: Práticas integrativas e complementare. Shantala. Atenção Primária em Saúde.
Caracterização do problema: Atendimento ao binômio mãe-filho dentro do Sistema Único de Saúde visa a universalidade e
integralidade do cuidado. As Práticas Integrativas e Complementares buscam resgatar a corresponsabilização do indivíduo
durante seu tratamento de saúde. Fundamentação teórica: A Política Nacional de Atenção Básica e a Política Nacional de
Práticas Integrativas e Complementares estão relacionadas ao cuidado integral da saúde e a participação popular. Shantala é
uma massagem que promove o vínculo entre mãe-filho e benefícios biopsico-sociais na criança. Considerar o uso das mesmas
por profissionais durante o cuidado com a criança, visa repassar tal conhecimento as mães, potencializando o cuidado e o
binômio mãe-filho. Descrição da experiência: A Secretaria Municipal de Saúde através da Diretoria de Atenção Primária à Saúde,
com o Grupo Técnico em Shantala, constituído por servidoras de diferentes categorias (enfermagem, psicologia e fisioterapia),
formadas na Prática Integrativa e Complementar Shantala, disponibilizou, após alguns encontros formativos entre as mesmas, o
matriciamento destinado aos profissionais que atuam na Atenção Básica e que acompanham o crescimento e desenvolvimento
infantil: Oficina de Formação em Shantala na Atenção Básica. A primeira turma, com 79 inscritos, aconteceu em 16/08/2019 e a
demanda e interesse dos funcionários permitiu que a segunda turma fosse realizada no dia 11/10/2019, com 53 inscritos. Efeitos
alcançados: Os profissionais aprenderam a técnica da Shantala, através de aula expositiva e prática. Os temas abordaram desde
a origem da massagem, os benefícios físicos e emocionais no bebe e na relação desse com a mãe, alguns aspectos biológicos
e recomendações, além do relato de experiências exitosas. A parte prática foi realizada com a presença de bebê e mãe que
são atendidos na Unidade Básica de Saúde, o que proporcionou uma explicação mais detalhada e real do procedimento. Os
alunos foram incentivados a reproduzirem o aprendizado nos seus locais de trabalho e, alguns instituíram nos atendimentos da
puericultura compartilhada. Para uma melhor aplicabilidade foi fornecida apostila, formulada pelos docentes. Recomendações:
Percebe-se que através das Oficinas de Matriciamento em Shantala, a Secretaria Municipal de Saúde, alcançou a capacitação
de servidores interessados em ampliar e melhorar sua prática, além de contar com a parceria e comprometimento de servidoras
formadas que assumiram o projeto com excelência.
IMPLANTAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA (APS) NO SISTEMA SUPLEMENTAR: RELATO DE
EXPERIÊNCIA
Autores: ANA PAULA FERRAIS DA SILVA | Daiane Tomaz da Silva, Marenilda Coutinho de Lima, Daniele Maria Pereira, Larissa Beraldi
Rigonato, Fernanda Caroline Berto Moreira. Instituição: Unimed SAÚDE
Palavras-chave: APS. Médico de Família. Comunidade.
Caracterização do problema: este relato de experiência tem como objetivo descrever o processo de implantação de uma
unidade de Atenção Primária em uma operadora de saúde na cidade de Londrina (PR). Fundamentação teórica: A atenção
primária é o centro das políticas de saúde em muitos países e seus principais pontos fortes são: registro de saúde único, médico
da atenção primária, bom acesso aos cuidados primários, localização e rapidez de acesso, médico com função de “porteiro” para
os cuidados especializados e atenção primária ao longo da vida. Nestes países houve melhora na gestão de doenças crônicas,
associada à melhora da qualidade com múltiplas estratégias entre elas o pagamento por desempenho. Descrição da experiência:
a operadora optou em um primeiro momento por não criar um plano específico e sim oferecer a experiência de atendimento a
uma população definida, excluindo crianças do atendimento. Realizou-se a contratação de médicos cooperados com título de
especialista de Médico de Família e Comunidade pela sociedade, de maneira a garantir a qualidade do atendimento dentro das
normas da especialidade. Cada equipe foi constituída por médico, enfermeira e um técnico de enfermagem e cada equipe se
responsabilizou por 1500 vidas, em quatro equipes. Neste primeiro momento optou-se por rede secundária e terciária aberta.
Efeitos alcançados: a implantação do sistema APS na operadora ocorreu de acordo com as expectativas iniciais e no período
de um ano foram atendidos 1331 beneficiários. As doenças agudas e crônicas mais frequentes foram aquelas que prevalecem
na população geral. Foi realizada pesquisa de satisfação e a maioria dos beneficiários classificou o atendimento como ótimo
e bom. Embora ainda não se tratasse de um plano exclusivo de APS, caminhou-se para esta direção e a experiência adquirida
com o atendimento que se iniciou foi fundamental para amadurecimento da equipe e melhor estruturação do plano exclusivo
APS. Recomendações: o modelo de atendimento baseado em Atenção Primária é bastante promissor e recomenda-se que seja
trabalhado dentro de uma carteira especificamente criada para este modelo, uma vez que mantida a rede aberta torna-se muito
difícil manter a coordenação de cuidado. O fato de não se atender a família completa (crianças) também traz implicações no
resultado. O tipo de pagamento do honorário médico não deve ser no modelo “fee for service” e sim em modelo misto.
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