Page 86 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE  EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE



                 HÁBITOS ALIMENTARES E ESTILO DE VIDA DE ADULTOS E IDOSOS DA CIDADE DE
                 LONDRINA – PARANÁ

                 Autores: BRUNA MANCHINI MILANI | Lucievelyn Marrone. Instituição: Centro Universitário Filadélfia
                 Palavras-chave: Estilo de vida. Hábitos alimentares. Obesidade.

                 Introdução: No Brasil, as doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) correspondem à 72% das causas de morte no país. Se
                 antes o problema do país era a desnutrição, o aumento do consumo de alimentos industrializados em detrimento de alimentos
                 in natura contribuiu para o aumento de sobrepeso e consequente prevalência da obesidade, podendo acarretar em DCNTs.
                 Objetivo: Caracterizar a população de um município do norte do Paraná segundo variáveis sociodemográficas, hábitos de vida e
                 alimentação, possibilitando fornecer informações que auxiliem na elaboração de estratégias e políticas públicas. Metodologia:
                 Estudo transversal, realizado com 148 indivíduos com idade mínima de 19 anos, de ambos os sexos, com exclusão de gestantes,
                 residentes  em  Londrina/PR.  O  questionário  aplicado  abrange  dados  pessoais,  nível  de  atividade  física,  consumo  de  água,
                 patologias gerais associadas e uso de medicamentos contínuos. A avaliação do estado nutricional é feita por meio de avaliação
                 antropométrica, inquérito alimentar, determinação da glicemia pós-prandial e pressão arterial. Para análise dos dados foram
                 realizadas frequências e tabelas de referências cruzadas no programa Statistical Package for the Social Science (SPSS), versão
                 26.0. Resultados: Dos 148 indivíduos, cerca de 60% referem-se a adultos, enquanto o restante corresponde a idosos, sendo que
                 ocorre maior proporção de mulheres nas duas faixas etárias. Os dados obtidos indicaram que a maior frequência da população
                 consome entre 1 a 2 litros diários de água, praticam atividade física e consomem alimentos assistindo TV. Considerando o IMC
                 da população estudada, 36,1% são classificados como obesidade, 35,4% como sobrepeso e apenas 25,9% são considerados
                 eutróficos. Quanto ao consumo de alimentos da população, esta indicou majoritariamente (cerca de 70% dos indivíduos) consumo
                 de feijão e frutas frescas no dia anterior à entrevista. Sobre o consumo de alimentos embutidos e industrializados, cerca de
                 70% da população alega não ter consumido no dia anterior, todavia, observou-se elevado consumo de bebidas adoçadas. O
                 consumo de doces e guloseimas foi observado em 40% dos casos. Conclusão: Embora a população de Londrina - PR refira
                 possuir hábitos de vida saudáveis, é notória a alta prevalência de sobrepeso e obesidade, baixa ingestão hídrica, alta ingestão de
                 bebidas adoçadas e doces, além do consumo de alimentos assistindo TV.



                 ESTUDO SOBRE O RISCO CARDÍACO PELO ESCORE DE FRAMINGHAM DE HOMENS NO
                 NORTE DO PARANÁ

                 Autores: NATÁLIA MARIA MACIEL GUERRA SILVA | Simone Cristina Castanho Sabaini de Melo, Ricardo Castanho Moreira, Cristiano
                 Massao Tashima, Fábio Seiva, Débora de Mello Gonçales Sant’ana. Instituição: Universidade Estadual do Norte do Paraná
                 Palavras-chave: Atenção primária. Risco cardiovascular. Saúde do Homem.

                 Introdução: Desde sua criação, o sistema de saúde no Brasil é predominantemente voltado à atenção materno-infantil. Em
                 contrapartida, a cultura do autocuidado e proximidade com a unidade básica de saúde não foi igualmente difundida entre a
                 população masculina1. Em 2009 foi criada Política Nacional de Atenção Integral a Saúde do Homem (PNAISH), porém está política
                 não possui um cronograma com metas e indicadores de saúde específicos. Os homens têm maior taxa de morbi-mortalidade por
                 causas externas, doenças cardiovasculares (DCV). Entretanto, evidencia-se uma escassez de produção científica nesta temática,
                 são mínimos os investimentos em programas de saúde e políticas públicas que visam efetivar o cuidado integral a saúde dos
                 homens com aplicabilidade e resolutividade, além das dificuldades de acesso encontradas por trabalhadores de período integral1.
                 Os dados acerca da condição de saúde dos homens são preocupantes, portanto a pesquisa científica levantou dados para
                 divulgá-los na expectativa de pautar a implementação efetiva da PNAISH. Objetivo: Verificar a condição de saúde de homens em
                 uma região no norte do Paraná. Método: Aprovado pelo comitê de ética com CAAE: 19156413.9.0000.5403. Trata-se de um estudo
                 quantitativo descritivo exploratório. Os dados foram coletados por busca ativa e demanda espontânea entre 2014 e 2019, em três
                 cidades do norte do Paraná, através de questionário semi-estruturado, exame clínico e coleta de sangue. Os resultados foram
                 tabulados e analisados por Microsoft Office Excel 2007 e software Stata 11 para análises descritivas e teste do Chi-quadrado.
                 Resultados: Participaram da pesquisa 1153 homens. Na estratificação do risco cardíaco pelo escore de Framinghan verificou-se
                 que (2; 0,18%) possuíam risco muito baixo, (857;74,32%) estavam com risco baixo; (199; 17,26%%) possuíam risco moderado e (95;
                 8,14%) estavam com elevado para desenvolver doença cardíaca nos próximos 10 anos4. Conclusão: A condição de saúde dos
                 homens é preocupante pois quando somasse o risco moderado e elevado (25,5%), que é quando deve acontecer a intervenção
                 nos fatores modificáveis na atenção primária, mas se homem não vai a UBS, os problemas se agravam. Por isso a pesquisa, assim
                 como a divulgação científica devem ser instrumentos para a efetivação das políticas públicas em saúde do homem, visando a
                 garantia do seu direito social à saúde com equidade em relação às outras populações.



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