Page 82 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE  EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE


                 PLANTAS MEDICINAIS E GESTAÇÃO: PERCEPÇÃO DAS GESTANTES QUANTO AS
                 ORIENTAÇÕES RECEBIDAS DURANTE O PRÉ-NATAL

                 Autores: FABIANE CHEROBIN | Marilene da Cruz Magalhães Buffon, Denise Siqueira de Carvalho. Instituição: Universidade Federal do
                 Paraná
                 Palavras-chave: Gestação. Plantas medicinais. Pré-natal.
                 Introdução: Durante as consultas de pré-natal deve ser oportunizado à gestante orientações, inclusive sobre o uso de plantas
                 medicinais, pois elas utilizam para amenizar os sintomas comuns da gestação. Objetivos: Avaliar a qualidade das orientações
                 recebidas durante o pré-natal pelos profissionais de saúde sobre o uso de plantas medicinais sob a ótica das puérperas. Método:
                 Trata-se de pesquisa exploratória e descritiva com abordagem quanti-qualitativa, realizada em uma maternidade pública, no
                 sul do País, no período de 01 de maio a 31 de julho de 2019. Integraram a pesquisa 179 puérperas. Com critérios de inclusão:
                 Assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido; acompanhamento do pré-natal no município, gestação independente
                 do grau de risco; puérperas em que o bebê estava em internamento na Unidade de Terapia Intensiva neonatal; que tiveram
                 fetos natimortos e mulheres em situação de abortamento. Excluídas aquelas com déficit cognitivo que fossem impeditivos para
                 responder  ao  questionário.  Para  análise  dos  dados  foram  aplicados  o  modelo  estatístico  EPI-INFO  e  o  site  OPENEPI.  Foram
                 realizadas análises bivariadas e utilizados, os testes de qui- quadrado ou exato de Fisher. Critério de p> 0,05. Resultados Parciais:
                 A faixa etária predominante das puérperas que fizeram uso de plantas medicinais na gestação (32,81%), está compreendida entre
                 18 – 24 anos. São casadas (41,07%), com renda familiar de 1- 2 salários mínimos (36,08%) e ensino superior incompleto (30,39%).
                 O acompanhamento da gestação no SUS, com 33,75%, iniciando a supervisão da gravidez no 1º trimestre em 33,75% dos casos
                 e fizeram 7 ou mais consultas de pré-natal (35,57%). As participantes da pesquisa ingeriam plantas medicinais antes da gravidez
                 (54,76%) e continuaram até o nascimento do filho. Com relação as orientações fornecidas pelos pré- natalistas, 30,86% disseram
                 que foram orientadas sobre os riscos do consumo de chás, no entanto, não houve diferença estatisticamente significativa (p=
                 0,5249) no grupo que foi bem orientado sobre o uso de chás. Quando perguntado sobre o uso, 88,24% referiram ter comunicado
                 ao profissional. Quando questionadas sobre qual recurso utilizam quando ficam doentes, 59,57% responderam que optam pelas
                 plantas medicinais por ser mais prático (35%). Conclusão: As orientações durante as consultas de pré-natal não foram um fator
                 influenciador no uso de chás, pelas gestantes




                 DADOS PRELIMINARES COM HIPÓTESE DIAGNÓSTICA DE TRANSTORNO DE HIPERATIVIDADE
                 E DÉFICIT DE ATENÇÃO (TDAH) EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA FASE ESCOLAR

                 Autores: ÉRICA CRISTINA PEREIRA. Instituição: Prefeitura Municipal de Londrina
                 Palavras-chave: Saúde mental. TDAH. Atenção primária.
                 Observa-se aumento significativo dos encaminhamentos dos educadores de modo geral para a avaliação da hiperatividade ou do
                 déficit de atenção, desde a mais tenra idade até final da adolescência. Normalmente, a demanda dos educadores é por avaliação
                 com neurologista ou neuropediatra, ainda, muitas crianças/adolescentes comparecem na unidade de saúde com a rotulação de
                 que “é necessário um remedinho”. Constatam-se definições diagnósticas e prescritivas de psicotrópicos por parte dos educadores,
                 que sugerem a ritalina como um remédio que ajudará o aluno a superar suas dificuldades de aprendizagens. Esta pesquisa
                 ocorreu ao longo do ano de 2019, a respeito da demanda das crianças/adolescentes, que compareceram às unidades de saúde
                 encaminhadas pela educação para avaliação psicológica, sobretudo com a queixa de Transtorno de Hiperatividade e Déficit de
                 Atenção (TDAH). Após, a avaliação inicial na atenção básica, o CAPS Infantil realiza uma avaliação secundária, porém, definidora
                 para o diagnóstico de TDAH, pois sendo caracterizado o transtorno aquele passaria a ser atendido na Políclinica. Apresentam-se
                 dados parciais referentes a uma região do município de Londrina/PR, coletados no cotidiano de quatro Unidades Básicas de
                 Saúde, a partir das demandas de saúde mental infanto-juvenil na atenção básica. O objetivo é identificar dados quantitativos
                 de  encaminhamentos,  conforme  o  fluxograma  do  município  para  o  tratamento  do TDAH,  o  qual  prescinde  de  intervenções
                 especializadas e multiprofissionais. Os dados parciais ajudam no aprimoramento do protocolo vigente qualificando o fluxo, de
                 modo a diminuir filas de espera na especialidade de neurologia, qualificar as avaliações e reduzir a problemática da aprendizagem
                 em  um  simples  diagnóstico  de TDAH.  Como  resultado,  houve  34  encaminhamentos  suspeitos  para  o  diagnóstico  de TDAH
                 sendo que 26 eram meninos e 9 meninas avaliados numa faixa etária entre os 7 aos 14 anos. Verificou-se a concentração de
                 encaminhamentos por faixas etárias dos 7 anos – período de início da educação formal - e a idade de 9 anos, cuja mudança de
                 escola está por acontecer. Portanto, a maioria dos casos não condizia com os critérios diagnósticos havendo a necessidade de
                 outros profissionais na rede de saúde e da educação para realizar intervenções individuais ou intersetoriais, de modo que, as
                 dificuldades de aprendizagens merecem ser tratadas junto as famílias, a escola e a saúde.



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