Page 80 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE  EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE



                 CARACTERIZAÇÃO DA PUERICULTURA EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE NA CIDADE
                 DE LONDRINA

                 Autores: NATÁLIA FABIANE RIDÃO CURTY | Maria Isabel Muller, Josiane Nunes Maia, Juliana Aparecida Ferreira, Aline Vilasboas Rosa ,
                 Cinthia Marina do Nascimento. Instituição: Prefeitura Municipal de Londrina

                 Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde. Saúde da criança. Puericultura.
                 Introdução: A puericultura consta do acompanhando da criança durante o crescimento e desenvolvimento, tendo um papel
                 importante de promoção em saúde e prevenção de doenças futuras. O cuidado da criança inicia-se na atenção primária a saúde
                 e demanda olhares multiprofissionais para um cuidar mais humanizado e integral. O conhecimento da sua população e fatores de
                 risco são essenciais para aprimoramento dentro do serviço. Objetivo: Analisar características dos pacientes menores de um ano
                 de idade, que fazem puericultura na Unidade Básica de Saúde Campos Verdes, e identificar os principais fatores de fragilidade
                 envolvidos. Métodos: Estudo descritivo observacional do tipo transverso realizado de forma retrospectiva por análise de prontuário.
                 A amostra consta de pacientes atendidos menores de um ano de idade, residentes na área de abrangência da Unidade, no período
                 de fevereiro de 2019 a 2020. Foram analisados variáveis relacionados ao período pre natal, parto, aleitamento e acompanhamento.
                 Resultados: Dos 133 pacientes 55,63% eram do sexo feminino, a idade materna variou de 15 a 41 anos com média de 26 anos,
                 cerca de 80% das mães possuem escolaridade maior que oito ano, 71 gestações (53,28%) foram planejados, 85% (n=114) fizeram
                 mais que seis consultas do pré natal, cerca de 50% (n=66) das gestações apresentaram alguma complicação, dessas 14 (21%)
                 hipertensão arterial, 8 (12%) diabetes, 8 (12%) infecção do trato urinário. Durante o pré natal 9 (6,76%) tiveram sorologias positivas
                 sendo sífilis (n=7) o mais comum. A respeito do parto 122 (91,72%) foram parto a termo, 69 (52%) foram parto cesárea, apenas 4 (3%)
                 tiveram apgar baixo após o quinto minuto sendo todos a termo e parto vaginal. A primeira consulta com a enfermagem ocorreu
                 em média com 23 dias de vida e 95 dias a médica, 89% dos pacientes passou por consulta médica. Cerca de 22% (n=29) perderam
                 seguimento de puericultura na Unidade com média de 2,3 meses de acompanhamento desse grupo. Das acompanhadas 15%
                 apresentavam comorbidades, sendo 25% (n=5) lactente sibilante, 25% (n=5) alergia a proteína do leite de vaca. Dos paciente em
                 acompanhamento 70% (n=73) persistem em aleitamento materno, este que foi suspenso em 24% (n=32), o desmame ocorreu 37%
                 em menos de 30 dias de vida e mais de 80% antes dos 6 meses. Conclusão: O estudo apontou fragilidades como puericultura
                 inicio tardio, desmame precoce, perda de seguimento, necessitando novos estudos de característica analítica e intervencionista.



                 AMBULATÓRIO DE DIABETES: UM CUIDADO MULTIPROFISSIONAL

                 Autores: SANDRO CESAR FELICIANO | Sandra Cristina Cavalli Moisés, Marta Matveichuk da Silveira, Renata Freitas Albieri. Instituição:
                 Secretaria Municipal da Saúde de Londrina

                 Palavras-chave: Diabetes. Cuidado. Multiprofissional.
                 Caracterização do problema: A Diabetes Mellitus é um dos principais problemas de saúde pública do mundo, trata-se de uma
                 síndrome metabólica crônica e sua incidência é crescente. Em 2017, no mundo, foram 4 milhões de mortes causadas pela doença,
                 na América do Sul e México foram mais de 200 mil adultos com idade entre 20 e 79 anos. No Brasil 12,5 milhões de pessoas estão
                 diagnosticadas com diabetes. Fundamentação teórica: A Diabetes Mellitus é causa de diversas complicações microvasculares
                 como retinopatias e nefropatias e macrovasculares, incluindo infarto agudo do miocárdio e acidente vascular encefálico. Ainda
                 não existe cura para a doença, mas é possível ser controlada ou mesmo retardar as sequelas com o tratamento farmacológico
                 e não farmacológico adequado. Muitos pacientes desenvolvem complicações ou não conseguem o controle da doença por
                 desconhecimento de todos os componentes do tratamento, acreditando que somente a medicação seja suficiente, desta forma
                 uma boa orientação, com ferramentas estratégicas podem auxiliar o indivíduo para um bom convívio com o Diabetes. Descrição
                 da experiência: nos anos de 2018 e 2019, em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de Londrina (PR) realizou-se um atendimento
                 multiprofissional denominado ambulatório de Diabetes, como o objetivo de melhorar a adesão ao tratamento e alcançar um controle
                 mais efetivo da doença. Os atendimentos foram realizados mensalmente, cerca de 200 pacientes receberam orientações referentes
                 a:  adesão  ao  tratamento  farmacológico,  incluindo  técnicas  de  aplicação  e  armazenamento  correto;  avaliação  neuromuscular,
                 orientações para prática de atividade física regular e orientação nutricional adequada. Participaram dos ambulatórios profissionais
                 das áreas de Farmácia, Fisioterapia, Educação Física e Nutrição. Os atendimentos foram atrelados ao dia da consulta médica
                 e tiveram duração aproximada de 20 a 30 minutos com cada profissional. Efeitos alcançados e recomendações: observou-se
                 uma maior interação entre os pacientes com a equipe multiprofissional, proporcionando o relato das dificuldades em seguirem
                 o tratamento, além de solucionar dúvidas e oferecer estratégias para a adesão e sucesso do tratamento. Recomenda-se que
                 atendimentos multiprofissionais sejam mais frequentes em todas as Unidades de Saúde, não ficando apenas centrado na questão
                 medicamentosa, além de implementar um sistema de avaliação da efetividade do programa.



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