Page 116 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
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                     como  portadores  de  hipertensão  arterial  sistêmica  (HAS).  Foram  acessados  os  258
                     prontuários  eletrônicos,  onde  19  prontuários  estavam  incompletos  e  foram  descartados,
                     totalizando 239 que foram utilizados para preenchimento do questionário. A idade dos idosos
                     variou entre 60-93 anos (média de 68,7 anos), sendo divididos em 173 (72,39%) apenas com
                     HAS e 66 (27,61%) pacientes com HAS e Diabetes mellitus. Dentre os idosos, 152 possuem
                     algum  outra  comorbidade  (como  doenças  cardiovasculares,  insuficiência  renal  e
                     hipotireoidismo),  87  não  apresentam  outra  comorbidade.  A  maioria  (87,03%)  dos  idosos
                     apresentou nível de escolaridade ensino fundamental, seguidos de 10,88% com ensino médio
                     e 2,09% com ensino superior. O estado nutricional dos pacientes foi avaliado da seguinte
                     forma: 7,12%(n=17) apresentaram baixo peso, 41,84% (n=100) estavam eutróficos e 51,04%
                     (n=122)  estavam  sobrepeso.  Sobre  o  histórico  de  utilização  dos  serviços  de  saúde,  59
                     (29,69%)  idosos  haviam  sido  encaminhados  apenas  para  exames  gerais  e  180  (75,31%)
                     encaminhados  para  um  especialista  nos  últimos  6  meses.  Em  relação  ao  uso  de
                     medicamentos, 56,07% (n=133) estavam tomando de 0 a 3 medicamentos, 31,8% (n=76)
                     tomando 4 ou mais, e 12,13% (n=29) estavam com essa informação incompleta no prontuário.
                     Conclusão:  Os  resultados  apontam  condições  de  saúde  dos  idosos  que  evidenciam  a
                     necessidade dessa população ser assistida pelo serviço de saúde com ações de promoção
                     e prevenção em saúde, para estimular hábitos de vida saudáveis e prevenir complicações.


                     POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA: ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA

                     Autores:  GRAZIELI  DE  FREITAS  SANTOS  |  CAROLINE  MANOEL  NETTO,  LUCIMARA
                     VICTORINO  CARDOSO  PAIS  DOS  SANTOS,  REGINA  CÉLIA  BUENO  REZENDE
                     MACHADO. Instituição: Universidade Estadual de Londrina

                     Palavras-chave: População em Situação de Rua; Pandemia; Vulnerabilidade Social
                     Caracterização  do  problema:Uma  das  dificuldades  enfrentadas  pela  População  em
                     Situação de Rua (PSR) é o acesso aos serviços de saúde, em 2020 com a pandemia do novo
                     coronavírus,  e  o  crescente  número  de  casos,  o  município  de  Londrina-PR  por  meio  da
                     estratégia Consultório na Rua (eCR) e parcerias externas, passou a ofertar três novos abrigos
                     emergenciais,  cada  abrigo  apresenta  capacidade  máxima  de  cinquenta  pessoas.
                     Justificativa:A vulnerabilidade social pode ser vista como um agravante para as condições
                     de saúde. A vivência do profissional de saúde, permite refletir as mudanças causadas pela
                     pandemia  e  subsidia  a  elaboração  de  novas  políticas  que  atendam  as  necessidades
                     biopsicossociais dos usuários. Objetivo:Descrever estratégias utilizadas para enfrentamento
                     do novo coronavírus pela PSR. Descrição da experiência:Para diminuir a exposição da PSR
                     uma estratégia é oferecer abrigo e certificar a ausência de sintomas respiratórios. A eCR de
                     Londrina realiza busca ativa, atendimento à demanda espontânea, ações intersetoriais e faz
                     avaliação  do  usuário  antes  de  ser  encaminhado  ao  abrigo.  A  média  mensal  de
                     encaminhamentos é de 180, são realizados em duas casas de passagem, que atendem 24
                     horas, oferecendo alimentação, higiene e pernoite. A maioria dos usuários são homens, em
                     uso de substâncias psicoativas, com laços familiares rompidos, com presença de transtornos
                     mentais e infecções sexualmente transmissíveis. É possível dizer que a adicção dificulta a
                     aderência  às  estratégias  oferecidas,  aumentando  a  rotatividade  de  usuários  nos  abrigos.
                     Reflexão:A incerteza do cotidiano, onde não é possível saber se terão acesso a higiene,
                     alimentação e mesmo se terão de dividir o espaço de dormir com outro companheiro de rua,
                     influência nas condições de saúde. A maioria das atividades realizadas pela PSR dependem
                     de ações solidárias e do município. Com isso, ações como lavagem das mãos, uso de álcool
                     em  gel,  distanciamento  social  e  uso  de  máscara,  tornam-se  atitudes  difíceis  de  serem
                     realizadas  por  esse  grupo.  Recomendações:Espera-se  que,  políticas  públicas  sejam
                     desenvolvidas  de  maneira  singular,  facilitando  que  os  aspectos  biopsicossociais  sejam
                     abordados  na  concepção  de  saúde.  Considera-se  como  fundamental  que  os  serviços  de
                     saúde em todos os níveis de complexidade atuem visando medidas de prevenção, promoção
                     e de recuperação da saúde, e que fomentem ações junto a órgãos públicos em articulação
                     com a comunidade a fim de garantir equidade no acesso aos serviços de saúde.
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