Page 113 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
P. 113
113
graduação. Objetivo: O presente relato de experiência tomou por base o documentário “ A
partida final” que possui seu tema central baseado em mostrar as vivências dos últimos
momentos de vida de pacientes com doenças em estágio terminal e como contribui na
formação médica frente a assistência a esses pacientes estimulando o pensamento crítico e
reflexivo do aluno de medicina. Descrição e reflexão da experiência: O documentário buscou
evidênciar a morte, porém como uma abordagem pautada na dignidade da pessoa humana.
Ficou evidente o quanto o preparo dos profissionais que prestam assistência a esses
pacientes se mostra de extrema importância, em especial no que tange à empatia e
sensibilidade. O princípio da autonomia do paciente foi bem explorado em especial na
inclusão do paciente frente a decisão das condutas que deveriam ser tomadas. Apresenta
uma abordagem sempre de forma honesta, para assim fornecer a oportunidade de viver os
últimos momentos de vida de forma intensa evitando a realização de procedimentos
desnecessários que prolonguem o sofrimento causando assim um estresse no paciente e em
seus familiares. A inclusão dos familiares frente ao tratamento, mostrou-se de fundamental
importância, em especial ao suporte psicológico durante a vivência da doença, bem como
durante a vivência do luto. O documentário deixou evidente a distinção pessoal no
enfrentamento a doença, em que, a doença e a morte foi experienciada de forma diferente
entre os casos abordados, em especial a escolha do local da morte: domicílio ou no hospital.
Ficou claro que, o cuidado de profissionais bem prepados influência de maneira positiva o
enfrentamento da morte. Recomendações: Ficou evidente a necessidade de um maior
preparo do profissional médico na abordagem com esses pacientes, tornando necessário a
abordagem do tema ainda na grade curricular da graduação.
PERCEPÇÕES DOS PROFISSIONAIS RECÉM INGRESSOS NA RESIDÊNCIA
MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA SOBRE O PROCESSO DE TRABALHO
DESENVOLVIDO NA ATENÇÃO BÁSICA EM TEMPOS DA PANDEMIA
Autores: ANA ELIZA CORRÉR RODRIGUES | BÁRBARA VALÉRIA DE SOUZA SANTOS
NASCIMENTO, JULIANA BIGONHA CARDOSO, SARAH BEATRIZ COCEIRO MEIRELLES
FELIX, DANIELA WOSIACK DA SILVA. Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Fluxo de trabalho; Atenção Básica à saúde; Covid-19.
Caracterização do problema: A pandemia da Covid-19 desencadeou alterações nos
processos de trabalho da Atenção Básica. Houve a implantação de novas tecnologias e
estratégias, o que gerou inquietação por parte de todos os envolvidos no cuidado em saúde
e o afastamento entre profissionais e usuários. Justificativa: As expectativas existentes na
entrada em um novo trabalho, como ocorre no ingresso em um programa de formação
profissional como uma residência em saúde, foram afetadas devido aos ajustes feitos na
Atenção Básica em decorrência da pandemia. Objetivo: Relatar as percepções dos
profissionais que ingressaram em um programa de residência muitiprofissional em saúde da
família no contexto da pandemia de Covid-19. Descrição da experiência: Trata-se de um
relato da experiência vivida de março a maio de 2021, em uma Unidade Básica de Saúde da
zona sul de Londrina-PR, com residentes de fisioterapia, nutrição e odontologia. Com todas
as expectativas para desenvolver o trabalho em saúde, mas já com um ano de pandemia, os
novos residentes depararam-se com a diminuição de atendimentos presenciais e visitas
domiciliares realizadas com todos os cuidados para preservar a vida do trabalhador e dos
usuários, apenas para os casos classificados como urgência e emergência. Muitas demandas
estavam sendo acolhidas por teleatendimento e outros continuaram na fila de espera.
Atendimentos em grupos estavam suspensos e usuários com suspeita de covid-19 eram
atendidos em serviços de referência. Reflexão sobre a experiência: Como a entrada em um
novo serviço sempre envolve o conhecimento de como o local se organiza e como os
processos de trabalho se dão no momento, houve dificuldade na aproximação dos usuários
para identificar seu sofrimento, também uma inquietação ao se deparar com agudizações de
condições crônicas por estarem desassistidas, além das dificuldades em adaptar ações de
promoção e prevenção de saúde para o momento da pandemia. Foi percebido muitos
pacientes em fila de espera, limitação no processo de aprendizagem pela redução dos
atendimentos e dificuldade de adaptação às novas tecnologias por falta de experiência.