Page 254 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
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                     no cenário atual, levantados por esse grupo através de pesquisa em diversas mídias sociais
                     e  literatura  científica,  se  tornando  um  importante  canal  de  acesso  para  a  população  e
                     contribuindo  para  o  enfrentamento  à  violência  contra  as  mulheres.  Reflexão  sobre  a
                     experiência: as rodas de conversa proporcionam uma rica oportunidade de aprendizado para
                     os integrantes do grupo, além de informar e conscientizar a população sobre esse problema
                     social e de saúde pública que vivemos a anos e que foi acentuado no contexto da pandemia
                     em  virtude  do  isolamento  social.  Recomendações:  este  grupo  de  trabalho  promove  um
                     importante  espaço  de  discussão  aos  participantes,  fornecendo  compartilhamento  de
                     informações qualificadas baseadas nas atuais evidências científicas.


                     A  IMPORTÂNCIA  DA  EQUOTERAPIA  NA  SAÚDE  DE  CRIANÇAS  ESPECIAIS:
                     EXPERIÊNCIA DE 5 ANOS

                     Autores: ISABELLA PATELLI LUZ | DAÍSA CRISTINA DA SILVA, IAGO RIBEIRO DA SILVA,
                     NATHALIA  GONGORA  JACINTO,  RAFAEL  ALBERTO  SANTIAGO,  SUÉLLEN  MAYARA
                     TANAKA  DOS  SANTOS.  Instituição:  Equoterapia  Dr.  Raul  Hidetoci  Mioshi

                     Palavras-chave: Criança excepcional; Equoterapia; Deficiência
                     De  acordo  com  o  ministério  da  educação,  o  número  de  alunos  da  educação  especial
                     ultrapassou a barreira de um milhão em 2017 e, em 2018, chegou a 1,18 milhões, registrando
                     quase  11%  em  apenas  um  ano.  Dados  mais  atuais  sinalizam  ainda  que  o  percentual  de
                     matrículas de alunos incluídos em classe comum aumentou ao longo dos anos: em 2015, de
                     88,4%, passou, em 2019, para 92,8%. O centro de controle e prevenção de doenças dos
                     Estados Unidos divulgou recentemente que há 1 pessoa com autismo para cada 54 crianças.
                     Diante desse cenário, cresce a importância das terapias de apoio. A Equoterapia é um método
                     terapêutico  e  educacional  que  utiliza  o  cavalo  dentro  de  uma  abordagem  multidisciplinar,
                     visando o desenvolvimento biopsicossocial do praticante. Dentre os benefícios descritos na
                     literatura, a equoterapia destaca-se na reabilitação, nos âmbitos físico, mental, vocacional de
                     dependência química e em trabalhos pedagógicos. É uma terapia de extrema importância,
                     pois permite vivenciar todos esses aspectos, estimulando o corpo e mente por meio do andar
                     do  cavalo,  estes  que  proporcionam  estímulos  ritmados  através  de  impulsos  e  imagens
                     cerebrais que ajudam no desenvolvimento de aprendizagem e equilíbrio do praticante. Além
                     de  proporcionar  ganhos  na  autoestima,  autoconfiança,  interação  com  o  ambiente,
                     melhorando a consequentemente a socialização. A Equoterapia da cidade de Bandeirantes
                     atua há 5 anos e conta com uma equipe multidisciplinar. No decorrer dos anos, os praticantes
                     são  atendidos  semanalmente,  e  possuem  diferentes  patologias,  como:  Transtorno  do
                     Espectro  Autista,  Paralisia  Cranio-encefálica,  deficiência  visual,  deficiência  mental,
                     hidrocefalia, síndrome de West, mielomeningocele, disgenesia de corpo caloso, meningite
                     bacteriana, síndrome de Prader Willi, síndrome de Down, Gene GNAO1, síndrome de Rett,
                     dentre outras. Dentre os objetivos alcançados com os praticantes pode-se notar a melhora
                     na marcha e no equilíbrio, bem como a correção postural devido ao movimento tridimensional
                     do cavalo, a comunicação, a melhora do comportamento e os estímulos que o praticante
                     recebe em ser atendido. A melhora na socialização, no desenvolvimento psicopedagógico e
                     na  fala  também  são  evidentes,  sem  contar  que  o  contato  com  a  natureza  propicia  uma
                     sensação de bem-estar. O praticante consegue aceitar os padrões impostos, potencializando
                     os  resultados  constatados  pelos  profissionais  da  equipe,  e  profissionais  que  atendem  a
                     criança em outros ambientes e pela família do praticante.
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