Page 259 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
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GRUPOS ON-LINE PARA MÃES: A ESCUTA COMO CUIDADO EM SAÚDE
Autores: INGRID CARLA ECKS | LUCIANA ELISABETE SAVARIS, GABRIELA CRISTINA
SCHWAB ANTUNES, LETÍCIA MANNRICH DE MORAIS. Instituição: Faculdades Pequeno
Príncipe
Palavras-chave: Mães; Grupos de Apoio; Assistência Integral à Saúde.
Caracterização do problema: a pandemia de Sars-Cov-2 iniciada no ano de 2020 trouxe
diferentes repercussões: econômicas, sanitárias, psicológicas e sociais. Verifica-se que
mulheres têm apresentado maior vulnerabilidade ao adoecimento psíquico, em especial as
que assumem uma função materna, pela sobrecarga de tarefas, estresse e dificuldades
financeiras. Os achados demonstram que 63% das mães apresentaram algum sintoma
depressivo durante a pandemia. Na Atenção Básica à Saúde as intervenções em saúde
mental objetivam a compreensão e o acolhimento, com foco na promoção da qualidade de
vida e não apenas a cura de doenças. O cuidado em saúde mental é realizado no cotidiano
das pessoas e de maneira colaborativa entre equipe e usuários. Justificativa: Este relato de
experiência é justificado pelas múltiplas dificuldades vivenciadas por mães, agravadas pelo
contexto da pandemia. Urge a necessidade de discutir acerca da temática saúde mental
materna, excepcionalmente nesse contexto. Ainda, pela viabilidade de intervir em saúde
mental de maneira remota após liberação do Conselho Federal de Psicologia. Objetivos:
Compartilhar a experiência de estagiárias de psicologia sobre a prática realizada em um
grupo on-line de escuta terapêutica para mães usuárias do Sistema Único de Saúde.
Descrição da experiência: Os grupos de escuta terapêutica para mães foram desenvolvidos
de maneira remota, por meio de videochamadas. As facilitadoras eram estagiárias do último
período do curso de Psicologia, na cidade de Curitiba. O público-alvo: mães que buscaram
atendimento em Unidades Básicas de Saúde de um dos Distritos de Saúde da capital
paranaense, com queixas relacionadas à saúde mental. O referenciamento ao grupo foi
realizado pelos psicólogos do território. Os encontros aconteceram semanalmente entre os
meses de março a junho de 2021. O embasamento teórico metodológico adotado foi a
Abordagem Centrada na Pessoa desenvolvida por Carl Rogers. Reflexão sobre a
experiência: Os grupos se caracterizaram como espaços de acolhimento, livres de
julgamento, ancorados no pressuposto de que ao serem escutadas as usuárias desenvolvem
um diálogo consigo mesmas, o que clarifica as demandas trazidas. Ao serem acolhidas, as
usuárias puderam se sentir legitimadas, o que permite a recuperação da autoconfiança e o
desenvolvimento de novas perspectivas sobre a situação vivenciada. Recomendações:
grupos de escuta on-line mostram-se estratégias eficazes de acolhimento a mães em
situação de sofrimento.
REABILITAÇÃO DE PACIENTE PÓS-COVID-19: A IMPORTÂNCIA DO ATENDIMENTO
DOMICILIAR DA FISIOTERAPIA E EQUIPE NASF.
Autores: MARTA MATVEICHUK DA SILVEIRA | SANDRA CRISTINA CAVALLI MOISES,
RENATA FREITAS ALBIERI TEIXEIRA. Instituição: Prefeitura Municipal de Londrina
Palavras-chave: Atendimento domiciliar, pós-COVID-19, Reabilitação
Caracterização do problema: pacientes acometidos pela COVID-19, que passam longos
períodos de internação, podem apresentar inúmeras sequelas após alta hospitalar.
Justificativa: o trabalho de reabilitação torna-se fundamental para que o paciente possa
recuperar suas capacidades e a funcionalidade para atividades da vida diária. Descrição da
experiência: em março/20, uma família procura a Unidade Básica de Saúde do Lindoia, em
Londrina (PR) para solicitar atendimento fisioterápico para paciente mulher de 49 anos, com
alta hospitalar após 32 dias de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A
fisioterapeuta realizou visita domiciliar para avaliar o quadro, constatando fraqueza muscular
generalizada, sem controle de tronco em posição sentada, realizando apenas movimentos de
rolar na cama. Iniciou-se então uma série de atendimentos domiciliares com frequência de
uma ou duas vezes na semana, onde além de sessões de exercícios para ganho de força, os
familiares foram orientados para como auxiliaram na execução. A prescrição foi de duas a