Page 93 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
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                     sendo  as  opções  de  resposta  “sim”  e  “não”,  com  19 de  pontuação  de  corte  indicativo  de
                     ansiedade  infantil.  Certificado  de  aprovação  Ética  (CAAE):  39826120.2.0000.0102.
                     RESULTADOS/  DISCUSSÃO:  Dos  100  participantes do  estudo,  99%  afirmaram realizar  o
                     distanciamento  social,  52%  eram  do  sexo  masculino.  Da  amostra  24%  responderam  que
                     alguma pessoa próxima foi a óbito por Covid-19, 15% apresentaram pontuação maior que 19
                     pontos para sintomas de ansiedade, resultado superior ao encontrado por Liu et al., na China,
                     que avaliou a saúde mental de crianças durante a pandemia entre os meses de fevereiro a
                     março de 2020 e observou que 4,7% a 10,3% possuíam algum transtorno na saúde mental.
                     Conclusão: Pode-se perceber que níveis mais elevados de ansiedade estiveram presentes
                     em uma parcela dos participantes, estes foram mais afetados em sua rotina diária. Sendo
                     assim, torna-se necessário o rastreamento de casos em toda a população escolar, visando o
                     desenvolvimento de estratégias na área da saúde e educação para amenizar os prejuízos de
                     curto a longo prazo.


                     LOCAL DE ÓBITO DE IDOSOS NO BRASIL DE 1998 A 2018: A PANDEMIA ALTERARÁ
                     ESTE CENÁRIO? UMA REFLEXÃO SOBRE O MORRER

                     Autores:  DAGNA  KAREN  DE  OLIVEIRA  |    ANA  CAROLINA  DE  CAMPOS,  BRUNA
                     FERNANDES,  DYAYNE  CARLA  BANOVSKI,  SADANA  HILLARY  DAL\'NEGRO,  KENNY
                     REGINA     LEHMANN.     Instituição:   Universidade   Federal   do   Paraná   (UFPR)

                     Palavras-chave: COVID-19; Cuidados Paliativos; Idoso.
                     Introdução: Historicamente, situações de pandemias resultaram em colapso dos sistemas
                     de saúde, em sofrimento e morte. A atual pandemia da Covid-19 compromete a continuidade
                     da vida e trouxe à tona discussões sobre esse tema. Compreender a finitude como etapa
                     natural e inevitável é crucial para melhorar a experiência no fim de vida. Objetivo: Descrever
                     os óbitos hospitalares e em domicílio de idosos no Brasil, notificados entre os anos de 1998
                     a 2018. Método: Estudo descritivo retrospectivo, realizado por meio de dados secundários
                     do Ministério da Saúde através do Departamento de Informática do Sistema único de Saúde.
                     Os  dados  foram  compilados  no  programa  Microsoft  Excel  365  em  tabelas  utilizando
                     frequências absolutas e relativas. Resultados/Discussão: No período estudado ocorreram
                     14.145.686 óbitos de idosos no Brasil, sendo que 67,99% morreram em ambiente hospitalar
                     e 25,29% em domicílio. No ambiente hospitalar, predominou o sexo masculino (50,50%), raça
                     branca  (60,50%),  80  anos  ou  mais  (37,80%)  e  na  região  sudeste  (52,83%).  Em  domicílio
                     obteve  destaque  o  sexo  masculino  (51,34%),  raça  branca  (50,87%),  80  anos  ou  mais
                     (48,91%) e na região Nordeste (52,83%). Entre 1998 e 2018 houve um aumento de 4,96
                     pontos percentuais nos óbitos hospitalares e um decréscimo de 11,53 pontos percentuais nos
                     óbitos  em  domicílio.  O  predomínio  da  morte  hospitalar  no  país  é  reflexo  do  aumento  da
                     expectativa  de  vida  e  a  mudança  do  perfil  para  doenças  crônicas  não  transmissíveis,
                     caracterizadas por apresentarem alta taxa de hospitalização ao final da vida, além de refletir
                     a hegemonia do modelo de morte institucionalizada, explicada, em partes, por uma reduzida
                     assistência regulamentada de cuidados paliativos (CP). Em locais onde isso ocorre, como no
                     Brasil, existe uma relação direta entre o menor nível socioeconômico e a maior probabilidade
                     de morte domiciliar, o que pode ser reafirmado com o predomínio do Nordeste no número de
                     óbitos domiciliares, evidenciando possíveis casos de mistanásia no país, em que a realidade
                     do  óbito  em  domicílio  ainda  retrata  uma  conjuntura  de  desamparo  financeiro  e  de  CP.
                     Conclusão: O expressivo número de óbitos relacionados à infecção pela COVID-19 colocou
                     em  evidência  discussões  importantes  e  necessárias  sobre  o  processo  de  morrer  e  os
                     cuidados  de  fim  de  vida,  o  que  pode  alterar  o  perfil  de  óbitos  de  idosos  no  Brasil  com
                     modificação da cultura vigente de morrer em ambiente hospitalar.


                     REPRESENTATIVIDADE DE CRIANÇAS BRASILEIRAS SOBRE A RELAÇÃO ENTRE O
                     COTIDIANO INFANTIL E A COVID-19

                     Autores:  CAROLINE  URIAS  CHALLOUTS  |  LOUISE  CRISTINE  SILVESTRE  LOPES,
                     MARCELO PICININ BERNUCI, TÂNIA MARIA GOMES DA SILVA. Instituição: Unicesumar
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