Page 98 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
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                     Palavras-chave: Doença Renal Crônica; Taxa de Filtração Glomerular; Economia da Saúde
                     Introdução: Discute-se muito sobre uma possível epidemia de Doença Renal Crônica (DRC)
                     devido  ao  aumento  de  idosos  com  Taxa  de  Filtração  Glomerular  (TFG)  abaixo  de  60
                     mL/min/1,73m2. Entretanto, as fórmulas mais usadas para estimar a TFG, Modification of Diet
                     in Renal Disease (MDRD) e Chronic Kidney Disease Epidemiology Collaboration (CKDEPI),
                     não consideram o envelhecimento renal fisiológico. Diante disso, Berlin Initiative Study (BIS)
                     desenvolveu 2 equações, BIS1 e BIS2, específicas para idosos. A BIS1 é mais acessível que
                     a  BIS2  por  não  usar  cistatina  C,  porém  ainda  carece  de  validação  externa.  Objetivo:  O
                     objetivo  principal  foi  comparar  o  desempenho  das  fórmulas  BIS1,  CKDEPI  e  MDRD  na
                     estimativa da TFG de pacientes acima de 70 anos. Como objetivos secundários, analisamos
                     as equações no estadiamento da DRC, no encaminhamento ao nefrologista e na solicitação
                     de exames anuais. Método: O estudo é observacional, transversal e quantitativo, incluindo
                     1151 pacientes com idade acima de 70 anos de um centro de nefrologia do Paraná. A TFG
                     foi estimada pela CKDEPI, MDRD e BIS1, usando as variáveis idade, sexo, raça e creatinina
                     sérica.  A  classificação  da  DRC,  a  solicitação  de  exames  anuais  e  o  encaminhamento
                     seguiram  a  diretriz  de  cuidado  ao  paciente  com  DRC  do  Ministério  da  Saúde.  A  análise
                     estatística  incluiu  teste  qui-quadrado  de  Pearson  e  o  método  Bland-Altman.
                     Resultados/Discussão: A idade média foi de 78,4 anos, sendo 53,8% mulheres, e 98,8%
                     brancos. Houve diferença entre as médias das equações (p<0,001), sendo a menor obtida
                     pela  BIS1  39,7  mL/min/1,73m2  (CKD-EPI  41,2;  MDRD  44).  A  porcentagem  de  DRC,
                     considerando apenas a TFG, seria de 91,5% pela BIS1; 82,7% pela MDRD e 81,3% pela
                     CKDEPI. A discordância no estadiamento foi maior entre BIS1 e MDRD (27,8%). A MDRD
                     concentrou pacientes em G1 (2,2%), G2 (15%) e G3a (27%); a BIS1 em G3b (47,3%); e a
                     CKDEPI  em  G4  (23%)  e  G5  (4,8%).  Através  da  CKDEPI,  seriam  encaminhados  ao
                     nefrologista 28% e 20% a mais de pacientes que a MDRD e BIS1 respectivamente, e ainda
                     seriam solicitados 3914 exames a mais que MDRD e 3530 a mais que BIS1. Conclusão: As
                     equações BIS1, MDRD e CKDEPI classificam distintamente, havendo necessidade de discutir
                     novos valores de referência de TFG para o diagnóstico e classificação de DRC em idosos.
                     Apesar de haver mais diagnósticos de DRC pela BIS1, o uso da CKDEPI encaminharia mais
                     pacientes  ao  especialista  e solicitaria  mais  exames, mostrando  que  a  escolha  da fórmula
                     impacta nos gastos em saúde.



                     IMPLANTAÇÃO DE TECNOLOGIA LEVE NO PROCESSO DE TRABALHO DAS EQUIPES
                     DE SAÚDE BUCAL NO MUNICÍPIO DE FOZ DO IGUAÇU – PR

                     Autores: GABRIELA DOMINICCI DE MELO CASACIO | SORAIA MAYANE SOUZA MOTA,
                     SANDRA PALMEIRA MELO GOMES, FERNANDA DO NASCIMENTO DE LEMOS CAMPOS,
                     ROSANE MEIRE MUNHAK DA SILVA, ADRIANA ZILLY. Instituição: Universidade Estadual
                     do Oeste do Paraná

                     Palavras-chave: Acolhimento; Saúde Bucal; Atenção Primária à Saúde.
                     Caracterização  do  problema:  A  utilização  de  tecnologia  leve,  como  o  acolhimento  no
                     processo de trabalho do cirurgião-dentista favorece a relação de confiança e compromisso
                     entre os usuários, equipes e serviços. Trata-se de uma ação importante para a humanização
                     do Sistema Único de Saúde (SUS) e que depende unicamente dos profissionais inseridos na
                     rede de Atenção Primária à Saúde (APS). Justificativa: Os atendimentos odontológicos são
                     ofertados através da “vaga do dia”, o que produz filas nas portas das Unidades de Saúde e
                     não responde às necessidades dos usuários, pois a atenção está atrelada apenas na queixa
                     do paciente, deixando lacunas nas ações de promoção da saúde bucal. Objetivo: Descrever
                     a  metodologia  de  gestão  utilizada  para  uma  reorganização  do  processo  de  trabalho  das
                     equipes  de  saúde  bucal  do  município  de Foz  do  Iguaçu-PR,  embasada  nas  Diretrizes  da
                     Política Nacional de Humanização (PNH). Descrição da experiência: A ação desenvolvida
                     teve início em março de 2019, com 136 profissionais entre dentistas e auxiliares de saúde
                     bucal para implantação do acolhimento. Foram realizadas capacitações, tendo em vista a
                     qualificação dos profissionais quanto à importância da reorganização do processo de trabalho
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