Page 100 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
P. 100

100


                     Contextualização: Práticas Integrativas e Complementares, inseridas no sistema Único de
                     Saúde, totalizam 29 práticas. Essas práticas trazem benefícios ao ser humano no controle da
                     dor, transtorno  da  ansiedade  ou  na  melhoria  da  qualidade  de  vida. Objetivo:  Analisar  os
                     avanços e desafios na implantação da auriculoterapia na Atenção Primária à Saúde. Método:
                     Pesquisa descritiva, longitudinal, exploratória, com uso de base de dados constantes do e-
                     SUS  da  Secretaria  Municipal  de  Saúde.  A  produção  dos  dados  abrangeu  as  sessões  de
                     auriculoterapia realizadas e digitadas no e-SUS, durante os anos de 2017 a 2019, realizadas
                     em atendimentos individuais, por servidores públicos municipais formados em auriculoterapia
                     e atuantes nos serviços ofertados pela rede de Atenção Primária a Saúde. Para acesso a
                     base de dados, foi solicitada junto a Diretoria de Atenção Primária à Saúde – DAPS/ Gerência
                     de programas Especiais/ Coordenação das Práticas Integrativas e Complementares. Obteve-
                     se autorização de análise e apresentação dos dados digitados no sistema e-SUS. E o estudo
                     foi  conduzido  do  período  março  a  setembro,  na  cidade  de  Londrina-Pr.  Resultados:  Os
                     resultados encontrados colaboram para a análise dos avanços e desafios na implantação da
                     auriculoterapia  dentro  do  serviço  público.  Pode-se  verificar  que,  durante  2017,  foram
                     realizados 728 procedimentos de auriculoterapia. Considerando que a primeira turma a ser
                     formada foi em maio de 2017, pelo curso oferecido em parceria com o Ministério da Saúde e
                     a Universidade Federal de Santa Catarina, o avanço deste ano foi considerável, uma vez que
                     esses profissionais não tinham nenhuma outra formação em acupuntura ou qualquer outra
                     técnica semelhante. Já em 2018, o total passa a ser 1.355 procedimentos, um aumento de
                     86% em relação ao primeiro ano de implantação. Conclusão: Percebe-se que auriculoterapia
                     tem  sido  utilizada  dentro  do  serviço  público  como  forma  de  complementar  os  diferentes
                     atendimentos realizados em na rede de Atenção Primária à Saúde.


                     QUALIDADE  DO  SONO  DE  IDOSOS ANTES  E  DURANTE  A  PANDEMIA  DE  COVID-19

                     Autores: CAROLINI PAULO DO NASCIMENTO,  RENATA CAROLINA HORT BRIGHENTI,
                     ALINE  CRISTINA  CARRASCO,  VANESSA  CRISTINA  NOVAK.  Instituição:  Universidade
                     Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO

                     Palavras-chave: Envelhecimento saudável; Sono; Isolamento social
                     Introdução: O isolamento social é uma medida de enfrentamento necessária diante do atual
                     cenário de pandemia, contudo, essa medida pode causar alterações na qualidade de vida e
                     de  sono  dos  indivíduos,  alterações  essas,  que  no  idoso,  podem  afetar  o  envelhecimento
                     saudável. Objetivo: Comparar a qualidade do sono de idosos antes e durante a pandemia.
                     Métodos: Trata-se de um estudo transversal aprovado pelo comitê de ética local, com 47
                     idosos.  20  responderam  aos  questionários  no  período  anterior  à  pandemia  (grupo  AP)  e
                     outros 27 durante a pandemia (grupo DP). Foram incluídos idosos com 60 anos ou mais, de
                     ambos  os  sexos  e  excluídos  aqueles  incapazes  de  responder  com  coerência  aos
                     instrumentos. Foi utilizado um questionário de caracterização da amostra e a qualidade do
                     sono, avaliada através do Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI). Os dados foram
                     apresentados de forma descritiva, em mediana e intervalos interquartis (25;75%) e avaliados
                     quanto a distribuição de normalidade pelo teste de Shapiro Wilk, já a comparação dos grupos
                     AP e DP, feita através do teste para amostras independentes Mann Whitney. A significância
                     foi  estipulada  em  5%.  Resultados/discussão:  Não  houve  diferenças  estatisticamente
                     significantes  entre  os  grupos  AP  e  DP  em  relação  às  características  da  amostra  ou  à
                     qualidade do sono. A idade grupo AP foi de 69 (61;70) anos e grupo DP 65 (63,25;75,50),
                     com (P=0,09) e IMC grupo AP 72,5 kg/m² (64;79,5) e grupo DP 74 (62;82), com (P=0,78). Já
                     em relação à qualidade do sono, o grupo AP teve uma pontuação de 6 (4,25;8) e grupo DP 7
                     (4;9),  com  (P=0,49)  no  PSQI,  ambos  considerados  qualidade  de  sono  ruim.  Os  dados
                     demonstram que a pandemia não interferiu na qualidade do sono desses idosos, divergindo
                     de outros estudos, os quais observaram que o isolamento social compromete a qualidade do
                     sono  e  agrava  o  problema  em  indivíduos  com  histórico  prévio  de  alterações.  Esta
                     discordância pode se dar pelo fato de os idosos já terem o padrão do sono alterado antes da
                     pandemia e o período de realização do estudo ter sido ainda no início de sua instalação.
                     Conclusão: A pandemia não interferiu na qualidade do sono dos idosos estudados, porém,
   95   96   97   98   99   100   101   102   103   104   105