Page 79 - 3º MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
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Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde      TRABALHO 275

                 Reunião Técnica de Inspetores 2017: a importância da capacitação
                 periódica

                 AUTOR PRINCIPAL: Gisele Ribeiro da Assunção Frois  |  AUTORES: Vera Cristina Zanetti, Júlia Cavaletti Oliveira e Jaqueline Shinnae de Justi
                 |  INSTITUIÇÃO: SESA  |  Curitiba - PR
                  A consolidação de um Sistema de Qualidade (SQ) depende do envolvimento de técnicos e gestores, sendo fundamental a capacitação
                  continuada de todos os entes. A RDC n° 34/2013 instrumentalizou a padronização de ações e processo de trabalho no âmbito do Sistema
                  Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) contribuindo para a consolidação do SQ no Paraná, instituído pela Resolução SESA n° 060/2016.
                  Considerando que no Paraná as ações de Vigilância Sanitária (VISA) são descentralizadas, é necessário a constante capacitação  e
                  atualização de inspetores. Nesse sentido, a VISA estadual promove reuniões com técnicos de Regionais de Saúde e municípios de modo a
                  harmonizar os procedimentos de trabalho. Foi realizada a Reunião Técnica de Inspetores 2017, com duração de 20 horas, para capacitação
                  de técnicos das VISAS que realizam inspeções em empresas fabricantes de medicamentos, insumos farmacêuticos ativos e produtos para
                  saúde. O método de treinamento foi a apresentação de novos procedimentos e atualizações dos já existentes. Após as apresentações,
                  foram realizadas avaliações e uma simulação em grupo de Avaliação Por Par Técnico de relatórios de inspeção com um debate ao final. As
                  notas das avaliações foram classificadas como Regular (0-4,9), Bom (5-6,9) e Ótimo (7-10). Foram avaliados 84 técnicos, 25 de Regionais
                  de Saúde e 59 de municípios de porte III, conforme pactuação do VigiaSUS, número maior que no treinamento de 2015 quando foram
                  capacitados 81 técnicos. Na avaliação, os técnicos obtiveram as seguintes classificações: 30% Regular, 23% Bom e 48% Ótimo. Deve ser
                  considerado que 21 técnicos não tinham realizado treinamento anterior sobre o tema, o que dificulta o entendimento das atualizações
                  e contribui para o baixo nível de compreensão. Na Avaliação Por Par Técnico todos os grupos identificaram os pontos incoerentes dos
                  relatórios e propuseram alterações de acordo com os procedimentos. Por fim, as avaliações desta Reunião Técnica mostraram que a
                  maioria dos técnicos incorporaram os temas abordados, o que contribui para implementação do SQ no processo de trabalho. Contudo, faz-
                  se necessária a manutenção do saber adquirido, além de treinamentos periódicos visando o fortalecimento do SNVS.
                  Referências: 1. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Resolução da Diretoria Colegiada RDC nº 34, de 08 de julho de 2013. 2. Paraná.
                  Secretaria da Saúde do Estado do Paraná - SESA. Resolução SESA n° 060, de 29 de janeiro de 2016.
                  Palavras-chave: Vigilância Sanitária, Sistema de Qualidade, Capacitação.


               Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde       TRABALHO 276


                 Gestão de caso de enfermagem ao portador de hipertensão arterial
                 sistêmica: revisão integrativa

                 AUTOR PRINCIPAL: Maria Emilia Marcondes Barbosa  |  AUTORES: Giovana Aparecida de Souza Scolari, Ana Caroline de Oliveira, Leidyani
                 Karina Rissardo Gomes, Lígia Carreira  |  INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Maringá - UEM  |  Maringá - PR

                  Introdução: No Brasil, 72% das causas de mortes são devido às Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) . Dentre as estratégias
                                                                                    1
                  para o enfrentamento desta problemática foi desenvolvido em 2012, o Modelo de Atenção às Condições Crônicas (MACC), aplicadas o
                  Sistema Único de Saúde, o qual estratifica a população por níveis de complexidade. Indivíduos com DCNT complexas classificar-se-ão no
                  maior nível, devendo submeter-se a “Gestão de Caso” como estratégia de cuidado . A hipertensão arterial é a de maior prevalência no Brasil
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                  representando importante fator de risco às cardiovasculares . Diante da complexidade das DCNT, associada a relevância da intervenção de
                  enfermagem, questiona-se: quais ações realizadas na gestão de caso de enfermagem para o controle da hipertensão arterial? Objetivo:
                  identificar evidências disponíveis na literatura científica sobre ações do enfermeiro na gestão de casos aos hipertensos. Método: Trata-se
                  de uma revisão integrativa de literatura, cuja busca ocorreu em janeiro de 2017 nos portais da BIREME, PubMed e Google Scholar. Critérios
                  de inclusão: estudos primários publicados entre 2006 e 2016, nos idiomas português, inglês e espanhol, que abordavam a gestão de caso
                  ao hipertenso conduzido por enfermeiro Utilizou-se os descritores controlados “case management” “hypertension”, “nursing”. Resultados:
                  Foram incluídos 14 estudos, sendo um em português e 13 em inglês, população total de 7. 675 participantes, com idade superior a
                  18 anos. A maioria dos estudos foram ensaios clínicos, publicados entre 2015 e 2016. As ações mais frequentes foram no âmbito da
                  educação, por meio de visitas domiciliares e contatos telefônicos. Conclusão: A partir dos estudos analisados nesta revisão permitiu-se
                  concluir que a gestão de caso em enfermagem é uma estratégia de cuidado ao hipertenso bem utilizada em outros países. Acredita-se
                  que o no Brasil sua utilização ainda é discreta em função do MACC, ser uma proposta de política pública relativamente nova no país.
                  Conclusão: A análise dos estudos permitiu concluir que a gestão de caso de enfermagem é uma estratégia de cuidado ao hipertenso
                  muito utilizada internacionalmente. No Brasil, ainda é uma atividade incipiente, possivelmente devido a proposta ser relativamente recente.
                  Pondera-se que esta ferramenta tem ganhado destaque entre gestores, por se tratar de uma estratégia que possibilita a prática baseada
                  em evidência, subsidiando a promoção de assistência qualificada aos portadores de hipertensão.
                  Referências: 1. Mássimo EAL, Souza HNF, Freitas MIF. Doenças crônicas não transmissíveis, risco e promoção da saúde: construções sociais de participantes do
                  Vigitel. Cienc. Saúde Colet, 20(3):679-688, 2015. 2. Mendes EV. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde: o imperativo da consolidação
                  da estratégia da saúde da família. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2012. 512 p.: il. 3. Campos, CL , Pierin, AMG, Pinho, NA Hipertensão arterial em
                  pacientes internados em clínica médica de hospital universitário: avaliação pós-alta por contato telefônico. Einstein. 2017;15(1):45-9. http://www.scielo.br/pdf/
                  eins/v15n1/pt_1679-4508-eins-15-01-0045.pdf 4. Ganong LH. Integrative reviews of nursing research. Res Nurs Health.  987;10(1):1-11
                  Palavras-chave: Gestão de caso, enfermagem, hipertensão.



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