Page 76 - 3º MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
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Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde TRABALHO 262
Depressão pós parto: um impacto no desenvolvimento infantil
AUTOR PRINCIPAL: Geovana Jordão Ribeiro | AUTORES: Nilceia Fernando; Gerson Jose Pereira Cardoso; Prof. Me Ana Paula Jesus da Silva;
Dr. Denecir de Almeida Dutra | INSTITUIÇÃO: Campos Uniandrade | Curitiba - PR
No Brasil, estudos realizados no período de 2011 á 2012, menciona que a cada quatro mulheres, mais de uma apresentam sintomas de
depressão, entre 6 a 18 meses após o parto. Considerado pela Organização Mundial da Saúde um número elevado, em países de baixa
renda, pois, seu percentual estimado é de 19,8% das parturientes com transtornos mentais incluindo a depressão, (THEME, M; Fiocruz,
2016). Mencionado também como tristeza materna, a depressão pós-parto caracteriza-se com sintomas como as alterações de humor,
falta de interesse e/ou motivação, falta de energia ou anedonia, quadro de choro constante, redução de apetite entre outros. Considerado
um problema de saúde pública que afeta tanto a saúde da mãe quanto o desenvolvimento da criança, pode durar de curto até longo
prazo, impactando na interrupção prematura da amamentação, no vínculo entre a mãe e o bebê, podendo causar efeito progressivo no
desenvolvimento social, afetivo e cognitivo desde á infância até a adolescência (BROCCHI e BUSSAB, 2015). Objetivou-se analisar o impacto
causado pela depressão pós-parto na vida das mães e no desenvolvimento da criança, denotando o número elevado de ocorrências entre
mulheres brasileiras após a gestação, segundo a Organização Mundial da Saúde. A metodologia é exploratória descritiva, realizada por
revisão bibliográfica integrativa, embasada em dados da Organização Mundial da Saúde, em artigos contidos no banco de dados do Scielo
- Scientific Electronic Library Online. Foram encontrados 113 artigos, exclusos 80 por não abordarem o assunto, dos 33 artigos restantes
foi utilizado 14 artigos entre os anos de 2010 a 2017. Verificou-se quatorze artigos e dados da Organização Mundial da Saúde, ao qual
discorre sobre Depressão pós parto e a qualidade de vida das mães, vínculo afetivo e o desenvolvimento da criança. Entre tanto, deflagra
os déficits na infância até a adolescência, conotando que muitas mães com sintomas depressivos, param de amamentar precocemente.
Conclui-se que no Brasil, há uma frequência maior de casos de depressão pós-parto, comparando-o com países de baixa renda, atrelando
a um problema de saúde pública que acomete cerca de 10 a 15% das mulheres após o parto. Estes contingentes são prejudiciais no
vínculo afetivo entre mãe e filho, comprometendo-o nos primeiros anos de vida da criança, considerados psicologicamente o período mais
importante para o desenvolvimento humano.
Referências: 1- THEME, M. Factors associated with postpartum depressive symptomatology in Brazil: The Birth in Brazil National Research Study, 2011/2012.
(2016) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, (Ensp/Fiocruz). 2- BROCCHI, B. S; BUSSAB, V. S. R; and DAVID, V. Depressão pós-parto e habilidades
pragmáticas: comparação entre gêneros de uma população brasileira de baixa renda. Audiol., Commun. Res. [online]. 2015, vol.20, n.3, pp.262-268. ISSN
2317-6431. http://dx.doi.org/10.1590/2317-6431-ACR-2015-1538. 3- ABUCHAIM, Erika de Sá Vieira et al. Depressão pós-parto e autoeficácia materna para
amamentar: prevalência e associação. Acta paul. enferm., São Paulo, v. 29, n. 6, p. 664-670, Dec. 2016 . Acesso em 30 de maio de 2017. http://dx.doi.
org/10.1590/1982-0194201600093. 4- https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/52156/2/Depresso%20Psparto.pdf – disponível em: [internet]
30/05/2017 às 19:44. 5- CORREA, F. P; SERRALHA, C, A. - A DEPRESSÃO PÓS-PARTO E A FIGURA MATERNA: UMA ANÁLISE RETROSPECTIVA E CONTEXTUAL. Act.
Colom. Psicol., Bogotá , v. 18, n. 1, p. 113-123, jan. 2015. Acesso em 30 de Maio de 2017. http://dx.doi.org/10.14718/ACP.2015.18.1.11.
Palavras-chave: Pós parto, Desenvolvimento, Depressão,
Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde TRABALHO 268
Análise dos registros no cartão da gestante de mulheres atendidas
no programa Rede Mãe Paranaense
AUTOR PRINCIPAL: Marcela de Andrade Pereira Silva | AUTORES: Marcela de Oliveira Demitto; Angela Andréia França Gravena; Cátia
ANAIS 3ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
Millene Dell Agnolo; Sandra Marisa Pelloso | INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Maringá | Maringá - PR
Introdução: O cartão da gestante, é um instrumento que possibilita a comunicação entre os profissionais que assistem a mulher durante o
pré-natal, parto e puerpério. No entanto, estudos apontam uma subutilização do cartão da gestante, sobretudo, quando se refere ao registro
das informações sobre a história clínica da gestante (BARRETO, ALBUQUERQUE, 2012; SANTOS, et al., 2012), fragilizando a qualidade da
assistência ofertada à mulher. Objetivo: Analisar os registros no cartão da gestante referente à história clínica de mulheres atendidas no
Programa Rede Mãe Paranaense. Método: Estudo documental, de caráter quantitativo, realizado a partir dos registros no cartão da gestante
de 424 puérperas, atendidas no Programa Rede Mãe Paranaense e internadas em uma maternidade do Noroeste do Paraná, no período
de Abril a Novembro de 2014. As variáveis analisadas foram: antecedentes patológicos, obstétricos, pessoais e familiares, o uso ou não
de medicamentos e substâncias que geram dependência. Os resultados fazem parte de uma pesquisa maior, que obteve parecer positivo
pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Maringá, conforme parecer nº 852.156. Resultados: Entre os 424 cartões
da gestante analisados, constatou-se que 57,55% não haviam registro sobre o uso ou não de substâncias que geram dependência, sendo
a informação com maior índice de subregistro, seguida pelos antecedentes obstétricos e uso ou não de medicamentos, onde 48,11% e
43,16% dos cartões não possuíam o registro, respectivamente. Os percentuais de cartões que não possuíam os registros sobre antecedentes
patológicos foram de 10,38% e sobre os antecedentes familiares, 12,03%. Conclusão: Houve uma baixa frequência de registro no cartão
da gestante das informações que compõem à história clínica, especialmente, referente ao uso de substâncias que geram dependência e
medicamentos e os antecedentes obstétricos, constatando-se uma subutilização do cartão da gestante, o qual impede a comunicação efetiva
entre os profissionais que acompanham o pré-natal, parto e puerpério, influenciando negativamente na qualidade e continuidade da assistência.
Referências: SANTOS, E. T. N., et al. O que os cartões de pré-natal das gestantes revelam sobre a assistência nos serviços do SUS da Região Metropolitana da
Grande Vitória, Espírito Santo Brasil? Cad. Saúde Pública, v. 28, n. 9, 2012. BARRETO, F. D. P. F.; ALBUQUERQUE, R. M. Discrepâncias entre o informe verbal e os
registros no cartão da gestante, um instrumento negligenciado. Rev Bras Ginecol Obstet, v. 34, n. 6, 2012.
Palavras-chave: Cartão da Gestante, Pré-natal, Qualidade da assistência.
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