Page 71 - 3º MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
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Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde TRABALHO 237
Relato da experiência com grupos arteterapêuticos enquanto proposta
de trabalho psicossocial do SUS no município de Porto Vitória
AUTOR PRINCIPAL: Fabíola Chagas | AUTORES: Daymithy Zimmermann Trocha; Noeli Zamboni Werle | INSTITUIÇÃO: Prefeitura Municipal
de Porto Vitória | Porto Vitória - PR
Caracterização do Problema: Segundo a política de saúde mental brasileira, as intervenções realizadas pelos profissionais de saúde
devem qualificar as condições do sujeito, não simplesmente se restringir à cura de doenças. Vítimas de violência, abuso de álcool e outras
drogas, e outros sofrimentos mentais foram acompanhados em práticas de arteterapia, como alternativa em busca da qualidade de vida.
Fundamentação Teórica: Segundo o Caderno de Atenção Básica, “à saúde mental não está dissociada da saúde geral” (BRASIL, p. 11) e
por isso, o sofrimento mental muitas vezes está presente em queixas somatizadas, disfarçadas de doenças. O Ministério da Saúde afirma
que “O maior desafio dos serviços de Saúde é cuidar daqueles que estão doentes sem sofrer e dos que sofrem sem estar doentes” (BRASIL,
p. 89). A portaria nº 849/2017 regulamentou a arteterapia dentro da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares. Um
projeto terapêutico é um plano de ação composto por um conjunto de intervenções que seguem uma intencionalidade de cuidado integral.
Tommasi (apud Leloup) considera que a Arteterapia tem a mesma função que a respiração, é uma ponte entre o mundo interno e mundo
externo da pessoa. (p.30). Descrição da Experiência: O trabalho foi desenvolvido nas práticas de arteterapia, e dividido em dois grupos
semiabertos, um deles para adolescentes de doze a dezessete anos, e o outro para adultos a partir de dezoito anos de idade, em estado de
sofrimento mental. As buscas pela demanda foram feitas através da equipe pedagógica do Colégio Estadual para os adolescentes, e pela
Estratégia da Saúde da Família para os adultos. As atividades iniciaram em junho do ano de dois mil e dezesseis, com objetivo de trabalhar
corpo e mente de forma intrínseca. Efeitos alcançados: Houve grande aderência pela população, e a procura pelo serviço continua
crescente. Segundo os dados do SINASC, o número de mães adolescentes em relação ao ano passado, caiu em mais de treze por cento.
As atividades colaboram para a elaboração de conteúdos internos, alívio de tensões e para prática da reciprocidade. Recomendações:
Como o trabalho terapêutico demanda de tempo necessário para completar processos, hoje há fila de espera para o ingresso nos grupos.
Ainda há a necessidade de trabalho arteterapêuticos com crianças menores de doze anos, e com os transtornos mentais severos. Implantar
a arteterapia pode contribuir de maneira positiva nas ações de promoção à saúde.
Referências: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde Mental. Departamento de Ações Estratégicas.
Cadernos de atenção Básica, n. 34. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 849 de 27 de4 março de 2017. Lex Magister.
Disponível em: http://www.lex.com.br/legis_27357131_PORTARIA_N_849_DE_27_DE_MARCO_DE_2017.aspx BRASIL. Portal da Saúde. Disponível em: dab.saude.
gov.br/portaldab/noticias.php acesso em 28/05/2017 às 19:09hrs. PARANÁ. Comitê Gestor Intersecretarial de Saúde Mental do Paraná (CISMEP). Guia Para
Implementação e Fortalecimento dos Comitês Regionais e Municipais Intersetoriais de Saúde Mental. Curitiba. 2016. TOMMASI, Sonia Bufarah. Pensamento a
Arteterapia com Arte, Ciência e Espiritualidade. 1ª edição, São Paulo: Vetor, 2012.
Palavras-chave: Arteterapia; SUS; Saúde Mental; Grupos Terapêuticos; Sofrimento Mental.
Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde TRABALHO 238
Rede Mãe Paranaense: análise da mortalidade infantil
AUTOR PRINCIPAL: Mateus Machado Magalhães | AUTORES: Amanda Maria Bregondi; Yasmim Duque Franco; Márcio Souza dos Santos;
Rosângela Aparecida Pimenta Ferrari | INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Londrina | Londrina - PR
Introdução: A mortalidade infantil no Paraná é preponderantemente neonatal (70%), sendo que a maior concentração de óbitos em
menores de um ano ocorre no período perinatal (22 semanas completas de gestação até sete dias após o nascimento), 52,8% revelando
a estreita relação desses eventos com a qualidade de atenção à saúde da gestante, ao parto e ao recém-nascido (DATASUS, 2009). A
Rede Mãe Paranaense tem como missão, garantir a atenção, o cuidado seguro e qualidade na gestação, parto e puerpério às crianças
menores de um ano, a fim de reduzir a mortalidade materna e infantil em todo o território do Paraná. Objetivo: Caracterizar a mortalidade
infantil antes e após implementação do Programa Rede Mãe Paranaense em três Regionais de Saúde, Paraná. Método: Trata-se de uma
pesquisa quantitativa descritiva retrospectiva transversal realizada nas Regionais de Saúde: 9ª (Foz do Iguaçu), 10ª (Cascavel) e 17ª
(Londrina), Paraná-Brasil. O período de coleta compreendeu os anos de 2010 a 2011 e de 2012 a 2013, respectivamente antes e após
a implementação da Rede. Utilizaram-se dados do Sistema de Informação de Mortalidade e Sistema de Informação de Nascidos Vivos.
Resultados: A principal causa de morte foi a afecção originada no período perinatal, que se manteve nas três regionais. Quanto às mortes
por malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas, aumentou na 17a de 25,5% para 26,6% e na 9ª de 16,1% para
36,3%. A idade materna predominou de 20 a 34 anos e escolaridade menor que 11 anos. A gestação inferior à 36 semanas diminuiu na
17ª e 9ª, mas aumentou na 10ª. A cesárea se sobressaiu ao parto vaginal, aumentou na 10ª e 9ª, diminuiu na 17ª de 61,3% para 59%.
O peso ao nascer inferior a 2.499g na 10ª e 9ª mantiveram-se constantes e na 17ª duplicou. Conclusão: Após a implementação Rede,
muitos desafios devem ser superados para a redução de mortes consideradas evitáveis mediante a qualificação da assistência pré-natal,
parto e ao recém-nascido.
Referências: DATASUS. Departamento de Informática do SUS. Informações em Saúde. Nascimentos e Mortalidade de 1996 a 2009, pela CID-10, Paraná e Brasil..
Acesso em: 01 mai. 2017. BRASIL. Secretaria da Saúde. Programa Rede Mãe Paranaense. Acesso em 01 de maio de 2017. MAIA, L. T. de S et al. Diferenciais
nos fatores de risco para a mortalidade infantil em cinco cidades brasileiras: um estudo de caso-controle com base no SIM e no SINASC. Cad. Saúde Pública, Rio
de Janeiro, v. 28, n. 11, p. 2163-2176, nov. 2012.
Palavras-chave: Epidemiologia; Mortalidade Infantil; Saúde da Criança.
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