Page 67 - 3º MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
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Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde      TRABALHO 226

                 Uso de medicamentos inapropriados para idosos em uma
                 instituição de longa permanência para idosos

                 AUTOR PRINCIPAL: Vanessa Midori Kurata  |  AUTORES: Ligia Carreira; Vanessa Denardi Antoniassi  |  INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual
                 de Maringá  |  Maringá - PR
                  Introdução:  Geralmente  idosos  são  acometidos  por  condições  crônicas  de  saúde  ou  limitações  funcionais,  que  estão  intimamente
                  relacionados à prescrição e uso de medicamentos constantes (SALE, 2017). A necessidade de tratamentos a diversas condições pode
                  acarretar no uso de variedade de medicamentos, sendo conhecido o consumo de cinco ou mais medicamentos como polifarmácia, que
                  pode ocasionar nos idosos complicações para sua saúde e aumento dos custos individuais e para o sistema público de saúde (LOPES, et
                  al., 2016). Além disso, determinados medicamentos são considerados inapropriados para os idosos, pois os riscos de sua utilização são
                  maiores que os benefícios (ANDRADE, 2016). Objetivo: avaliar a freqüência do uso de medicamentos potencialmente inapropriados para
                  idosos residentes em uma instituição de longa permanência para idosos. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, com delineamento
                  transversal, recorte de um estudo em que foi utilizado um instrumento de consulta de enfermagem realizada com idosos institucionalizados.
                  Este recorte abordou o uso de medicamentos inapropriados para idosos conforme critérios de Beers, Priscus e StoppStart. A coleta de
                  dados ocorreu entre os meses de março e abril do ano de 2017 com idosos residentes em uma Instituição de Longa Permanência para
                  Idosos em uma cidade no noroeste do Paraná. Resultado: houve um total de 72 idosos que faziam uso de medicamentos contínuo,
                  identificado através da consulta de enfermagem realizado na instituição de longa permanência. Destes, 65 idosos (90,3%) possuíam
                  prescrito um ou mais medicamentos considerado inadequado para esta faixa etária. Este fato vai ao encontro da literatura, na qual indica
                  que muitos medicamentos inapropriados aos idosos são prescritos como sendo a primeira opção de tratamento à condição crônica que
                  o idoso apresenta (ANDRADE, 2016). Dentre estes medicamentos, o encontrado de maior uso é o ácido acetilsalicílico (37%), seguido
                  do haloperidol (34%). Considerações finais: o uso e prescrição medicamentosa para a população idosa deve ser apropriada para este
                  grupo, levando em consideração a prevenção de eventos adversos que podem comprometer a saúde e a qualidade de vida. Portanto, é
                  imprescindível que a saúde pública disponha de medicamentos adequados e seguros à essa população.
                  Referências: ANDRADE, Kaio Vinicius Freitas de; SILVA FILHO, Cintya da; JUNQUEIRA, Letícia Lima. Prescrição de medicamentos potencialmente inapropriados
                  para idosos em instituição especializada em saúde mental. J. bras. psiquiatr., Rio de Janeiro , v. 65, n. 3, p. 245-250, Sept. 2016 LOPES, Lázara Montezano et al.
                  Utilização de medicamentos potencialmente inapropriados por idosos em domicílio. Ciênc. Saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 21, n. 11, p. 3429-3438, Nov. 2016
                  SALES, Alessandra Santos; SALES, Marta Gabriele Santos; CASOTTI, Cezar Augusto. Perfil farmacoterapêutico e fatores associados à polifarmácia entre idosos de
                  Aiquara, Bahia, em 2014. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, v. 26, n. 1, p. 121-132, Mar. 2017.
                  Palavras-chave: idoso; idoso institucionalizado; assistência farmacêutica; medicamentos inapropriados.


               Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde      TRABALHO 228

                 A Psicologia no SAMU 192: uma experiência da Residência
                 Multiprofissional em Urgência e Emergência

                 AUTOR PRINCIPAL: Manuela Pimentel Leite  |  AUTORES: Isabella Queiroga Ramos Flöering; Mauricio João Costacurta  |  INSTITUIÇÃO:
                 Secretaria Municipal de Saúde de São José dos Pinhais  |  São José dos Pinhais - PR
                  Este trabalho tem por objetivo apresentar a experiência de atuação de psicólogas residentes no serviço de atendimento móvel de urgência
                  (SAMU-192) de um município da região metropolitana de Curitiba/PR. A inserção do psicólogo na atenção pré-hospitalar é recente,
                  tendo iniciado no município em 2015 a partir de uma proposta de interconsulta na UPA-24h. Em 2017, como reflexo das atividades da
                  Residência Multiprofissional em Urgência e Emergência da Secretaria Municipal de Saúde, houve uma aproximação com o SAMU-192,
                  resultando na atuação da Psicologia junto às equipes de suporte básico e avançado. O atendimento às urgências em saúde mental, além
                  da emergência de sentimentos e emoções diante de traumas e outros quadros clínicos, tornam possível a atuação do psicólogo, ainda que
                  este profissional não componha as equipes mínimas previstas pela Portaria MS/GM nº1.010 (BRASIL, 2012). A proposta para atuação da
                  Psicologia considerou os princípios e diretrizes previstos pela Política Nacional de Humanização (BRASIL, 2013), bem como os resultados
                  apresentados em um relato de experiência do SAMU de Natal/RN (ALMONDES, SALES & MEIRA, 2016). As intervenções realizadas,
                  quando cabíveis, ocorreram na cena, junto ao paciente e à equipe, bem como em seu entorno, com familiares, equipes de suporte e
                  observadores. O atendimento psicológico teve por objetivo realizar acolhimento e escuta terapêutica, coleta de história e avaliação do
                  estado mental. A discussão do caso com equipe, paciente e familiares na cena indica uma contribuição do psicólogo para a resolutividade
                  da ocorrência. Em alguns casos, possibilitou a referência deste à Rede de Atenção Psicossocial sem a necessidade de removê-lo para
                  unidades de atendimento a urgências e emergências. Conclui-se que a atuação dos psicólogos junto às equipes do município reconheceu
                  demandas para atendimento psicológico em algumas ocorrências, bem como que a presença da Psicologia reforçou um espaço de
                  atendimento  humanizado  ao  desvelar  as  vivências  e  emoções  que  permeiam  as  urgências.  Torna-se  importante  a  sistematização  do
                  trabalho e a produção de mais estudos científicos nesta área, de forma a explorar as especificidades da atuação e construir protocolos para
                  o atendimento psicológico junto ao Serviço Móvel de Urgência.
                  Referências: ALMONDES, K.M., SALES, E.A., MEIRA, M.O. Serviço de psicologia no SAMU: campo de atuação em desenvolvimento. Psicologia: Ciência e Profissão,
                  v.36, n.2, p. 449-457, 2016. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria MS/GM nº 1.010 de 21 de maio de 2012. Brasília-DF, 2012. BRASIL. Ministério da Saúde.
                  Política Nacional de Humanização. 1ª ed. Brasília-DF, 2013.
                  Palavras-chave: Psicologia; Urgência; Emergência; SAMU.


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