Page 64 - 3º MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
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Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde       TRABALHO 206

                        Impacto do aleitamento materno na redução de hospitalizações
                        em menores de seis meses

                        AUTOR PRINCIPAL: Thais Ramos da Silva  |  AUTORES: Camila Borghi Rodriguero; Lidiaine Naiara de Oliveira; Marcela de Andrade Pereira
                        Silva; Sueli Mutsumi Tsukuda Ichisato  |  INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Maringá  |  Maringá - PR
                          Introdução: O aleitamento materno constitui o melhor tipo de alimento a ser oferecida a recém-nascidos e lactentes, isso por sua
                          excelência para nutrição do bebê, prevenção de doenças e infecções, redução dos índices de mortalidade e consequentemente redução
                          nas  taxas de  hospitalizações  em crianças  amamentadas  (BRASIL,  2015).  Objetivo: Analisar na  literatura  científica a influência  do
                          aleitamento materno na ocorrência de hospitalizações em lactentes menores de seis meses de vida de acordo com o tipo de alimentação.
                          Metodologia: foi realizada uma busca bibliográfica a partir das bases de dados Lilacs, Medline, Scielo, Web of Science e Scopus utilizando
                          os seguintes descritores nos idiomas português e inglês respectivamente: amamentação and hospitalização. Os critérios de inclusão
                          foram: artigos de pesquisas originais referentes à temática, disponíveis online na íntegra e nos idiomas, português, inglês ou espanhol.
                          A análise dos artigos na íntegra foi realizada de modo sistemático, com as seguintes categorias tabelando os resultados pertinentes:
                          objetivo, metodologias, resultados e conclusão. Resultados: Foram encontrados 87 artigos, desses foram excluídos 45 trabalhos, devido
                          aos critérios de exclusão, e outros 25 que eram repetições. Foram lidos na íntegra 17 trabalhos produzidos no período de 2003 a 2017,
                          destes somente dois não atenderam aos critérios e foram excluídos na análise. Restaram então 15 artigos que atenderam aos critérios de
                          inclusão propostos. Os resultados expressaram a existência de associação protetora do aleitamento materno em relação às hospitalizações
                          por diversas causas: respiratórias, gastrointestinais e demais de origem infecciosas, sugerindo que crianças amamentadas possuem menor
                          risco de hospitalização quando comparadas com não amamentadas a curto ou longo prazo. Conclusão: A literatura científica já possui
                          consolidado os benefícios do aleitamento materno para saúde infantil, podendo obter-se inúmeros resultados positivos nos aspectos
                          sociais e econômicos. Fazem-se necessárias melhorias nos atendimentos de profissionais em todos os níveis da atenção e implantação de
                          políticas públicas efetivas para promoção e manutenção do aleitamento materno.
                          Referências: BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar. 2. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2015
                          HANIEH, S; HA, T.T; SIMPSON, J.A; THUY, T.T; KHUONG, N.C; THOANG, D.D; TRAN, T.D; TUAN, T; FISHER, J; BIGGS, B.ANN. Exclusive Breast feeding in Early Infancy
                          Reduces the Risk of Inpatient Admission for Diarrhea and Suspected Pneumonia in Rural Vietnam: a Prospective Cohort Study. BMC Public Health, v. 15, n. 1166,
                          p. 1-10, 2015. KAUR, A; SINGH, K; PANNU, M.S; SINGH, P; SEHGAL, N; KAUR, R. The Effect of Exclusive Breastfeeding on Hospital Stay and Morbidity due to Various
                          Diseases in Infants under 6 Months of Age: A Prospective Observational Study.International journal of pediatrics, v. 2016, n. 7647054, p. 1-6. 2016
                          Palavras-chave: Aleitamento Materno; Lactente; Hospitalização.



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                        A experiência de um grupo de mulheres submetidas à episiotomia
                        ou que tiveram lacerações espontâneas

                        AUTOR PRINCIPAL: Janaína Ramos Martins  |  AUTORES: Keli Regiane Tomeleri da Fonseca Pinto, Cátia Campaner Ferrari Bernardy  |
                        INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Londrina  |  Londrina - PR
                          Introdução: A gestação e parto são acontecimentos importantes na vida da mulher, envolvendo amplos significados, porém, observa-se que
                          a atenção ao parto ainda é marcada por intervenções rotineiras e desnecessárias. A Organização Mundial de Saúde e o Ministério da Saúde,
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                          baseados em evidências científicas, recomendam o uso restrito da episiotomia, com índice de apenas 10% a 15% deste procedimento nos
                          serviços. Entretanto, a técnica ainda é utilizada rotineiramente em grande parte dos partos vaginais ocorridos nas instituições brasileiras.
                          Objetivo: Descrever os fatores associados às lacerações espontâneas e à episiotomia e a presença ou não de desconforto perineal pós-
                          trauma. Método: Estudo transversal e descritivo, realizado com 116 mulheres que deram a luz de parto normal e foram submetidas à
                          episiotomia ou que tiveram lacerações espontâneas, em uma Maternidade de referência para gestação de risco habitual no município
                          de Londrina, no período de julho a setembro de 2015. Resultados: Das mulheres entrevistadas 25% foram submetidas à episiotomia,
                          e as demais apresentaram laceração espontânea. Ao relacionar o trauma perineal com o uso de ocitocina para indução ou condução
                          do trabalho de parto foi possível observar que 28,7% delas tiveram laceração e 44,8% foram submetidas a episiotomia. Em relação ao
                          peso dos recém-nascidos foi possível observar que a categoria dos que pesavam entre 3.000-3.500g foi a mais prevalente, sendo que
                          70,4% destes desencadearam parto com episiotomia e 81,4% com lacerações. Considerando o desconforto das lacerações no puerpério
                          mediato e relacionando-o com a sutura observa-se que das 57 mulheres que tiveram laceração Grau 1, 88,5% apresentaram desconforto
                          perineal e em 86% dos casos havia sido suturado. As que tiveram laceração Grau 2, grande parte (97,1%) foram suturadas e 90,9% destas
                          apresentaram desconforto perineal. Das mulheres submetidas à episiotomia (n=29), apenas 6,9% não relataram desconforto no primeiro
                          dia de puerpério. Conclusão: Conclui-se que não há grande diferença em relação ao desconforto perineal apresentando pelas puérperas
                          que tiveram lacerações espontâneas que receberam sutura ou não, porém nas submetidas à episiotomia, nota-se que sempre apresentará
                          algum tipo de desconforto. Em relação a frequência de realização de episiotomia, nesse estudo, foi de 25%, refletindo a necessidade de
                          adequação do serviço às taxas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde.
                          Referências: Beleza ACS, Ferreira CHJ, Sousa LD, Nakano AMS. Mensuração e caracterização da dor após episiotomia e sua relação com a limitação de
                          atividades. Revista Brasileira de Enfermagem, 2012; Franscisco AA, Kinjo MH, Bosco CS, Silva RL, Mendes EPB, Oliveira SMJV. Associação entre trauma perineal
                          e dor em primíparas. Revista Escola de Enfermagem. USP 2014, 48(Esp):40-5. Riesco MLG. Nascer no Brasil “em tempo”: uma questão de hierarquia das
                          intervenções no parto? Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 30 Sup: S17-S47, 2014
                          Palavras-chave: Episiotomia. Parto normal. Períneo. Saúde da Mulher.


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