Page 59 - 3º MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS

Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde TRABALHO 178

Grupo de gestantes: um olhar transdisciplinar para questões
psicossociais no cuidado pré-natal e fortalecimento do vínculo mãe-bebê

AUTOR PRINCIPAL: Alexandra Ardivino Ferreira Leite | AUTORES: Ana Paula Gracindo; Marina F. Abelha Stremlow; Paula Solci Andrade |
INSTITUIÇÃO: Cismepar - Centro Mãe Paranaense | Londrina - PR
Problema: A Secretaria de Saúde do Estado do Paraná – SESA implantou em 2012 a Rede Mãe Paranaense para redução da mortalidade
materno-infantil, padronizando o atendimento à saúde da mulher: pré-natal, puerpério e pós-natal, elencando fatores de risco. A escuta na
gestação pode amenizar sintomas orgânicos e facilitar a construção da maternidade e do vínculo mãe-bebê? Fundamentação Teórica:
Para Nogueira e Mioto (2009) o conceito ampliado de saúde está inter-relacionado ao meio físico, social e cultural em que vivem os sujeitos.
Assim como Birman (2014) diz da subjetividade sofrente de um corpo-sujeito e dimensão do afeto na experiência analítica. A gestação traz
a ambiguidade de não ser totalmente aceita ou rejeitada, convocando fantasias, sentimentos, inseguranças e dores que ecoam no social
(Maldonado, 1997). Tais questões são abordadas na modalidade de grupo para construção da identidade coletiva a partir de conteúdos
conscientes e inconscientes que emergem do sujeito (Zimerman, 2000). Acreditamos no grupo enquanto palco que enseja o discurso das
representações orgânicas, psíquicas e sociais possibilitando um lugar de partilha e vivências, alocando o bebê no desejo materno pelo
olhar transdisciplinar. Descrição da Experiência: Relato de experiência com psicologia e serviço social enquanto dupla transdisciplinar
com orientação psicanalítica, no atendimento grupal a gestantes de risco no Centro Mãe Paranaense – CMPR, do ambulatório do Consórcio
Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema – CISMEPAR da 17° Regional de Saúde. No pré-natal, as gestantes são acolhidas
em grupo de escuta para inclusão de acordo com idade cronológica e gestacional. São quatro encontros quinzenais, de duas horas e
dez gestantes. São trinta grupos por mês, divididos em: vinte de acolhida; dois de gestantes adolescentes; e oito por critérios de idade
gestacional. Não há fila de espera no serviço. Efeitos alcançados: O olhar para questões psíquicas e sociais, desdobra-se em trocas que
possibilitam identificação, continência e elaboração consciente e inconsciente do sujeito, para construção da maternidade, maternagem
e vínculo com bebê, integrando o atendimento à gestante e amenizando sintomas orgânicos e questões sociais do período gestacional e
posterior. Recomendações: A fala espontânea como ferramenta para que os significantes históricos da gestante possam se atualizar e
reconstruírem-se na transmissão e identificação de angústias e potencialidades em relação ao “gestar”.
Referências: BIRMAN, Joel. Mal-estar na atualidade: a Psicanálise e as novas formas de subjetivação. 10ª edição. Rio de Janeiro. Civilização Brasileira, 2014.
LINHA GUIA: Rede Mãe Paranaense. Secretaria do Estado do Paraná. 2012. Disponível em: Acesso em 01 de Junho de 2017. MALDONADO, Maria Tereza.
Psicologia da gravidez. Petrópolis. Editora Saraiva, 1997. NOGUEIRA, Vera Maria Ribeiro; MIOTO, Regina Célia Tamasco. Desafios Atuais do Sistema único de Saúde
– SUS e as exigências para os assistentes sociais. In: Serviço Social e Saúde: formação e trabalho profissional. 4. Ed. São Paulo. Cortez, 2009. ZIMERMAN, David
E. Fundamentos básicos das grupoterapias. Porto Alegre. Artmed, 2000.
Palavras-chave: Gestação; Grupo; Ambulatório; Transdisciplina; Psicanálise.

Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde TRABALHO 187

NASF na comunidade: 1º Prêmio de auto cuidado em saúde

AUTOR PRINCIPAL: Rafael Soares Corrêa | AUTORES: Gislaine Verônica da Silva; Bruna Cristina Warken Fernandes; Juliane de Brito
Sampaio | INSTITUIÇÃO: Secretaria Municipal de Saúde | Santa Terezinha de Itaipu - PR
A cultura de tratamento da doença, reforçada pela medicalização excessiva e a centralidade em procedimentos médicos influenciam
diretamente nos comportamentos de auto cuidado dos usuários. O auto cuidado é entendido como uma função que permite às pessoas
o cuidado de si, a preservação da vida e o desenvolvimento do bem-estar. Através de intervenções de promoção da saúde a percepção
dos usuários sobre o processo saúde-doença é ampliada, favorecendo a auto avaliação e auto monitoramento do cuidado da própria
saúde (SIDANI, 2011). Essa mudança proporciona a aprendizagem conjunta para lidar com as demandas cotidianas, ampliando assim a
rotina do usuário, visando o cuidado da saúde (SIDANI, 2011; RICHARD, 2011). As equipes do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF)
são facilitadoras da mudança desse paradigma do modelo de saúde, considerando os diversos fatores determinantes no processo saúde
doença. Com atuação de equipes multiprofissinais, busca uma ação integrada, permitindo maior resolutividade em ações de prevenção e
promoção da saúde (BRASIL, 2011). As atividades foram realizadas no segundo semestre de 2016 no território de cobertura da atenção
básica de saúde no município de Santa Terezinha de Itaipu. As práticas ocorreram em espaços públicos, sendo coordenadas por uma
equipe multiprofissional ligada ao NASF, envolvendo usuários e equipe de saúde. As atividades iniciavam com caminhada e alongamento
e posteriormente uma orientação ou prática que estimulasse o auto cuidado como a roda de terapia comunitária, orientação de exercício
em academias de saúde, degustação de alimentos saudáveis e orientação nutricional, bem como orientação e esclarecimentos quanto aos
serviços de saúde do município. Ao final das atividades os usuários e profissionais eram convidados a escrever em uma cédula o nome,
telefone e prática saudável realizada durante a semana, tais práticas foram avaliadas pela equipe de saúde para posterior premiação de 3
práticas por território, que passariam a compor a agenda de atividades do NASF em 2017. A integração da equipe e usuários gerou maior
adesão às atividades e orientações do projeto. A participação de usuários e da equipe de saúde no planejamento e execução das atividades,
foram essenciais para continuidade do projeto bem como a ampliação.
Referências: de 21 de outubro de 2011. Brasília: Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, Seção 1, p.48-55, 24 out. 2011. 2011a. Acesso em:
30 jan. 2013. RICHARD A, SHEA K. Delineation of Self-Care and Associated Concepts. J Nurs Scholarsh. 2011;43(3):255-64. SIDANI S. Self care. In: Doran D.
Nursing Outcomes: the state of science. 2ª ed. USA: Jones & Bartlett Publishers; 2011.p.131-200. Galvão, MTRL; Janeiro, MSV. O autocuidado em enfermagem:
autogestão, automonitoramento e gestão sintomática como conceitos relacionados. Revista Mineira de enfermagem. Volume: 17.1 Disponível em: http://www.
reme.org.br/artigo/detalhes/593. Acesso em 17/05/2017
Palavras-chave: Cuidado em Saúde, Auto Cuidado, NASF.

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